não fui eu - Jaden Pedro

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Era mais um dia, havia me levantado mais cedo do que o normal, uma noite mal dormida mais uma vez. Durante toda a madrugada eu fui tomado por dores em minha cabeça, como pequenos choques, imagino que por conta daqueles fios que eles conectavam em minha cabeça durante os experimentos. Depois que eu estava sendo taxado como falha tudo ficou bem mais difícil, os experimentos ficaram mais fortes e intensos, pois eles queriam reverter esse resultado, me consideravam um "soldado" muito forte, e não queriam  que meu resultado viesse a ser negativo.

- QUANTAS VEZES EU VOU DIZER PRA NÃO ENVOLVER O JADEN EM SUAS PALHAÇADAS

- ESSE GAROTO SEMPRE ENTRANDO NA SUA MENTE DIANA, I CAN NOT TAKE IT ANYMORE

Eu não tinha saído do meu quarto ainda, minha mente estava explodindo, e por mais uma manhã meus pais estavam brigando, eu não conseguia entender o que eles estavam falando. Por várias vezes eu me metia em suas brigas para defesa da minha mãe, porém hoje eu não estava bem fisicamente e psicologicamente para isso, então depois de me vestir pego minha mochila, passo em completo silêncio no meio de toda gritaria e saio de casa.

Subo em minha moto e antes de sair e dou uma olhada na frente da minha casa balançando a cabeça em forma de decepção. A caminho do laboratório eu evito parar, assim desobedecendo todas as regras de transito que existia, chegando em pouco menos de 7 minutos no local esperado.

Depois de apresentar o meu crachá eu entro, e logo vou em direção ao vestuário para colocar a roupa que em específico usava nos experimentos. Na maioria dos experimentos eu não usava peça nenhuma, eles me deixavam completamente sem roupas. Entro no laboratório e avisto dois caras de jalecos, que eu não me importei de saber quem eram até o dia de hoje, na minha cabeça eles são o B1 e o B2, porque são todos iguais.

- Bom dia senhor Jaden, pode se sentar aqui, vamos iniciar mais um dos nossos processos... - Diz o doutor segurando uma das minhas mãos, já para prendê-la.

- eu quero muito saber por que vocês ainda estão fazendo essas coisas em mim, se eu estou na lista das falhas - Eu corto o cara que começou a falar, e puxo minha mão de volta para próximo do meu corpo.

- Nós precisamos concluir todo o processo, você sendo uma falha ou não.

- Mas ele não está sendo testado pra continu... - O outro doutor interrompe.

- Cala a matraca pedro

Eu olhava confuso para os dois comunicando entre si.

- Continuar? O que eu mas quero é que termine, eu não aguento mais, eu estava agradecendo por ser falha. - Minha fala soava como indignação, enquanto eu falava eles tentavam segurar as minhas mãos para prendê-la e eu não deixava.

Até que eu sinto em meu braço como um beliscão bem fino, me assusto e olho rapidamente para o lado, minha visão já estava turva quando eu vejo um loiro também de jaleco ao meu lado com uma injeção já aplicada no meu braço esquerdo, minha visão escurece e eu apago.

acredito que não tem mais jeito

Olha as stigmatas dele, estão sem controle

Temos que falar ao chefe, esse já era

Eu estava acordando aos poucos e escutava frases sendo ditas sobre mim bem longe, como se eu estivesse dentro da minha mente. A dor que eu sentia em minha cabeça, e em cada parte do corpo que tinha uma stigmata estavam ficando mais fortes e então eu acordo e me sento na maca onde eu estava. Olho ao redor e eles estavam me olhando, os olhares eram de assustados, menos de um, arranco todos os fios que estavam grudados em mim.

- Nós já íamos fazer isso, o senhor está dispensado, o chefe descartou você.

O que não esboçou reação alguma foi o que me falou, eu me levanto com um pouco de dificuldade, e ando em direção do vestuário para pegar as minhas coisas.