Era tarde da noite e Pete estava naquele bar, encostado no balcão e olhando as pessoas dançando no pequeno espaço com aquela música um tanto lenta, assim como outros estavam sentados em suas mesas e jogando conversa fora.
Não sabia dizer o que lhe fez sair de casa naquela noite e ter pedido aquele conhaque que nem ao menos usou para molhar os lábios, não era muito de bebidas e muito menos de festas, mas se fosse chutar uma razão para suas escolhas, diria que sentia-se sufocado com a vida que levava e, se pudesse, já teria largado e sumido do mapa.
Viu um homem atraente o olhando de longe e não foi capaz de desviar os olhos, o encarando de volta e logo vendo-o vir em sua direção, com um cigarro entre os dedos da mão direita e um drink na esquerda.
— Me chamo Vegas. E você? — foi a primeira coisa que o homem disse ao se aproximar de Pete.
— Pete. — sorriu um pouco sem jeito e achou aquele era o momento que deveria bebericar seu conhaque, talvez o álcool lhe desse coragem.
— Veio sozinho? — perguntou com um sorriso de lado, olhando Pete de cima a baixo antes de voltar a olhar para seus olhos.
— Mais ou menos. Eu estava com alguém, mas agora não. — não era totalmente mentira, estava com seus seguranças mais cedo, mas os dispensou para poder parecer uma pessoa normal.
Bebericou seu conhaque mais uma vez, vendo a forma que aquele homem o olhava, que o fez engolir em seco por um breve momento.
Sabia o que ele queria dizer apenas com um olhos e sabia que era muito inconsequente da sua parte dizer sim para uma coisa daquelas, mas quando o corpo dele ficou mais perto de si e pode sentir o hálito quente, seus lábios se partiram em um ofegar, um suspiro um tanto pesado e isso foi suficiente para sentir os lábios dele sobre os seus.
A química entre os corpos era imediata, não podia negar, levou suas mãos para os ombros do homem e abraçou o corpo dele, retribuindo o beijo intensamente.
A música eletrônica tocando no bar naquela hora da madrugada parecia direcionar as batidas de seu coração, descompassadas, sentiu-o ainda mais acelerado quando as mãos firmes passaram por seu corpo, descendo até sua bunda e apertando sem pudor algum.
— Eu acho que podemos conversar melhor fora daqui. — disse Vegas, com aquele sorriso ladino tão sensual que fez Pete não pensar duas vezes antes de aceitar.
Segurou a mão dele e respirou fundo, saindo com ele do bar. Estava com seu carro, mas disse que não e então entraram no velho Impala que o homem possuía.
— Não precisa me levar para sua casa, me leva para um hotel que tem aqui perto, acho que é o melhor. — disse sério, estava nervoso, mas isso não pareceu incomodar Vegas, que, em silêncio, acatou o pedido e seguiu para o hotel a poucos metros do bar.
Pete fez o check in para um bom quarto e então subiram até o décimo andar.
Assim que a porta se fechou, Vegas voltou a puxar Pete para seus braços, beijando os lábios dele com certa ansiedade, andando pelo quarto aos tropeços até sentar na cama e trazer o homem para seu colo, tirando a blusa dele de dentro da calça para poder infiltrar sua mão por debaixo dela, sentindo a pele quente dele e chegando até os mamilos, onde apertou levemente, ouvindo um gemido como resposta.
— O que acha de começarmos com um banho, sim? — disse Pete, tirando sua blusa e dando mais um beijo em Vegas antes de levantar de seu colo e ir até a banheira, a enchendo.
Pete tirou sua roupa lentamente, vendo os olhos do homem sobre si e entrou na banheira.
— Vem. — pediu e Vegas deu um sorriso ladino, desabotoando sua camisa e tirando a roupa, entrando na banheira também, sentando atrás de Pete.

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Te falta ódio
Fanfiction(VegasPete | Desafio com mesmo Plot) Pete começou a conhecer o outro lado daquele homem, um lado sádico às vezes. O seu lado doce parecia estar completamente soterrado por aquela agressividade. Aquele lado o despertou desconfianças o suficiente para...