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                                         Billie

  Meu irmão morreu quando eu tinha 16 anos, hoje vão fazer 5 anos que Roman Will matou meu irmão. Hoje, assim como nos 5 anos passados eu, minha família e os amigos de Finneas vamos no cemitério visita-lo.

- Acordou?- Madson me tira dos meus pensamentos.

Madson estava entre meus braços, com a cabeça acima dos meus peitos, suas mãos grandes estavam na minha cintura e minha perna estava encima de sua cintura, estávamos tão bem enfaixadas que eu ficaria ali para sempre.

- Sim.- Resmungo com preguiça de sair dali.- Hoje eu tenho que ir no cemitério.

- Vai ver seu irmão?- Estranhei. Eu acho que não tinha comentado com Madson sobre Finneas.

- Como você...?

- Jornal, tiveram muitas matérias sobre. Sinto muito. Quer que eu vá com você?- Madson parecia muito interessada em ir.

  - Acho melhor não, minha família vai e os amigos de Finneas também. Não seria conviniente te levar.- Falei séria.

  - E vocês vão que horas ? Para eu saber que horas eu tenho que ir embora.- Ela se senta na cama.

  - Acho que às 16:40.

  - São 15:28, você não quer que eu saia para você se arrumar.

  - Ah...- Resmungo.- Não queria que você fosse agora...- Me sento na sua frente.

  Na verdade eu queria transar com ela de novo. Agarrei sua nuca e iniciei um beijo, ela me puxou para perto fazendo nossos corpos grudarem.

  - Se eu ficar, não vou querer sair. É melhor ir.

  Suspiro com desamino, lhe dou outro beijo para ela ir embora.

  Assim que Madson deixa a minha casa, me conecto com todas as lembranças que tinha do meu irmão. Ele era tão gentil, protetor, dócil. As únicas coisa que  eu consigo fazer além de chorar é perguntar o porquê, por que tinha que ser ele? Ele merecia aquilo?

  Fui ao banheiro tomei um banho. Coloquei uma roupa completamente preta. Desci para o estacionamento e escolhi o meu carro favorito, o Dragon, me lembro que Finneas amava esse carro tanto quanto eu.

  Teve uma vez que nós estávamos bêbados e eu e ele aceleramos o carro até o limite de velocidade em uma estrada vazia. A gente quase morreu, mas foi incrível e eu me lembro que eu não senti medo em nenhum momento, talvez pelo alto teor de álcool no meu sangue, mas também porque meu irmão mais velho estava lá, e se acontecesse alguma coisa eu poderia colocar a culpa nele assim como em toda a nossa infância.

  Dirigi até o local chorando, tinha uma garota tô ando violino no cemitério, me lembro que Finneas sabia tocar todos os instrumentos possíveis, isso era muito estranho, toda vez que ele achava algum instrumento interessante, em três dias ele aparecia tocando. Ele me ensinou a tocar ukulele, piano e violão. Eu amava tocar, mas sem ele parece que não tem sentido.

  - Oi meu amor.- Meus pais vieram até mim me abraçando e Matthew estava lá.

  Nós três choramos abraçados por longos 10 minutos. Depois que nos acalmamos as pessoas já tinham chegado, todos se reuniram envolta do túmulo de Finneas, e meus pais tinham separado algumas palavras para fazer um tipo de discurso, assim algumas pessoas iriam contar suas histórias engraçadas com Finneas depois todas iriam acabar chorando.

[...]

  São 21h45, todos foram embora. Só estamos eu, meus pais e o Matthew, que provavelmente vai querer transar depois que sairmos daqui.

Maybe i love you-BILLIE EILISHOnde histórias criam vida. Descubra agora