Cap. 1: O quanto dói perder alguém?

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Capitulo 1: O quanto dói perder alguém?

1864      24h 

Villabol

   A noite parecia uma criança, sorridente e alegre, Celeste estava a passear pelas redondezas de Villabol, tudo estava plácido, a luz do luar refletia nas redondezas onde lá pairava o lago das mortes, além dos nomes esquisitos dos lugares, é um lugar pacífico. Por mais que essa garota esteja burlando a regra, ela gostava do silêncio da noite, gostava de se sentar em frente ao lago da morte e apreciar a noite, ver a lua se locomover lentamente, isso a relaxava, adentrando no bosque dos silêncios, ela ouvia sussurros, via os morcegos voando ao seu encontro, isso há assustava um pouco. Algo naquela noite havia mudado, estava silenciosa, nada de sussurros ou morcegos, só ela e sua respiração...

   -Bu! – em um pulo a garota vira-se para a pessoa que lhe dera um susto. – Não deveria estar aqui... Capitulo 1: O quanto dói perder alguém?

   - Nem você. – fala dando de ombros, e o rapaz da uma risada. – Afinal, o que você esta fazendo aqui? – ele da de ombros e fica em silencio.

   Ambos continuaram com a caminhada, o rapaz sempre sorridente, olhando tudo a sua volta, fazendo palhaçadas e lhe arrancando sorrisos, situação que eram menos prováveis se rir ficava engraçado com a presença do amado. Eles se conheceram há anos atrás, não se viam muito, mas se amavam, era um amor proibido, mas quem disse que era o suficiente para afastá-los?

   - Estava me seguindo? – Celeste para falando com o rapaz, que lhe puxou pela cintura deixando-os próximos. As respirações eram o único som a serem ouvidos, sorrisos estampados nos lábios.

  - Não resistir, precisava lhe ver. E como é noite de lua cheia imaginei que estivesse aqui. – a voz do lindo jovem de pele clara e lindos olhos castanhos. Era como calmantes, a relaxava e deixava-a nas nuvens tudo ali parecia perfeito com o seu sorriso, ambos se aproximam, e selam seus lábios, um beijo apaixonado e calmo em frente a aquele lago monstruoso e medonho, nada passava em mente da jovem, o beijo se prolongou, e com suas testas ainda juntas sorriram, suas mãos macias foram para o rosto do jovem rapaz, como era bom tocar sua pele, sentir as suas bochechas tocar em seus cabelos bagunçados, e olhar naqueles olhos, tudo era perfeito, até um estalo de um galho ecoar na floresta.

Afastaram-se rapidamente e olharam para onde deduziam ter vindo o som olharam um para o outro, ambos estavam com medo, e suas respirações descompassadas, os corações acelerados, deram as mãos, eram as únicas reações.

   - Luan? – pronuncia o jovem assim que avista uma sombra, aqueles sussurros voltam os morcegos, as cigarras, as corujas e sapos, tudo em uma só vez, corvos apareceram e começaram a atacá-los, os gritos vinham a ser ensurdecedores, ambos estava desesperados, a garota olhava para seu amor ser atacado violentamente pelos corvos, ao longe viu a sombra e com dificuldades se aproximou, viu que não se tratava de um garoto, mas sim uma menina, seu olhar se voltou para o rapaz, o único que ela já amou a quem ela mais sonhou em se casar e ter uma vida perfeita.

   Seu corpo já estava caído inerte no chão os corvos tomavam conta e cobriam cada parte, soltou um grito desesperado, e correu para o encontro do jovem, aqueles olhos já não brilhavam, mais e a única coisa que se passava em sua mente era que nunca mais sentiria o seu toque, seus lábios, veria seu sorriso, riria das coisas mais idiotas, e sentiria a sua pele e seus cabelos macios, tudo fazia sua dor aumentar, todos seus planos havia se acabado, o rapaz já não tinha mais vida não poderia mais dizer um "eu te amo".

   - Não! Por favor, por favor, volta não me deixe Max! Max! – tentava acordá-lo, mas sem sucesso, sua voz já não tinha mais força e seu rosto estava molhado com suas lágrimas, suas piadas não serão mais ditas, não veria mais aquele lindo sorriso, a única coisa que ela agora tem é uma lembrança, sendo ofuscada com a terrível morte, seu rosto estava irreconhecível, estava sujo e com furos, tudo fazia a situação ficar pior, a seu coração parecia ter sido arrancado de seu corpo, uma adaga sendo enfiada em seu peito, a dor da pobre garota chegava a ser destruidora, deitando-se ao lado do corpo, como se assim fosse acalmá-la.

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2015 ⏰

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