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Ao olhar para fora da janela, Edith percebeu que já estava escurecendo

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Ao olhar para fora da janela, Edith percebeu que já estava escurecendo. Foi uma tarde e tanto. Várias das questões em sua mente já foram respondidas, e a felicidade em encontrar a pessoa que mais lhe fez falta no seu crescimento foi realmente incrível. Sim, tudo aquilo que acontecia parecia ser apenas ficção, talvez loucura, mas ela sentia que pertencia àquela loucura. Finalmente se encaixou em algum lugar.

Grendow a acompanhou até sua casa, o percurso foi silencioso.

— Então, quando virá para a Catedral? — perguntou ele.

— Como assim? — Edith indagou, mesmo sabendo a resposta.

— Ah, sabe, de vez — disse ele — Você ficará mais segura se morar aqui.

— Eu só vou amanhã para a escola, último dia, e então — Ela parou alguns segundos, aquela sempre foi sua casa, deixá-la era como deixar uma parte de si para trás — Eu vou pensar com mais calma.

Grendow franziu o cenho.

— Mas você não ia só hoje? — perguntou ele.

— Eu quero me sentir um pouco normal, Grendow, só terminar essa semana — respondeu ela, e o anjo respeitou — Nem sei direito por que devo vir para cá, ninguém me diz nada.

— Perdão, Edith, é muita informação para você assimilar assim tão rápido — Ele parecia se sentir culpado pela falta de respostas de Edith.

— E o que mais fiz ultimamente não foi receber informação que nunca acreditaria se estivesse totalmente sã? — retrucou ela.

Grendow ficou em silêncio. Edith novamente ressurgiu em sua casa, onde finalmente conseguiu ter uma noite calma, em que finalmente conseguisse dormir. Sabia quem era seu pai, sabia como a mãe estava, sabia do seu poder, sabia que tinha pessoas que queriam seu bem. Então adormeceu e acordou disposta e feliz para o dia que se seguiria.

— Edith, está tudo bem com você? — Nathan perguntou, vendo a distância da mente da jovem enquanto ela fitava o nada, passando a mão na pulseira.

Ela virou-se piscando, voltando à realidade. A menina que esteve estranha e triste nos últimos dias agora sorria. E o mais estranho na mente de Edith era olhar para o lado e não ver mais Michel ali, quando perguntou apenas sobre o nome a uma colega, a menina a olhou como se fosse louca, dizendo que nunca teve nenhum Michel na sala. Isso fazia os pelos da nuca de Edith se arrepiarem, mas não havia nada que pudesse fazer, entendia que talvez a natureza do ruivo desfizesse quaisquer memórias dele.

— Estou bem — Deu um sorriso para Nathan.

— Seu humor muda muito rápido.

Edith franziu o cenho para Nathan. Ele estranhou a mudança de comportamento da menina, e ela a pergunta.

— Por quê?

— Você estava estranha, triste, e hoje acordou com um bom humor incrível.

— Você está me obrigando a vir para a escola. Qual será a surpresa? É a última semana de aula, e estamos na quarta-feira já. Aliás, não é bom eu estar feliz? — Edith sorriu, e Nathan ergueu uma das sobrancelhas.

Asas & Dentes | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora