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Power andava desengonçada pelo corredor, indo em direção a cozinha. Perto do cômodo foi agraciada por um cheiro esplêndido, mas não de comida. Podia também ouvir uma melodia calma sendo entoada enquanto alguém mexia nas louças.
Quando seus pés tocaram o piso da cozinha foi recebida com um sorriso caloroso e uma saudação animada.
— Oh! Bom dia, Power! - Tsukaya estava terminando de colocar o café da manhã na mesa.
Um som estranho de surpresa saiu da rosada.
— Você?! - A voz dela tremia.
Maya deu uma risada enquanto se sentava para tomar o desjejum.
— Irei passar um tempinho com vocês até meu apartamento ser reformado e a investigação terminar. - Colocou leite na tigela antes de adicionar o cereal. — Espero que a gente possa se dar bem.
A possessa ficou desnorteada. Tsukaya tinha uma voz calma, bem diferente de sua presença. Sentia-se presa em uma escuridão, mas desta vez não assustadora e o som atordoante na primeira vez conhecendo-a tornou-se a melodia que minutos antes ela murmurava. Power não conseguia descrever todos os sentimentos estranhos. A jovem Maya gostaria de construir uma confiança com a infernal, sabia que seres como estes são difíceis, vivências passadas e dores fizeram ela compreender totalmente às emoções conturbadas deles, na verdade, tinha certa similaridades com eles. Power perguntou para si mesmo se era possível sentir falta do afeto maternal, mesmo que nunca tenha o recebido. O medo sentido na primeira vez vendo Tsukaya, era somente a confusão de tal adoração nunca sentida, mas agora, mesmo sendo desconhecido por ela está sensação, Power estava bem.
— Venha, tome café comigo. - Deu batidinhas no chão ao seu lado.
Power imediatamente balançou em concordância sua cabeça, indo sentar-se próximo dela.
(...) 2 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘢𝘵𝘳𝘢́𝘴
Assim que foi aceita na corporação de caçadores de demônios, Maya passou por maus bocados, com isso pegou uma certa experiência tanto na luta como em fugir. E então era chegado o momento de começar a ensinar os outros.
Ainda tinha medo, contudo também sentia felicidade em poder ajudar quem precisava. Kishibe havia enviado novos recrutas para treinamento. Foi assim durante alguns meses, logo metade deles ficaram prontos para servirem a população, mas faltava uma.
— Tsukaya-sensei acha mesmo que já estou pronta? - Menma, a última recruta perguntou. — Não tenho certeza se consigo.
