𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐎𝐍𝐆 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘

02- ele voltou

Paro de escrever quando vejo a hora no relógio. Guardo a carta junto as outras para continuar mais tarde.

Tinha que me arrumar para ir ao culto.

Tomei um banho e arrumei os longos cachos em um penteado. Coloquei um vestido que ia até o fim da coxa preto e um tênis branco.

— FILHA - papai gritou do andar de baixo.

— ESTOU INDO.

Peguei minha bíblia e desci.

— eu não sei quem demora mais, sua mãe ou seu irmão.

— com certeza o Alex - ele ri.

Os dois logo desceram e fomos para o carro.

— o pastor George disse que teremos novos missionários. - papai comentou.

— ah sim, a Mari comentou comigo.

— será que tem jovens esse ano? - perguntou.

— não sei, não anunciaram quem ta chegando. Só sei que tem um novo convertido e tals.

Estava quieta olhando as ruas.

O sol já tinha ido embora a muito tempo, pessoas andavam pelas ruas aproveitando o clima fresco da noite.

Com toda certeza a praia ia estar lotada.

— chegamos Olive – Alex me chamou.

Desci do carro e entrei na igreja.

Como hoje era dia de santa ceia, a igreja estava lotada.

Eu tenho que chegar mais cedo pois sou da mídia.

Na verdade eu faço de tudo, eu amo servir.

Guardei o lugar da Amelie e fui preparar a câmera.

Quando o culto começou vi que do lado da Amelie estava meu irmão.

Alex nunca escondeu seu amor pela minha amiga.

— aaaaaaah você veio – sorri quando vi o Gabriel.

Gabriel era nosso chaveiro.

Ele era o mais doidinho mais a gente amava ele.

Assim que o louvor começou a tocar fui tirando as fotos, ficava um pouco mais afastada pra não incomodar as pessoas.

A palavra começou então fui pro meu lugar.

E assim que o vi, meu coração disparou, o que ele tá fazendo aqui?

Ele sorriu e voltou a olhar pra frente.

Não conseguia me concentrar então fui beber água.

...

— por que não me contou que ele tava aqui? – sussurrei furiosa.

— não achei que era importante. – deu de ombros.

— e não é, só fiquei curiosa.

— aham claro, me engana que eu gosto.

— aí tchau Amelie.

Fui em direção aos meus pais que estavam conversando com a tia Mari.

— filha onde que a Amelie está?

— não sei, ela vive sumindo.

— tente acha-lá por favor, eles vão jantar lá em casa.

O que?

"Desculpe mas tenho uma viagem só de ida pra marte beijos"

— tudo bem.

Fui atrás dela em todo canto, a encontrei falando com a Aurora.

A ruiva tinha acabado de se mudar de Floripa pra cá, então a chamamos pra ficar com a gente.

— oi meninas, Amelie minha mãe ta chamando você pra ir comer lá em casa.

— opa! Comida eu não dispenso, tchau ruiva.

Ela sai pulando igual criança depois de ganhar doce