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2231 palavras. Boa leitura! <3

 Boa leitura! <3

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★★★

16/02 ~ QUINTA-FEIRA

TODOS nós somos destruídos por dentro, uns só fingem melhor do que os outros. Mas eu definitivamente não consigo fingir, e por isso estou aqui abraçando meus próprios joelhos e chorando pensando que tudo poderia ser diferente.

Minha mãe  simplesmente achou uma boa ideia deixar o namorado dela trancado comigo em casa, ele bêbado e eu dormindo. Eu não tenho nem palavras pra descrever a repulsa que sinto ao lembrar do que ele me acusou, como se eu quisesse um cara que tivesse idade para ser meu pai. Que idiota!

-Melissa, você não pode chorar toda vez que sua mãe grita com você. - Levanto a  cabeça e vejo Anna encostada na porta do meu quarto com uma cara de quem quer me bater por chorar por besteira. - Você chora tanto que eu duvido que a porcentagem de água do seu corpo seja 70%.

Anna é totalmente ao contrário de mim, eu com certeza não escolhi ela como amiga, ela simplesmente surgiu e é a única pessoa que compreende eu ser tão sensível e sentimental, mesmo quando a maioria das vezes ela acaba me magoando por ser muito sincera.

Sabe aquela pessoa que você sente que um dia vai quebrar a cara mas você sempre acredita na bondade humana? É a minha relação com ela.

-Ela não só gritou comigo como me acusou de dar em cima do novo namorado dela, ela preferiu acreditar nele do que em mim.- Digo limpando o rosto na manga da blusa branca que estou vestindo. - Ela sempre faz isso e eu estou tão cansada, Anna.

Minha mãe com certeza é uma pessoa que eu não gostaria de ter conhecido, ela é tão egoísta e maldosa, só pensa nela mesma e por mais que eu tente encontrar milhões de justificativas para explicar seu comportamento todas elas se voltam para mim lembrando que ela sempre me culpou por meu pai ter ido embora e por eu ter te deixado estrias em seu corpo por conta da gravidez.

Isso não deveria ser culpa minha!

-Você ainda liga para o que sua mãe fala, Lissa? Semana passada ela te acusou de ter roubado o relógio dela, e minutos depois o Uber ligou dizendo que ela tinha esquecido no carro. - Funguei e fiz bico por ter lembrado do ocorrido. - Você sabe que a culpa não é sua, amor.

Levantei do chão e fui até ela abraça-la, ela retribuiu não ligando por eu estar encharcada de lágrimas.

- Então porquê me sinto tão culpada? Só gostaria de não me sentir assim, gostaria de sumir...

- Mas infelizmente ou felizmente, você não pode sumir porque tem 15 minutos para ir pro trabalho.

Apenas bufei e fui pegar meu celular na minha estante do lado da minha cama.

O celular que eu comprei com o meu dinheiro depois da minha mãe ter pegado o antigo e lido todas as minhas mensagens, acabou surtando por eu ter amigos salvos e decidiu quebrar como se tivesse a droga do direito.
Mesmo eu tendo pago, eu mantenho poucos contatos salvos por medo dela pegar novamente.

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