As rodinhas da pequena mala faziam barulho justo quando você tentava entrar silenciosamente na casa. Não tinha ninguém acordado, você percebeu, mas os copos meio vazios e objetos pessoais desconhecidos indicavam que seu melhor amigo tinha convidado amigos para vir em casa naquela noite.
Você não sabia que horas eram, mas o ronco alto de um dos amigos de Timothée, que dormia no sofá da sala, indicava que era tarde. Você riu da cena, tirando os tênis para não fazer mais barulho.
Você decidiu deixar a mala, mesmo que não estivesse realmente pesada, no andar de baixo, e subiu as escadas em direção ao quarto de Timothée.
Mesmo que ele tivesse quartos de hóspedes – que naquela noite em específico você presumiu que os amigos dele estivessem ocupando-os -, vocês dormiam sempre na mesma cama, muita saudade acumulada dos meses longe.
Você era diplomata, então seu trabalho era basicamente viajar, viajar, e se sobrar tempo, viajar mais um pouco. Apesar de você amar o que faz, os longos anos nunca estando perto dele por muito tempo te deixaram cansada, carregando o peso de não ter um lugar para chamar de lar. Tudo que você tinha era ele. Seu melhor amigo, a pessoa que você mais amava no mundo. Suas coisas ficavam divididas entre o apartamento em Nova York e a casa em Los Angeles que ele tinha, e sempre que você tinha alguns dias de folga, o destino era sempre onde seu garoto estivesse. Para os braços dele, por favor.
Abrindo a porta do quarto dele, você tomou cuidado para não o acordar. Sua bolsa foi deixada em algum lugar perto da porta, junto com suas roupas, exceto a camiseta que você usava, que era dele.
Você se aproximou da cama, sentindo uma onda de carinho tomar conta de você, mesmo não conseguindo enxergar Timothée direito no escuro. E mesmo no breu do quarto você conseguiu olhar para sua forma adormecida. Ele estava deitado de bruços, os lindos cachos espalhados pelo travesseiro e os braços abraçando um travesseiro, uma das penas jogadas por cima. Você sorriu com a visão.
Ele tinha o sono leve, então você suspeitava que ele pudesse acordar, e foi exatamente o que aconteceu quando você se deitou ao seu lado.
"Desculpe te acordar." Você sussurrou quando ele gemeu, se virando para você.
"Não se desculpe, amor" a voz sonolenta dele a confortou. "Venha aqui." Ele a puxou para perto, corpos em uma bagunça entrelaçada de pernas e braços. Timothée cheirou seu pescoço e um arrepio percorreu seu corpo. "Eu senti sua falta pra caralho."
Você o segurou perto, enquanto as mãos acariciavam os cachos escuros. Cantarolando de alívio, você murmurou baixinho: "Eu também."
Ele segurou seu queixo para beijar seus lábios carinhosamente e quando ele finalmente se afastou um pouco, grudando o nariz no seu, você disse: "E eu trouxe novidades."
"Sim?"
"Uhum" você bicou seus lábios. "Mas isso pode esperar."
De manhã vocês conversariam, mas por enquanto, ele deitou a cabeça em seu peito e a abraçou perto, nunca querendo te deixar ir de novo, te querendo perto, sempre perto, nem precisa perguntar.
STARKDIARY,2023.
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LOVER - Timothée Chalamet
FanfictionLOVER |" Eu te conheço há 20 segundos ou 20 anos?" - Taylor Swift. Livro original de imagines, versão em português (Brasil). (+16) STARKDIARY, 2023.