O amor acontece ♡ _ Arthur Leclerc

Capítulo 4: Menina Flor

- Pai eu realmente não consigo entender - era visível a confusão no rosto de Rosa ao tentar entender como um carro de Fórmula 1 funcionava, ela realmente estava tentando mostrar interesse pelo assunto que o pai falava com tanta empolgação - Eu não consigo entender nem a diferença dos pneus - uma ponta de decepção apareceu no semblante dela
- Tudo bem querida, essa é só sua primeira vez no paddock, você vai aprender mais com o tempo - Toto compreensivo fez um leve carinho no rosto da filha o que a fez sorrir, apesar de não ser atenta ao mundo automobilístico ela amava ver o pai sorrir empolgado com tudo aquilo.
- Não me diga que essa é a pequena Rosa Wolff - James Alisson que se aproximou do local onde ela estava com o pai chamou a atenção da menina, Toto olhou orgulhoso, a última vez que a filha havia ido a um paddock ela ainda usava fraldas e agora estava uma mulher
- Ela cresceu não acha meu amigo .
- Está enorme e uma moça muito bonita - James sorriu com simpatia fazendo Rosa corar de leve por receber um elogio
- Obrigada - as bochechas coradas mostravam a timidez que nunca lhe abandonava.
Não demorou muito para que os tantos homens ali presentes começarem a falar sobre o treino que aconteceria em poucas horas e o não entendimento do assunto fez com que Rosa se sentisse entediada no mesmo segundo.
- Vou dar uma volta - ela disse olhando pro pai com o tom de voz de sempre, mas ela sabia que o pai não havia ouvido pois ele estava conversando fervorosamente sobre protestar contra algo ou alguém, Rosa riu internamente ao imaginar o pai segurando uma placa e protestando contra algo que ele achava injusto.
Marcando bem o local para quando quisesse voltar, Rosa começou o seu passeio pelo local mais barulhento que ela já esteve em toda sua vida e olha que ela tinha 21 anos de vida, passando pela área que ficava ao lado da Mercedes, ela viu uma equipe com o emblema do energético que a ajudava a ficar acordada a noite sem sentir sono quando precisava estudar para uma prova importante, "Redbull" ela se lembrou do pai praguejando horrores contra a equipe que agora estava a sua frente, os vilões da categoria ela se lembrou que era assim que ela ouvia falar sobre aquela equipe, devem ter feito algo muito ruim como atropelar um cãozinho e não parar para ajudar, devia ser o motivo de tanto ódio é era isso que devia ter acontecido , ela pensava enquanto balançava a cabeça como se concordasse com alguém, mas era só sua conversa com a própria mente, mas ela logo voltou a andar antes que algum funcionário dali a olhasse e achasse que ela era uma maluca. Seguindo seu passeio ela caminhou até em frente a uma área vermelha e preta
- Olha o mesmo cavalo que tava na blusa daquele moço - ela falou alto, esquecendo que não estava no seu quarto olhando uma série na tela de sua TV, quando ela percebeu que alguns olhares tinham sido direcionados a ela suas bochechas ganharam o tom avermelhado como os das paredes do local, lentamente como se estivesse se afastando de um animal bravo ela foi se retirando dali , mas estava prestes a pagar o maior mico de sua vida ao sentir as costas baterem com pressão sobre alguém, que a fez agradecer para todas as divindades do mundo por te-la segurado para que não caísse no chão.
- Tá me perseguindo menina flor? - a voz a fez virar para o indivíduo, o mesmo moço que a mostrou onde ficava a equipe de seu pai, ela lembrou o nome quando ele deu aquele sorriso divertido de mais cedo novamente
- Arthur não é?- ela respondeu meio constrangida - me desculpe, eu só estava conhecendo o paddock
- Você tem o costume de andar de costas nos lugares que está conhecendo? - aquele ar de deboche fez com que o estômago dela desse um leve giro e seu olho um leve espasmo
- Não é só que ... - ela queria explicar, mesmo que ela não devesse satisfações a ninguém, aquilo estava a fazendo se sentir pressionada
- Relaxa menina flor eu só tô brincando, não precisa ficar tão nervosa- Arthur deu um sorriso de lado
- Menina flor?
- Rosa, uma flor, uma menina. Menina flor - ele riu como se fosse óbvio
- Ah eu entendi , engraçadinho - um sorriso amarelo saiu de seus lábios
- Conseguiu achar a Mercedes, ou está meio perdida porque ainda está procurando?
Rosa estava começando a se irritar com o tom de voz debochado dele, parecia que a cada palavra que ele dizia ele estava zombando da cara dela, o seu cérebro mal humorado não pensou nem por 1 segundo que o que Arthur estava tentando fazer era ser simpático , para ele tratar alguém de mais ou menos da idade dele com informalidade como se fossem amigos a anos era ser simpático, quebrava o gelo. Se ele soubesse o quanto ela estava ficando brava a chamaria de senhora no mesmo minuto.
- Eu achei a equipe, obrigada novamente por me mostrar onde era, eu estava com meu pai a poucos minutos.
- Ah seu pai trabalha na Mercedes? Que legal
- Na verdade ele - ela estava pronta para dizer que seu pai era o chefe e um dos sócios majoritários da equipe, mas antes de soltar pensou que o rapaz podia ser um fã doido e que a encheria de perguntas e recados para passar ao pai, então ela resolveu guardar a informação do cargo do pai
- isso trabalha lá.
- Muito legal mesmo ! É a primeira vez que te vejo por aqui - ele respondeu pegando o celular do bolso traseiro e olhando algo com muito interesse na tela - Foi legal conversar com você menina flor, me chama lá no insta mais tarde, se quiser alguém da sua idade pra conversar da próxima vez que for ao paddock, agora o dever me chama, bom você sabe o meu arroba - ele então deu uma piscadinha e apressou o pé para dentro da equipe vermelha, Rosa ficou com cara de taxo no mesmo lugar, como diabos ela saberia o arroba dele, era a primeira vez que ela o via na vida, okay ele não era 100% debochado, também foi bem simpático, mas o pensamento que ficou na cabeça dela em relação a ele era só um.
- Doidinho - disse a menina pra si mesma, então resolvendo voltar para Mercedes.