14.Sangue nas mãos

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[ P.O.V CHARLES ]

O dia havia sido longo, sempre que meu pai estava fora, o trabalho ficava mais pesado e tínhamos que dar o nosso melhor, já que estaríamos agindo no nome dele. Anthony ficou comigo o dia todo e resolvemos alguns assuntos no porto, era um saco ter que supervisionar mercadoria por mercadoria.

— Minhas costas estão doendo. - Anthony diz parando o carro.

— Eu falei pra você descansar. - Tiro o cinto.

— Se eu tivesse descansado nós não estaríamos aqui agora. - Ele suspira.

Saímos do carro e vamos direção a casa, Alana provavelmente estava em casa e pelo que eu a conhecia ela já estaria jantando uma hora dessa. Assim que entro levo um susto ao dá de cara com a bagunça que a sala estava, vários móveis quebrados como se uma luta tivesse acontecido ali.

— Mas que porra é essa... - Digo olhando ao redor.

— ALANA! - Anthony grita.

Ninguém respondeu, apesar da bagunça a casa parecia estar vazia. Eu e Anthony nos olhando, tentando entender o que havia acontecido ali, mas havia sido em vão. Entramos e começamos a olhar cada parte dali, nenhum sinal de Alana., Lizzie ou qualquer outra pessoa. Ouvimos então o barulho de algo caindo no andar de cima, não estávamos sozinhos.

— Ouviu isso? - Anthony diz.

— Ouvi. - Falei indo até o escritório de meu pai.

— O que você vai fazer Charles? - Ele me segue.

— A gente não pode ir de mãos vazias. - Abro a gaveta e pego duas armas.

Jogo então uma para ele e de maneira certeira ele a pega no ar, tentando não fazer barulho subimos as escadas e seguimos o caminho em que a bagunça se estendia. Chegamos então até o último quarto do corredor, com cuidado eu encosto o ouvido na porta e consigo ouvir alguns sussurros e um...choro?

— É a Alana... - Olho pra Anthony.

— O que?! - Ele fica pálido. - Deixa eu ouvir.

Saio da frente e Anthony ouve o mesmo que eu, eu não sabia dizer quem estava mais nervoso naquele momento, mas o desgraçado pagaria. No mesmo instante Anthony arrombou a porta com facilidade e ao entrarmos demos de cara com Alana sendo feita de refém, um homem totalmente de preto estava a segurando próximo a janela, com a faca no pescoço.

— ANTHONY! - Ela grita.

— NÃO SE APROXIMEM! - Ele grita.

— SOLTA ELA! - Gritei apontando a arma para ele.

— Ta vendo o que você fez Alana? Eu não queria ter que matar o seu irmão e o seu primo. - Ele diz próximo ao seu ouvido.

— Me deixa em paz por favor... - Ela cai no choro.

— O que você quer? - Anthony se aproxima mais.

— Cuidar dela, eu só quero fazer ela feliz! - O homem afirma.

— Você ta assustando ela. - Anthony afirma.

Eu estava entendendo a entendendo a intenção de Anthony, ele era inteligente, enquanto eu era a emoção, ele totalmente a razão. Ele estava tentando o distrair e então atacar, o que parecia estar dando certo com sua voz mansa e calma.

— Eu não queria isso, nós somos amigos.- Balança a cabeça negativamente.

— Um amigo não faz o outro chorar, se você soltasse ela, tudo iria ficar melhor. - Dá pequenos passos pra frente.

Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora