LONGE, MAS SEMPRE PERTO: PARTE 2

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Você acordou sozinha

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Você acordou sozinha. A cama estava vazia, os cobertores brancos repuxados onde ele tinha dormido, ainda quente. Você presumiu que ele tinha levantado fazia pouco tempo.

Você se olhou no espelho do banheiro do quarto de Timothée, se sentindo mais feliz do que nunca por estar no mesmo lugar que ele de novo, nem que fosse por um curto período. A novidade que você tinha era grande e a ansiedade pela reação dele te fez sorrir durante o caminho até a cozinha, onde você sabia que ele incisivamente ia logo ao acordar.

Você o avistou primeiro. Virado de costas, ele cozinhava alguma coisa. Tinha um homem sentado em uma das banquetas da cozinha, segurando um celular e bebendo café. Você não se lembrava de já ter sido apresentada a ele, mas honestamente, tempo para conhecer os amigos de Timothée nunca foi prioridade. Seus olhos, toda vez que você estava com seu garoto, era virados para estar com ele, por favor, nunca fique longe. Você entrou à passos calmas na cozinha, deslizando para beijar a bochecha de Timothée.

"Bom dia" Você disse para os dois.

O homem, antes muito focado no que quer que estivesse lendo no celular antes, olhou para você com os olhos arregalados, a boca ligeiramente aberta. Você se deu conta que não tinha vestido nada por baixo da camisa de Timothée antes de descer as escadas, mas você decidiu que não ligava.

"Bom dia, amor", Timothée disse, bicando seus lábios rapidamente, se esticando para gesticular para o amigo. "Você tem uma baba escorrendo aí."

O amigo fez uma careta e largou o que tinha na mão, se inclinando sobre o balcão com curiosidade cômica e leve malícia, que você sentiu quando ele disse: "Você deve ser a melhor amiga." Ele se levantou de onde estava sentado para apertar sua mão. "Ouvi muito sobre você."

"O prazer é meu." Você apertou a mão que ele estendeu. "Eu te conheço de algum lugar?"

Você ficou intrigada. De fato, não lembrava de ser apresentada a ele, mas você conhecia tanta gente importante ao redor do mundo que era difícil guardar lugar na memória para lembrar de todo mundo.

"Ah, eu sou cantor" respondeu com um sorriso. "Meu nome é Scott."

Você sorriu, ainda sem saber se o conhecia. Mas decidindo deixar passar, você sorriu e se virou para Timothée. Ele estava agora apoiado contra a bancada, assistindo à interação de vocês enquanto colocava pedaços de panquecas na boca, como uma idosa fofoqueira bebendo chá.

Você revirou os olhos.

Scott voltou ao seu lugar no balcão, enquanto você começava a fazer ovos mexidos, ignorando o sorrisinho de Timothée. Ele a envolveu por trás, te querendo mais perto. "Você dormiu bem?"

"Uhum." Você murmurou.

Ele aproximou a boca de sua orelha para sussurrar: "Estou planejando compensar o tempo perdido hoje."

"Sim?"

Ele murmurou uma confirmação.

"E como você vai fazer isso?"

"hum" Seus lábios desceram por seu pescoço, deixando beijos lentos por toda parte. "Vou te levar para a cama e proibir sua saída."

Você suspirou, excitada com as palavras e com o contato.

O amigo de Timothée se levantou, dizendo que ia acordar os outros, e seu garoto aproveitou para enfiar a mão por baixo da sua camiseta.

Dessa vez você gemeu. Desligando o fogo rapidamente, você finalmente se inclinou para trás em seus braços, dando um beijo em seus lábios antes de virar de frente para ele.

"Lembra da novidade que eu disse ontem?"

Por extinto, ele já tinha a sentado no balcão ao lado do fogão e suas pernas facilmente se abriram para acomodá-lo entre elas.

"Lembro" respondeu.

"Então" Você segurou o rosto dele entre as mãos. "Eu recebi uma oferta de trabalho fixo em Nova York." Você soltou de repente. Seu menino arregalou os olhos.

"Sério?"

Você confirmou com a cabeça." É um emprego no governo federal, mas na verdade eu vou me reportar para a ONU. Eu já conferi o salário, e eu sei que você disse que não quer que eu me preocupe com dinheiro, mas eu não consigo evitar, sabe?" Você falou rapidamente, não dando espaço para ele dizer nada. "É claro que tem o fato de que eles me ofereceram o mesmo cargo em Londres, e eu tecnicamente estaria em uma posição ainda mais alta lá, mas não importa."

Timothée esperou seu discurso acabar, muito acostumado em ouvir seus devaneios.

O sorriso dele tinha desaparecido, mas ele não havia se afastado. Mesmo assim, você franziu a testa, ele não estava feliz pra caralho? Timothée vivia dizendo que te queria por perto o tempo todo, acordando do lado dele, fazendo parte do dia a dia dele, o que estava passando pela linda cabeleira cacheada?

"Amor"

Você o olhou nos olhos, mas não disse nada.

"Você sonha com morar em Londres desde que tínhamos 15 anos."

Era verdade. Seu quarto, durante a adolescência, era basicamente um mural de sonhos: sua faculdade, as viagens com Timmy, seu emprego e sua linda cidade.

"Eu era uma criança, meus sonhos mudaram."

Mentira.

"Eu não ligo para onde for morar."

Mentira.

"Só ligo para ficar perto de você."

Verdade.

Ele balançou a cabeça negativamente e agarrou seu queixo. "Você já fez muito por mim, agora é a minha vez."

Você franziu a testa. Timothée achou adorável, e um sorriso já repuxava seus lábios antes que ele dissesse: "Eu vou para Londres com você."

Sua expressão foi de choque, e antes de você começar o que ele sabia que seria um longo monólogo sobre como ele era um garoto de Nova York e ele não podia deixar sua casa, ele disse: "Eu sei o que você vai dizer, e antes que diga, meu lar, minha casa, é você, não Nova York." Seu coração amoleceu com a declaração dele. "E se eu puder dormir com você todo dia, não me importo onde."

Você não soube o que dizer, então passou os braços pelo pescoço dele e deixou que seu menino a beijasse, suas pernas fortemente rodeando a cintura, o prendendo perto, bem perto, deslizando a língua por sua boca facilmente, confortável como chegar em casa para um banho quente em um dia frio, acordar em um domingo preguiçoso ou se casar com o amor da sua vida.

Timothée era isso para você. O primeiro garoto que você beijou, sua primeira transa, sua primeira briga e seu primeiro adeus. O que vocês era frequentemente erroneamente descrito como amizade ou amizade colorida, mas vocês se apresentavam como melhores amigos para as pessoas de fora porque era o jeito mais fácil de dizer que vocês eram almas gêmeas, colocadas cuidadosamente no caminho um do outro, porque não funcionavam separados, conectados de todas as formas.

Antes que você pudesse puxar a camisa dele pela cabeça, e deixá-lo sussurrar palavras doces enquanto fodiam pela primeira vez em meses, três amigos de Timothée pigarrearam, parados na cozinha, boquiabertos.

Scott engoliu um copo de suco de laranja antes de levantar uma sobrancelha para dizer: "Melhores amigos minha bunda."

LOVER - Timothée ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora