Os animais cantam em revoada.Nas curvas de cada rebolada.Parece um coro de aviso "Ela te levará ao paraíso."
Minha mão subia e descia ágio pelo meu pau, a água escorria quente pelo meu corpo e eu tentava não gemer no meio de tanto tesão, mas ruídos saíam sem que eu conseguisse impedi-los. E talvez eu quisesse urrar alto, gemer e colocar para fora tudo aquilo que se acumulou dentro de mim. Porra, eu não estava aguentando! Apertei meus olhos ao sentir uma fisgada intensa no meu baixo ventre, batendo com mais precisão a minha mão pelo meu falo, intenso o suficiente para encostar nas minhas bolas inchadas no deslizar da minha palma. Aumentei a velocidade, sentindo a vontade crescente de gozar, caralho, gozar muito! Meu pau estava fervente. A densidade da água não me ajudava muito, mas eu sequer estava me importando muito com isso. Eu estava desesperado, essa era a verdade. Eu queria me aliviar, apenas isso. Rolei meus olhos de prazer, me sentindo entorpecer só com a lembrança daquela índia. Meu pau fisgou forte, indicando que eu estava a um pequeno passo de jorrar minha porra ali, na água. Respirei fundo, mordendo meus próprios lábios. Quase os feri, tamanha a insanidade que me possuía. Aumentei a pressão da minha mão, esmagando meu caralho quente.
- Ah! Porra... - Praguejei, apertando os olhos e jogando a cabeça para trás. Perdido demais, necessitado demais, ofegante demais para sequer pensar em me controlar.
Queria ela ali no lugar da minha mão.
Eu quase gritei de satisfação quando meu sêmen saiu em jatos fortes na água. Eu me estimulei mais, perdendo os sentidos enquanto meu pau jogava pra fora todo o acumulado por uma certa índia, parecia uma fonte que não parava de sair leite. Eu estava com parte do corpo imerso, mas o suor juntou-se a gotículas de água que perderam quaisquer efeitos de me refrescar.
- Aish... - bufei, passando minhas mãos nos meus cabelos, a fim de tirá-los dos meus olhos. Olhei meu semblante cansado refletido naquela água, mais uma vez bufando, não de exaustão ou vergonha, mas de frustração.
(...)
O dia amanheceu cedo pra mim. Ainda estava escuro, resquícios de noite ainda estavam ali, a névoa baixa, o sol ainda preguiçoso no horizonte quando fui chacoalhado por Kauê, me chamando para ir caçar. Levantei rápido, empolgado. Deixando o sono de lado. Haviam motivos muito melhores para eu estar acordado, e não era só da experiência de entrar mata adentro novamente. O motivo maior tinha nome, cabelos escuros e corpo curvilíneo.
Ali eu queria até mais que simplesmente, entrar dentro.
- Estamos esperando você, cari. - ele disse, sorrindo. Não demorei a seguí-lo, com uma fruta em mãos, dada por uma criança que cruzou meu caminho. Eles eram tão gentis. Quase todos, aliás.
Foi inevitável não olhar para ela quando a vi com seu arco e flecha em mãos, com o semblante ainda fechado na minha direção. Achei que ela ia contestar minha presença, mas ela não disse nada. Só ficou me olhando com o mesmo ódio explícito de antes. Eu ia saber lidar com aquilo, era questão de tempo. Pra mim, aquilo estava sendo um grande desafio.
Os índios jovens se reuniram e conversaram entre si sobre o lado que iriam, ressaltando as riquezas de cada polo. A tribo estava muito bem alimentada, haviam grandes vegetais plantados esperando colheita. Então a quantidade da caça não seria para nada além de uma noite. Eu não me intrometi na discussão, só acatei e os segui quando Kauê me disse para onde iríamos.
Nos embrenhamos na floresta, atrás de uma caça boa que servisse para um dia. Eles cantavam animados, ao que parecia todos tinham uma grande cumplicidade um com o outro. Eu estava ao lado do filho do cacique, vendo-o aprontar sua flecha. Curioso com o manejo da arma usada, perguntei a si:
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Sangue Tupi (Kim Taehyung)
Fiksi PenggemarEu gostava de viajar, conhecer, desbravar cada canto do mundo. E foi assim que eu a conheci. Selvagem, era o que a definia bem, uma mulher que me deixou perdido na sua imensidão, por que ela era a energia e a força da Amazônia. Eu sabia que eu ia me...