Era um sábado de tarde normal, o tempo não estava frio, mas quente que não estava de certeza, e mesmo estando uma quantidade considerável de nuvens, o sol ainda espreitava.
Alexander, mais conhecido como Zander, tinha combinado de ir passar a tarde, e seguidamente, a noite, em casa de Nicole, a melhor amiga dele, que também fingia ser sua namorada devido a um acordo que fizeram quando Zander se assumiu gay pra ela: Nicole fingiria ser namorada de Zander para ninguém o incomodar, mas Zander teria de protegê-la daqueles caras assustadores que costumam assediar adolescentes. O acordo perfeito, mas tinha sempre a condição de que eles não poderiam ser vistos com outra pessoa, ou viraria fofoca de que um deles é corno, logo tinham que tomar cuidado.
Ao chegar a casa da família Milkovich, Zander até ficou impressionado, era uma casa até que organizada, dava pra ver que os óbvios pacotes de cocaína pousados em cima da mesa de centro, mas nada mais que isso, a entrada dava direto para a sala de estar que estava ligado à sala de jantar, dando depois a um corredor que dava acesso à cozinha, ao banheiro e aos quartos dos quatro integrantes da família.
— Não é tão mau quanto pensei - falou Zander observando a sala a frente de si.
— Você achava o que? Que eu vivia numa lixeira? - falou a garota sarcasticamente.
— Conhecendo sua família... sim! - falou o ruivo dando uma leve risada enquanto via Nicole revirar os olhos ironicamente.
— Já que você janta aqui, e o resto da minha família só chega amanhã... podíamos maratonar os filmes da saga scream (mais conhecido como pânico no brasil) aproveitando que o sexto saiu recentemente! - dava para ver o ânimo nos olhos da menor enquanto esta falava.
— Como você adivinhou que eu tinha um crush no Billy Loomis?! - falou o garoto de forma sarcástica levando a dona da casa a se sufocar em risadas.
Ambos se sentaram no sofá e começaram assistindo.
Já iam no segundo filme quando a porta bateu ao ser aberta repentinamente. James, o irmão mais velho de Nicole, entrou com a cara fechada, até reparar que a sala não estava vazia.
— Que merda que esse viado faz aqui? - Zander já estava habituado ao jeito de ser de James, andavam na mesma escola, e podem ter certeza que ele chamaria viado ao garoto mais hetero possível.
— Cala a boca seu cara de merda, ele é meu namorado! Você não voltava só amanhã? - Questionou a morena enquanto dava uma cotovelada ao seu "par".
— Mau gosto hein? - respondeu o irmão dela.
— Pára de implicar com ele!
— Tava falando com ele, não com você, burra do caralho! - disse o mais alto enquanto ia pro seu quarto, causando vontade de rir ao ruivo
— Zander eu juro que se você rir, eu arranco seu dentes UM POR UM! - Nicole também tinha seu jeito agressivo, mas ao contrário dos irmãos, era só de falar. Zander engoliu em seco, sabia que ela não lhe tocaria, mas também não podia desrespeitar a sua "namorada".
Continuaram assistindo os filmes até que bateu oito horas.
— Você tá com fome? - disse Nicole ao pausar o filme.
— Já comia algo, sim.
— Hm... Já sei! Eu posso encomendar pizza, é mais prático pra comer enquanto nós assistimos os filmes.
— Você encomenda ou eu encomendo?
— Deixa que eu encomendo, mas é capaz de demorar, a pizzaria mais próxima tem sempre um monte de gente ligando dai demora pra conseguirem atender todo mundo. Eu vou só no banheiro e já ligo pelo telefone fixo.
— Está bem então, eu espero. - falou o ruivo pegando no seu celular pra se entreter no tempo de espera.
Ao Nicole sair entrou James, procurando por algo.
— Você perdeu algo ou..? - questionou Zander confuso.
— Cadê o celular dela? - Perguntou o moreno interrompendo Zander.
— Porque você precisaria do celular dela?
— Chantagem.
O ruivo estava mais confuso do que um pássaro que acabou de acordar e se viu preso numa gaiola. Por fim James encontrou o celular de sua irmã e correu com ele pro quarto. Zander demorou uns segundos percebendo o que tinha acabado de acontecer mas logo seguiu atrás dele.
— Ei! Devolve o celular dela!
— Vai me fala: quanto ela te pagou para você fingir ser namorado dela? - disse James enquanto se sentava na cama olhando o celular de Nicole tentando decifrar o código.
— Ela não me pagou!
— Trabalhando de graça?
— Nós não estamos fingindo!
— Essa foi melhor piada que eu escutei hoje! - falou o garoto rindo.
— Devolve o celular da Nicole logo!
— E porque eu faria isso? O máximo que você pode fazer com esses braços de esparguete é chamar ela, o que não me faz grande diferença. - disse continuando a rir da cara do ruivo
— Braços de esparguete seu cu! - afirmou o ruivo ja se irritando.
— Então vai: me bate!
Tenho certeza que James se arrependeu de ter dito aquilo no segundo em que Zander lhe deu um soco, acertando na boca.
— Ah seu filho da puta! - O moreno pousou agora o celular da irmã na mesa de cabeceira enquanto se levantava.
Zander não teve resposta naquele momento, tinha acabado de dar um soco num dos maiores babacas da escola, estava até impressionado com a força que tinha. Mas a animação dentro da cabeça de Zander durou pouco, como referi, Zander tinha acabado de dar um soco no maior babaca da escola, o que também significava que teria sorte se saísse dali vivo.
James agarrou na camisa de Zander e o encostou a parede, numa tentativa de o prender e evitar apanhar mais, mas não foi bem o que o cérebro de Zander, que agr entrava numa crise gay, percebeu.
— Você vai se arrepender de ter me bati- perai você ta ficando vermelho? - O cérebro do maior entrou em tamanho caos que Zander conseguiu se soltar e empurrar James.
James não vacilou mais e conseguiu agarrar Zander de novo, mas desta vez prendendo-o ao sentar se em cima dele na cama enquanto prendia as mãos dele, uma situação super violenta e tensa para dois garotos heterossexuais, mas não era o caso. Ambos tinham mentes poluídas, pra não falar de serem ambos gays, logo não pensaram em coisa boa. Os únicos pensamentos de Zander nesse momento eram "Não fique vermelho! Ele vai te chamar de viado" "Ai meu deus porquê eu?" "Será que ele tá fazendo isso de propósito?", já os de James "Merda o que eu faço?" "Ele tem olhos de cores diferentes... JAMES SE CONCENTRA" "puta que pariu to fazendo figura de parvo!".
Se encararam por uns segundos, se não minutos, até James reagir e se levantar, ele fechou a porta e voltou a segurar Zander, o qual estava paralisado enquanto passavam milhões de coisas em sua cabeça.
— Se você falar disso a alguém.. pode ter certeza que nunca mais vê a luz do dia!
Isso só deixou Zander mais confuso, "Ele está falando da briga... ou do facto de estar sentado em cima de mim?", mas essa pergunta não pairou pela cabeça de Zander por muito tempo, James agarrou na sua cintura o fazendo se sentar frente a ele.
Eles viviam num bairro homofóbico, logo viviam com medo de se mostrar, por isso seria raro ver dois garotos assumindo uma relação, tanto amorosa como sexual. Você até poderia ganhar coragem e se assumir, mas o arrependimento seria tanto que poderia levar ao suicídio. Mas nesse momento Zander se sentiu diferente: ele finalmente tinha oportunidade de ser quem era sem ninguém encher o saco, foi então que o medo abandonou a mente dele e a única coisa que conseguiu pensar foi no verde dos olhos de James, um verde escuro, como se fosse uma floresta à noite, uma linda floresta, em como aquilo teria que valer a pena. O ruivo agarrou o rosto de James beijando o de forma delicada, ainda com algum receio, já o moreno tinha outros planos, o maior agarrou a cintura de Zander o puxando para cima de si, de seguida agarrou na nuca do menor intensificando o beijo.__________________________________________________________________________
Primeira fic, eu sei que podia estar MUITO melhor, mas quero acreditar que também poderia estar pior 🤷♂️
Deixem comentários doque acharam para que eu possa usufruir deles
Provavelmente esta bastante curto, mas tendo em conta que é um one shot se calhar não, não faço a mínima ideia sendo sincero.
Um voto não mata ninguém 🤭
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Fearless - One Shot
RomanceAlexander sempre teve dificuldade em esconder sua sexualidade num bairro homofóbico, se não fosse a sua amiga Nicole ter fingido ser sua namorada ele provavelmente já teria apanhado, tanto na escola como na rua. Mas aquele medo desapareceu quando el...