Dr Christopher Uckermann sempre foi um cirurgião dedicado e habilidoso, mas um acidente misterioso o deixou com amnésia. Agora, sem lembranças de sua identidade ou carreira, ele se acha perdido e desorientado, empenhando-se para descobrir seu lugar...
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— Pinça — Ordenei em tom autoritário, estendendo a mão para pegar o objeto do instrumentalista. Utilizei o equipamento para controlar o sangramento, e dediquei toda a atenção para finalizar a cirurgia. Quando notei que tudo estava sob controle, determinei que o residente realizasse os pontos para concluir o procedimento, enquanto me limpava e trocava de roupa para finalmente ir embora.
O dia havia sido extremamente cansativo com uma cirurgia da aorta, que levou a manhã inteira, e um transplante de coração que durou mais de 5 horas, prendendo-me na sala de operação até agora. Suspirei, cansado e com dor de cabeça, constatando que não me alimentei direito hoje. Andei a passos largos até meu escritório no quarto andar, sem me importar muito com quem encontrava no caminho, mas percebendo como se encolhiam ou mudavam suas rotas apenas para não nos esbarrarmos. Sábias decisões.
Organizei alguns papéis jogados em cima da mesa central, respondi a alguns e-mails que me convidavam para reuniões desnecessárias, e foquei no que me interessava — o sinal verde do conselho para iniciar meu projeto de pesquisa. O tópico principal era sobre como a inteligência artificial poderia analisar grandes quantidades de dados dos pacientes para ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças do coração com mais eficácia. O tema era bem inovador, porém muito disputado por outros cirurgiões cardíacos, então a decisão de quem ganharia essa oportunidade levou mais tempo do que o previsto. No final, a disputa ficou entre mim e outro médico aqui do hospital. Mas como era de se esperar, deram preferência para o melhor, claro.
Respondi à autorização com um agradecimento, e me empenhei na leitura do contrato. Bla bla bla, horas por semana que devo pesquisar, comprovação da carga horária semanalmente, bla bla bla, valor do investimento e onde será depositado, instruções para prestação de contas, e mais um monte de coisa. Eram tantos pontos que terminei de ler após a meia-noite, já cansado e sonolento. Deixei para assinar digitalmente no dia seguinte, e fechei tudo para ir para casa.
Fui até a garagem do hospital, entrei no meu carro favorito, um Volvo XC60 prateado, dando logo a partida para sair em direção ao sul da cidade. O movimento estava tranquilo devido ao horário tardio, então acelerei um pouco mais o veículo com a intenção de chegar quanto antes em minha residência. Ouvi o toque do meu celular, peguei o aparelho revirando os olhos ao ler o nome no identificador. Atendi sem muita paciência.
— O que você quer?
— Você vai se arrepender. Me ouviu?! — A voz no outro lado respondeu e encerrou a ligação.
Soltei o ar impacientemente e joguei o smartphone no banco do carona. Amanhã teríamos uma conversa bem séria pessoalmente. No momento, só desejo um bom banho e minha cama. Porém, nada me preparou para o que viria a seguir. Ao me aproximar de um cruzamento, apertei o pedal dos freios, mas eles não obedeceram ao meu comando. Franzi o cenho estranhando, já que o Volvo é um dos carros mais seguros do mundo, e pisei mais algumas vezes com força, ainda sem sucesso. Só tive tempo de fechar os olhos instintivamente, como se isso pudesse me proteger do impacto, quando uma carreta acertou em cheio a porta do motorista, arremessando o automóvel para longe. Capotei três vezes, tamanha a violência do acidente, até parar embaixo de uma árvore. Apesar dos airbags terem sido acionados no instante da batida, o gosto de ferrugem surgiu na boca, e tentei me mexer para fora, porém senti uma dor terrível na cabeça, e meus olhos pesaram em seguida.
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Olá! Espero que tenham gostado do prólogo! Estou estudando bastante para a história ficar o mais realista possível.
Obs: pretendo utilizar alguns personagens da novela também, ok?
Por favor, me digam o que acharam do prólogo e o que vocês acham que vai acontecer!
