Voltei com o segundo capítulo de AD e gostaria de iniciá-lo agradecendo pelos votos e comentários de cada um que tirou um tempinho para ler e deixar uma palavra de apoio pra mim e pra minha neném.
Guardo cada um no meu coração.
Purple you💜
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Você é meu desejo.
C A P Í T U L O 0 2
O templo encontrava-se preenchido por um total de dez ômegas. O único som ouvido eram os murmúrios que saíam dos lábios de todos que, num último fio de fé, rogavam por misericórdia.
O restante da população estava em suas casas, trancados em seus lares e totalmente apavorados com a possível invasão advertida a qual seus soberanos foram tentar impedir ou adiar o máximo possível.
Os mais velhos que ficaram na província tentavam distrair ou acalmar os filhotes, que pareciam sentir a tensão espremendo cada ser e espaço do reino. Muitos estranhando a ausência de seus pais e mães, com lamúrias breves sobre a falta que os genitores faziam.
A maioria ali teve de se despedir de pessoas queridas, guerreiros do reino, que partiram sem uma previsão de volta. Pais, irmãos, filhos, noivos, netos, amigos. Todos com um propósito, mas sem esperança de conseguir cumpri-lo.
Dentre tantos devotos, estava o príncipe Taehyung, prostrado diante a escultura um tanto curiosa de uma figura feminina que possuía oito braços — cada um carregando um objeto: uma espada, um tridente, uma concha, um arco e flecha, uma flor de lótus, uma clava e uma abhaya mudra — e estava elegantemente sentada sobre um leão.
A deusa Durga era uma das mais — se não a mais — clamadas naquele templo. Seus fiéis rogavam para que ela os protegessem, assim como era de sua natureza, os livrando da destruição e maldade dos Incas.
Taehyung era um dos mais fervorosos dentre os ômegas, irredutível a sair de sua postura inicial e abandonar sua fé. Ficaria ali até os últimos minutos, mesmo que os soldados inimigos invadissem a cidade. Teriam de lhe arrastar, e, ainda assim, continuaria rogando por misericórdia, enquanto ainda possuísse vida.
Se negava a acreditar que tudo o que aprendeu ainda quando criança sobre os deuses e seu amor com seus filhos humanos fosse irreal.
Desde pequeno a curiosidade lhe acompanhava, e foi assim que nunca dispensou as aulas de história sobre os vários deuses — e suas finalidades — para o seu povo. Enquanto seus colegas de classe resmungavam e corriam das longas horas explicativas sobre as divindades e seus feitos, Taehyung sempre ficava e buscava por mais.
Queria saber porque o senhor Radesh, um simpático alfa punjabi, fez um criadouro de corvos em sua casa e os alimentava com guloseimas e frutas doces.
Ou no porquê de trimestre em trimestre uma caravana era formada para viajar até Venkateswara — uma cidade a dez dias de viagem — e visitar um templo conhecido como morada do deus Vishu e sua esposa, onde ofereciam jóias tiradas de suas terras, dinheiro e até mesmo seus cabelos como forma de ajuda para o deus quitar uma dívida feita ainda quando pretendia casar com sua mulher.
Tantas coisas que construíram quem era hoje e no que acreditava, sem ter qualquer imposição para isso. Apenas quis ser e acreditar, seguir sua ideologia sem sequer precisar lidar com críticas, pois sua fé não ia muito longe do que era a fé do restante de Magadha.
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Alegria D'estimar | taeyoonseok
Fanfic[TAEYOONSEOK • ABO] Onde o imperador das Terras Altas recebe, como agradecimento do reino recém aliado, a mão do príncipe de Magadha em casamento. Hoseok já possui um consorte, porém, não há regras contra desposar outro ômega, ainda que esse não fos...