Após a guerra, o índice de maternidade caiu de uma maneira tão absurda que o Ministério da Magia apenas estava preocupado com a situação dos bruxos, apenas 3% da população tinha filhos. Era uma situação caótica que não tinha controle algum sobre a m...
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Demorou um minuto até o som estridente desviar a atenção de Draco para a janela. Mesmo ainda abalado com o que havia acabado de deduzir conseguiu atravessar o quarto parando em frente da janela observando o horizonte.
O que estava acontecendo?
Foi a primeira pergunta que fez a si mesmo quando observava as luzes da cidade iluminando algumas casas e prédios que pegavam fogo. Em meio segundo soube que estava acontecendo novamente ataques e pelo o que estava observando, provavelmente, a situação saiu do controle.
Hermione.
Ele não conseguia desviar seus pensamentos para longe dela. Com facilidade ele conseguiu ignorar naquele momento o caos que estava se expandindo, olhou para o quarto novamente prestando a atenção em cada detalhe, tentando encontrar algo que pudesse ser uma dica para onde a levaram, Draco não conseguia raciocinar direito, o desespero o abateu no exato momento que abriu os olhos após ser atacado, sentia seu coração bater tão rápido que acusava uma sensação sufocante de pânico.
Ele precisava encontrá-la.
Deu alguns passos desesperados em direção da porta quando parou no meio do cômodo, engoliu em seco sentando-se na cama quando percebeu sua agitação interna, de como seu rosto estava úmido sem ao mesmo perceber, de como não conseguia respirar com facilidade e a umidade crescente nas palmas de suas mãos.
Ele precisava encontrá-la.
— Respira, respira, respira.
Draco tomou fôlego quando percebeu que precisava se acalmar se queria descobrir onde ela estava. Aprendeu que se quisesse ter sucesso em qualquer coisa, precisava ser racional mesmo se seu coração discordasse disso e batesse descontroladamente. Ele olhou novamente para o cômodo repassando os últimos minutos desde que foi atacado.
Claramente, Kingsley tinha um plano.
Claramente, envolvia seus filhos.
Claramente, ele queria que não conseguisse sequer cogitar onde Hermione estava.
Analisou os detalhes do quarto, alguns móveis revirados, a porta do banheiro estava quebrada, a varinha de Hermione estava perto do banheiro e a sua estava do outro lado do quarto. Hermione se defendeu, e deduziu por achar que ele estava em algum lugar da casa e que de alguma forma pudesse ajudá-la. Então, ela tentou ganhar tempo, contudo, quando soube que ele deveria ter sofrido o primeiro ataque, provavelmente se rendeu.
Hermione era inteligente, sabia que não iria ganhar nenhuma luta por mais que soubesse infinitos feitiços diferentes, ela estava em completa desvantagem quando sentia o cansaço excessivo das últimas semanas de gestação. Por mais que tentasse continuar lutando, sabia que em algum momento iria ser capturada, e por mais que quisesse fugir e se defender, ela não colocaria a vida dos filhos em risco. E como ele, Hermione evitaria sofrer qualquer dano físico, ser acertado por algum feitiço, bater em algum móvel, cair ou se desequilibrar.
