Capitulo 6

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Capítulo 6

10:33- Dia 0
ANTHONY

Olho atentamente para o cara em minha frente, tento ir para trás calmamente, mas o mesmo percebe e começa a ficar ansioso chegando mais perto com o canivete ainda apontado para mim, dou uma olhada de canto para alguns troféus caídos no chão, volto rapidamente meu olhar para o Joao, cada segundo que se passa ele fica mais e mais nervoso e tenta chegar um pouco mais perto, levanto minhas mãos em sinal de paz, ao mesmo tempo ele baixa um pouco a guarda e eu corro para os troféus, jogando o objeto em sua mão, que faz o garoto soltar a arma, sem pensar muito corro pra cima dele, lhe dando um soco e o imobilizando no chão.

Após mais alguns socos o garoto desmaiou, rapidamente pego a lâmina caída e vou até a porta, ao olhar para fora vejo que esses mortos vivos não estão perto, saio cuidadosamente devagar e chego nas escadas mas tem dois deles ali, fico um tempo parado e escondido e quando vou sair com o canivete empunhado escuto um grito de dor, que vem da secretaria e ao mesmo tempo me escondo novamente quando vejo a dupla correr em direção ao barulho.

Com a escada livre, desço o mais rápido possível e ao sair do prédio há mais deles agrupado perto do outro bloco de salas, então vou direto para o ginásio.
Quando chego abro a porta cuidadosamente, tentando avistar minha irmã, mas está vazio, continuo explorando o local e não encontro nada. Começo a ficar preocupado, fico olhando desesperadamente para os lados, sem saber o que fazer, sento no chão tentando me acalmar, coloco a mão no peito e começo a puxar o ar bem forte, algumas lágrimas começam a cair sem que eu perceba.

12:07- dia 0

Após descansar e me acalmar pego minhas coisas e vou pra a porta dos fundo, seguindo pela pequena floresta que contorna a lateral da escola, já que aqui provavelmente vai ter menos concentração desses bichos, porém quando entro vejo de longe uma menina de costas com um cabelo castanho bem volumoso.

-Charlie! É você!? Eu estava que nem louco te procurando- mas quando ela olha para mim percebo que já se transformou, paralisado com o choque não percebo que a menina morta viva começa a chegar cada vez mais perto a ponto de eu só perceber quando ela está prestes a me morder, em um ato impulsivo a empurro e começo a me afastar correndo.
Quando paro olho para trás e vejo o ser me seguindo mas logo desvio o olhar com uma dor no peito, com minha rápida olhada percebo que ela estava com uma mordida no rosto e com a roupa toda suja além de seu cabelo castanho ondulado, sem coragem para matar minha irmãzinha continuo a andar, penso em como vou explicar para minha família que não consegui proteger a pessoa mais importante pra mim, Felipe vai se culpar imensamente por não ter estado com nós e o Vovô não vai aguentar já perdeu tantos, ela era nosso único raio de sol.

Após andar mais alguns minutos, chego em outro bairro da cidade, com cautela me abaixo e costeando o muro tento dar uma olhada para a rua, me assusto na hora, deve ter uns 25 deles ali, me escondo novamente e resolvo entrar na casa ao lado, abro a porta com cautela sem fazer barulho, começo a ver se está segura e pego alguns enlatados e peço algumas garrafas de algum, vasculho mais um pouco e encontro apenas um facão, coloco ele na lateral da mochila e saio pela porta dos fundos, caminho mais algumas quadras até que chego em minha casa, desconfio pois está um silêncio, entro com a faca pronta para matar se necessário mas antes de eu agir sinto uma ponta de arma nas minhas costas, viro devagar e vejo ser meu avô.
Vovô ao perceber para quem ele apontava logo guarda sua escopeta e me abraça, ficamos uns minutos abraços quando ele começa a olha envolta procurando alguém. Com vergonha desvio o olhar sem conseguir o encarar.

-Ela morreu.

-Como aconteceu?- quando ele perguntou senti meu coração se quebrar novamente.

-Não sei, não estávamos juntos quando aconteceu, só há vi depois e fugi, fugi igual um covarde, não consegui a proteger e nem acabar com seu sofrimento!- quando terminei, começo a respirar forte, nem tinha percebido que eu estava segurando o ar, volto o olhar para meu avô e depois para o chão, percebo que ele começou a chorar. Deixo minhas coisas no sofá e vou até meu quarto, coloco minha coisas na mochila, duas mudas de roupa, higiene pessoal e uma foto da família. Paro meu olhar especificamente em Felipe e Charlie. Guardo a foto em meu bolso e desço para onde estava meu avô, vejo ele dormindo no sofá com os olhos inchados, pego suas coisas e as minhas e levo pra a caminhonete, quando volto tinha uma mochila cor de rosa, ele provavelmente arrumou suas coisas para que quando nós chegássemos.

Sentado no chão da sala começo a tentar ligar para o Felipe, e nada, ligo para Anna, e nada, começo a me preocupar cada vez mais. Sem muito o que fazer, apenas espero encolhido tentar eu mesmo me confortar.

19:01- Dia 0
ANTHONY

Acordei desesperado, olhando para todos os lados, o sofá estava vazio, saio no mesmo instante procurando o idoso, ao não o achar em lugar nenhum, começo a passar mal quando algo me agarra por trás, vejo que é um morto e tento me soltar, mas aparece outro, saio do agarre de um e corro para um dos quartos, tranco a porta porta mas um acabou entrando comigo, pego ele pelo pescoço e cravo meu canivete no seu cérebro, tento repetir o processo, abro a porta e deixo o outro entrar, mas  infelizmente percebo tarde demais, há pelo menos uns cinco deles no outro lado, tento fechar a abertura mas todos começam a entrar, me afasto o máximo, e acabo matando dois com o canivete e quando finalizo o terceiro, não consigo retirar a lâmina, enquanto forço ela quebra e acabo tropeçando nos meus pés e caio, os dois que restaram vão com tudo para cima de mim, desesperado seguro um com toda a força que tenho mas o outro continua vindo em nossa direção, quando ele está prestes a me morder uma flecha atravessa seu crânio.

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⏰ Última atualização: Apr 11, 2023 ⏰

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