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Roman

- Não me diga que você está triste porque ela morreu.- Falo meio confusa.

- Não. Eu tô com raiva porque não era para você matar ela, ela ia morrer hoje e seria bem mais divertido se você não tivesse socado uma bala na testa dela.- Billie fala bem irritada.

- Porra, e como que eu ia saber.

- Eu pensei que você nem sabia usar uma arma. Mas vamos, o Matthew deve estar esperando.- Billie puxa meu pulso para que eu a acompanhe.

Enquanto andamos eu observo o lugar, estávamos um andar acima da balada, e tinham muitas luzes, muitas pessoas, muitas bebidas e a música era muito alta. Eu e Billie chegamos em um lugar aonde só as pessoas mais ricas de um espetáculo musical clássico ficavam para observar o show de cima.

Tinham duas cadeiras almofadadas, em uma estava Matthew e na outra estava uma garota ruiva de lingerie preta, Matthew estava duro, sua ereção era visível. Consegui ver o desgosto nos olhos de Billie. Aquilo me deu mais raiva.

- Vocês demoraram.- Matthew da dois tapinhas na coxa indicando que Billie sente.- E Madson, essa é a Laura. É um presente.- Ele estava gritando, pois só assim poderia escuta-lo.

- Pode sentar...Eu estava te esperando.- A ruiva se levanta e indica que eu sente. Quando eu sento ela se senta encima de mim.

Olho para Billie e ela estava de frente para mim, mas sentada no Matthew e ele estava de costas para mim, então eu podia ficar olhando para ela sem que ninguém perceba. Billie estava rebolando nele, enquanto a Laura ficava se esfregando em mim achando que eu não tinha um pau.

- Pode parar? Eu não tô no clima.- Digo tirando a garota do meu colo.

Levanto e faço um sinal para o garçom me trazer espumante. Assim que ele traz eu me apoio no pequeno muro de gesso que avia ali. Bebo o espumante olhando as pessoas lá embaixo, tinham pessoas caídas no chão, provavelmente mortas e com poças de sangue à sua volta, embora tenham pessoas mortas no chão e estejam ocorrendo tiroteios e brigas, as pessoas não param de dançar, parecem robôs ou só estão drogados.

Me viro para Billie e o Matthew, e ele está gemendo tão alto que chega a ser vergonhoso, Billie está com o tédio estampado no rosto, o que me dá pena e raiva do homem.

Sem pensar. Vou até eles, tiro Billie do colo dele e soco aquele rosto feio e o deixando horrível, soquei seu nariz tantas vezes para que não voltasse no lugar, notei que tinham lágrimas no meu rosto, eu estava chorando ? Billie ficou gritando para que eu parasse. Minhas mãos estavam sujas com sangue, de novo...

- MADSON PARA!!!- Billie estava quase chorando quando eu parei.

- Eu preciso ir embora.

Sai dali com as pernas trêmulas, minhas mãos estavam doendo por ter socado tanto. Sai do lugar e fui até o estacionamento. Sentei ao lado do carro da Billie.

[...]

Quer ajuda?

não.

Eu não disse nada. Deixei com que me guiasse para seu carro, achei que ele quissese me matar ou me estuprar, mas não.

- Aonde você mora?- perguntou enquanto colocava o cinto de segurança em mim.

uma queda de 40 metros, o carro estava como o teto para baixo, me lembro de sussurrar, " Me perdoe. Por favor.".Como se ele estivesse ouvindo.

me algemaram, escutei muitos insultos, como : "Puta, vadia. Assassina."  Não os culpava. Afinal era verdade.

[...]

  - NÃO FOI CULPA MINHA.- Grito e me assusto com meu próprio grito.

  - Madson? - A voz preocupada de Billie me resgata.

  - Aí porra. Aonde está seu namorado?- Perguntei abrindo os olhos.

  - Foi para o hospital. Por que sua nuca tá sangrando?- Perguntou colocando a mão na minha bochecha molhada de um possível choro.

  - Não sei.

  - Melhor irmos para o hospital também.

  - Não. Hospitais não.

  - E como você vai cuidar dessa cabeça?- Pergunta desafiadora.

  - Só preciso ir para casa.

  - Claro.

  Billie me ajuda a entrar no carro e a colocar o cinto de segurança. Billie dirige em silêncio e concentrada demais na rua. Eu olho no meu relógio...5h da manhã... Puta que pariu.

  - Chegamos.- Billie diz e eu olho ao redor e não estamos na minha casa.

  - Aonde? Aqui não é a merda da minha casa. É agora que você me mata e vende meus órgãos? Se for, de uma parte do dinheiro para minha irmã, o nome dela é Anne e tem 32 anos.- Falo fechando os olhos e levantando os braços.

  - Do que você 'tá falando? 'Tá louca?  Chegamos na minha casa, não poderia entregar você com a camisa manchada de sangue, um colete aprova de balas, punhos machucados e com um sangue que não é seu, uma arma, rosto molhado de lágrimas e sangue e a suas costas estão sangrando por causa da sua nuca.- Ela diz isso me ajudando a sair do carro.- E eu não vou te dar banho porque eu também estou um pouco bêbada.

  Quando chegamos no quarto de Billie, tiro meu AllStar e minha camisa jogando tudo no chão, e me joguei na cama dela e apaguei.

Maybe i love you-BILLIE EILISHOnde histórias criam vida. Descubra agora