Veio aí a sequência
Aproveita e me deem moral no twitter: @shadesofmiguero————————————————————————
Stenio se vestia no banheiro da delegacia que ninguém usava geralmente. Ele sabia disso de tanto que ia atrás da amada nesse lugar. Se olhou no espelho, ajeitou o cabelo e o distintivo. Era fácil se passar por policial civil, era só colocar uma roupa preta e pronto. Tão simples. O objeto em cima da pia foi o que lhe tirou o sono nos últimos dias. A arma, mesmo que de mentira, lhe causava arrepios. Como era possível sua namorada ter uma dessas e ainda com apelido.
Baby.
Baby para ele era uma música da Gal. Ótima, inclusive.
Colocou a arma na cintura, pegou a caixa de chocolates e saiu do banheiro. Sua sorte era que a delegacia estava fazia, era feriado de páscoa e ela acidentalmente tinha caído nesse plantão. Caminhou devagar e de cabeça baixa, como se a caixa em sua mão fosse a coisa mais importante do mundo.
Irônico ele pensar assim, quando em seu guarda roupa, no fundo, tinha uma caixinha pequena de veludo muito mais importante que essa.
Pelo vidro da sala dela, a viu concentrada em alguma coisa no inquérito que lia. Ainda bem que essa não era mais uma palavra do vocabulário deles.
Bateu na sala devagar, entrando logo em seguida.
Ele viu como o olhar dela o encontrou extremamente confuso. Sentiu o olhar descer pela roupa, até pousando na arma.
— Stenio? — ela questionou no tom de voz.
— Boa noite, delegada. Vim te trazer esses chocolates, eu... queria pedir desculpas por ter falhado na missão.Heloísa pov.
Meu coração ia sair pela boca, e minha mente quase entrou em curto quando eu finalmente entendi o que aquele homem estava fazendo na minha sala, em plena sexta feira de feriado, vestido de policial, com uma arma que com toda certeza era falsa.
''Quero ser um policial seu um dia desses, receber ordens da delegada deve ser...''.
As palavras dele voltaram na minha mente como uma avalanche, e o resultado foi meu corpo acender como nunca antes, e ao mesmo tempo com a mesma intensidade que sempre acendia por ele.
Coloquei minha melhor feição séria, joguei nele o olhar que jogava aos meus policiais quando eles faziam uma cagada surreal. Vi como a postura de Stenio encolheu. Eram raros os momentos em que eu gostava de estar no comando. Por ser do jeito que eu era, entre quatro paredes eu gostava de ser uma mulher submissa ao homem que eu amava. Eu gostava de me sentir protegida, amada, cuidada, e gostava se sentir quem estava controlando, quem mandava e desmandava.
Essa segurança em entregar meu controle a ele veio com o fato de que ele nunca passou dos limites comigo, e conversando com minhas amigas, sei que infelizmente é raro um homem saber quando parar.
— Você colocou a equipe toda em risco, Stenio. — eu falei séria, logo olhando para os papéis como se a presença dele ali fosse insignificante.
— Eu sei. — ele falou se aproximando da mesa, colocando a caixa de chocolate na minha frente.
Maldito. Aquele homem não dá ponto sem nó.
— Você tem certeza que quer ser policial? — eu perguntei, finalmente olhando para ele de novo.
— É claro que quero. — ele falou um pouco mais ansioso.
— Mal sabe segurar em uma arma, Stenio. Deu um tiro de raspão no colega e eu tenho quase certeza que te ouvi gritar quando a bala passou perto de você.
Eu vi como o olhar dele ficou enfurecido. Naquele personagem que ele inventou, não admitira ser chamado de medroso. Aquilo me fazia querer rir, mas querer dar uma ordem bem dada nele era o que me mantinha na brincadeira.
— Só porque errei uma vez não quer dizer que eu vá errar sempre. — ele falou grosso.
Aquila frase me pegou de surpresa de um jeito que não estava esperando. Estávamos no personagem, mas aquilo poderia muito bem ser para nós dois na vida real. A fase de teste estava nos fazendo refletir sobre milhares de falhas que tivemos ao longo dos 30 anos, e a minha mania de crucifica-lo por algo que ele fez lá atrás era uma delas.
Cansada, e com o corpo dele chamando minha atenção, levantei da cadeira e dei a volta, ficando de frente para ele. Assim todo de preto, com um distintivo e aquele plástico na cintura... se Stenio fosse realmente seu policial, estaria perdida. Trabalhar com uma visão dessas não devia ser fácil.
— É mesmo? — eu perguntei, olhando o distintivo e subindo o olhar devagar.
Aquele olhar que eu sabia que o deixava ao meu comando.
— Então quero que prove que é o melhor que eu tenho. — eu falei com a voz rouca.
Voz essa que eu não precisei forçar, saiu naturalmente junto com o desejo que eu sentia.
— O que a delegada quiser, eu faço qualquer coisa. — a voz dele entregou de imediato.
O olhar dele abaixou sobre meu decote. Ele se demorou ali, e eu aproveitei esse momento para tocá-lo pela primeira vez. Segurou seu rosto com uma mão, apertando, levantando a cabeça dele para que ele me olhasse nos olhos. Era dali que meu comando partiria.
Quando a atenção dele estava em mim de novo, sorriu de canto.
— Ajoelha. — ordenei.
Stenio me olhou por um instante. Ele era muito bom ator, pois por um minuto acreditei que ele fosse realmente submisso, e que sempre tinha sido assim, mas eu conhecia aquele cafajeste muito bem, e tudo que eu fizesse com ele aqui, ele faria pior comigo em casa. E era isso que me inspirava a dar o meu melhor, sabia que a recompensa ia ser grande.
— Além de péssima pontaria, é surdo. — falei em deboche. — Eu disse ajoelha.
Stenio ajoelhou aos meus pés.
Puta merda.
Senti o fogo subir pelo meu corpo.
Cá estava Doutor Stenio Alencar, ajoelhado porque eu mandei, na minha delegacia.
Ele sempre desvendava fantasias que nem eu sabia que tinha.
Sai de perto dele, deixei ele lá, esperando por mim. Fui até a porta e tranquei, fui até as janelas e fechei a persiana. Apaguei a luz, deixando apenas meu abajur iluminar a sala. Não precisava que policiais de verdade interrompessem o que estava para acontecer aqui.
Me aproximei devagar, o salto fazendo barulho. Stenio esperou, ajoelhado e olhando para frente. Me coloquei atrás dele, subi minha mão por seus cabelo, pegando um punhado e puxando. A cabeça dele inclinou e eu vi o brilho no olhar dele.
Invertemos posições. Quantas vezes eu já não estive de joelhos com ele puxando meu cabelo também.
— Então quer dizer que você é bom em obedecer? — eu falei rouca.
— Já disse, o que a delegada quiser, eu faço.
— Então cala a boca.
Voltei para frente dele e sua boca sedente ficou de frente para a abertura da minha calça. De repente pareceu certo o que vinha a seguir.
— Tira minha calça.
Stenio não precisou de segunda ordem dessa vez. As mãos dele foram para o cós, desabotoaram, e abaixaram minha calça junto com a calcinha de renda vermelha.
Olhei para baixo e sorriu para ele.
— Que pressa... eu tinha dito a calça. — falei com certo humor.
Mas Stenio olhou para cima de um jeito que me deixou mole.
— Vai me bater? — ele perguntou baixo.
— Deveria.
Puxei o cabelo dele mais uma vez, dessa vez com mais força, e ouvi um gemido sair da boca dele. Eu estava molhada, escorrendo, ele sabia, podia sentir o cheiro.
— Me chupa, Stenio. — essa minha ordem veio quase falha.
A boca dele encostou na minha buceta com fome. Joguei a cabeça para trás, gemi alto, esquecendo de onde estava. Me agarrei na mesa atrás de mim, não confiando em meu corpo para me sustentar.
O som que ele fazia, o jeito como a língua dele tremia sobre meu clitoris... Arranhei o ombro forte, meu quadril movimentava contra a boca dele. Eu estava perdendo a pose de delegada e estava voltando a ser a Heloisa dele.
— Porra... — gemi baixinho.
— Tão gostosa, delegada. — ele sussurrou contra mim, a vibração me fazendo gemer.
— Eu mandei você falar? — rebati, o puxando de volta para mim.
Stenio voltou a me chupar com vontade, dessa vez decidido a se provar um bom policial. Olhei para baixo, ele com aquela roupa, ele daquele jeito. Ele todo meu.
— Não para. — aquilo foi uma ordem firme. — Me faz gozar.
As mãos dele subiram pela minha coxa, agarrando minha bunda, me puxando para ainda mais perto. Era como se ele quisesse se fundir em mim. Foder em mim. E ele ia. Pra caralho.
— Isso... assim.. Stenio... — contorci, senti o tremor subir, meu corpo ficou tenso e precisei morder a boca para não gritar escandalosamente.
Ele me segurou, pois de repente não conseguia parar de mexer contra a boca dele.
— Quer mais, delegada? — ele perguntou rouco.
Puxei o homem pela camiseta preta da polícia. Ele ficou em pé, puxei para um beijo profundo, sentindo meu gosto na boca do meu homem.
— Tira a sua calça. — pedi.
Ele foi rápido, liberando o pau que ansiava por mim para meus olhos verem. A cabecinha vermelha já escorria, e minha vontade era ajoelhar e chupar, mas não daria a ele o gosto da vitória. Essa era a minha delegacia, afinal.
Tirei os saltos e chutei a calça embolada em meus pés para longe. Afastei meus papéis e sentei na mesa, abrindo as pernas para ele como se fosse um banquete. Stenio respirava ofegante, a boca semiaberta. Ele acariciou minha coxa sem eu mandar, mas deixei passar, pois queria urgentemente alguma parte do corpo dele em contato com o meu.
— Olha pra mim.
Quando olhou, o puxei pela camiseta. O distintivo balançava e aquilo estava sendo minha perdição.
— Vai me foder com vontade, policial. — falei com a minha voz mais safada. — Com força, do jeito que eu gosto, que nem macho, vai puxar meu cabelo, chupar meu pescoço...
Ele roçou conta a minha buceta e eu tremi, fechando os olhos. Senti o rosto dele se aproximar do meu, sua testa tocando a minha.
— Mais alguma coisa, delegada? — perguntou contra minha boca.
— Sim.. vai fazer sua mulher gozar no seu pau.
Minhas palavras arrancaram o melhor dele, ou o pior, deliciosamente pior. Stenio meteu em mim como eu pedi, com força, e escorregou tão fácil pelo tanto que eu estava molhada por ele que chegava a ser crime. Deveria prendê-lo, mas não arriscaria perder a sensação da mão dele no meu cabelo, puxando firme. Sua boca atacava meu pescoço desesperado enquanto seu quadril batia no meu.
Aquele barulho erótico de dois corpos se encontrando em pura sintonia, aquela energia que eu só trocava com ele.
— Stenio... — gemi contra sua boca, apertando contra ele involuntariamente, fazendo-o gemer também.
A mão livre segurou mais quadril, puxando para encontrar o movimento dele. Se ninguém tinha ouvido, a partir de agora seria impossível. Agradecia por ser tarde da noite, agradecia por ser feriado.
— Eu estou quase lá... — avisei, sentindo os espasmos mais ritmados, iria gozar a qualquer momento.
Minha unhas arranharam seu braço, uma tentativa de contar minha voz. Ele meteu mais forte, um ritmo que era quase novo.
— Posso gozar com você? — ele perguntou quase em sofrimento.
Eu era a dona, eu poderia dizer não, mas não havia nada que eu queria mais do que sentir ele me enchendo toda.
— É uma ordem. — falei. — Quero sentir você gozando em mim.
Meu desejo era de fato uma ordem. A mão que estava em minha cintura desceu para meu clitoris, firmando os movimentos circulares. Meu corpo não aguentava mais, então sem pensar, deitei sobre meus inquéritos. Que se danem eles, eu iria gozar.
A nova posição o fazia atingir meu ponto G, foi inevitável. Tampei minha boca com a mão, enquanto Stenio gemia repetidas vezes meu nome enquanto seu quadril dava espasmos contra o meu e seu pau contraia dentro de mim. Senti ele me invadindo e gozei junto, juntando nossos rios.
Ele dizia que eu era oceano mesmo.
Minha sala foi tomada por um silêncio que era cortado suavemente por nossas respiração. Quando nos recuperados, olhei para ele, que já tinha os olhos fixos em mim. Sentei na mesa novamente, ainda com ele dentro de mim. Não queria perder esse contato. Passei a mão pelo distintivo e sorri preguiçosa.
— Ficou bom em você.
— Gostou, delegada?
— Eu deveria mandar te prender por coagir uma oficial da lei a isso aqui.
Ele riu rouco, olhei para o chão, vendo nossas calças jogadas e a bendita arma de brinquedo ali.
— Gostei de ver você com uma arma na cintura. — falei rindo.
— Não se anima não, mesmo de brinquedo é horrível.
Encostei minha cabeça no peito dele, enquanto sentia seus dedos pelas minhas costas ainda cobertas pela camisa.
— E esse chocolate?
— É páscoa... tempo de renascimento e chocolate, acho que combina com nós dois.
Olhei em seus olhos.
Éramos renascimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O policial
FanfictionStenio retribui a visita de Heloísa; sequência de 'a secretária'