- Srta. Kim - disse a recepcionista. - A Srta. Manoban a receberá agora.Levantei-me, questionando pela 25 vez o que eu estava fazendo e fui para a porta aberta que levava à sala que me fizera atravessar a cidade. Do outro lado estava minha fantasia mais sombria e, ao entrar, eu a tornava realidade.
Estava orgulhosa de minhas mãos por elas não tremerem enquanto a porta se abria e eu entrava na sala dela.
Primeiro passo: feito.
Lalisa manoban estava sentada a uma grande mesa de mogno, digitando num computador. Não levantou a cabeça, nem reduziu os toques no teclado. Eu podia muito bem nem ter entrado, mas baixei os olhos, por precaução.
Fiquei parada e esperei. Com o rosto virado para o chão, as mãos ao lado do corpo, os pés separados na extensão exata de meus ombros.
Lá fora o sol se punha, mas a luminária na mesa de Lalisa emitia uma luz branda.
Passaram-se dez minutos? Vinte?
Ela ainda digitava.
Contei minha respiração. Meu coração finalmente reduziu a velocidade de foguete em que estivera disparado antes de entrar na sala.
Mais dez minutos se passaram.
Ou talvez trinta.
Ela parou de digitar.
- Jennie kim - disse.
Eu me assustei um pouco, mas mantive a cabeça baixa.
Segundo passo: feito.
Eu o ouvi pegar um maço de papéis e empilhá-los. Ridículo. Pelo que eu sabia de Lalisa Manoban, eles já estavam numa pilha arrumada. Era outro teste.
Ela empurrou a cadeira para trás, e as rodas girando no piso de madeira eram o único som na sala silenciosa. Veio a mim com passos estudados e calmos até que eu o senti às minhas costas.
À mão afastou meu cabelo da nuca e o hálito quente fez cócegas na minha orelha.
- Você não tem referências.
Não, eu não tinha. Só uma fantasia louca. Devo contar a ela? Não. Devo ficar em silêncio. Meu coração bateu mais rápido.
- Eu teria informado - continuou ela-, que não estou interessada em treinar uma submissa. Minhas submissas sempre foram plenamente treinadas.
Louca. Eu era louca de estar ali. Mas era o que eu queria. Ser controlada por uma mulher. Não. Não por qualquer mulher. Controlada por esta mulher.
- Tem certeza de que é isto que você quer, Jennie? - Ela enrolou meu cabelo no punho e deu um leve puxão. - Você precisa ter certeza.
Minha garganta estava seca e eu tinha certeza absoluta de que ela ouvia meu coração bater, mas fiquei onde estava.
Ela riu e voltou à sua mesa.
- Olhe para mim, Jennie.
Eu já vira a foto dela. Todo mundo conhecia Lalisa Manoban, proprietária e diretora-executiva da West Industries.
Às fotos não faziam justiça a mulher. Sua pele era ligeiramente bronzeada e destacava o castanho-claro dos olhos. O cabelo preto e espesso pedia por meus dedos. Para agarrá-la e puxar sua boca à minha.
Seus dedos batiam ritmadamente na mesa. Dedos longos e fortes. Senti os joelhos enfraquecerem só de pensar no que aqueles dedos podiam fazer.
Na minha frente, Lalisa abriu o mais fraco dos somisos e eu me obriguei a me lembrar de onde estava. E por quê.
Ela voltou a falar.
- Não estou interessada no motivo pelo qual você decidiu se candidatar. Se eu a escolher e você concordar com meus termos, seu passado não importa. - Ela pegou os papéis que eu reconhecia como minha inscrição e os folheou. - Sei do que você precisa.
Lembrei-me de preencher o formulário - o questionário, os exames de sangue que ele pedira, a confirmação dos anticoncepcionais que eu tomava. Da mesma forma, antes da reunião de hoje, ela havia me mandado as próprias informações para análise. Eu sabia seu tipo sanguíneo, os resultados dos exames, seus poucos limites e as coisas que gostava de fazer com e nas parceiras de jogo.
Ficamos em silêncio por vários longos minutos.
- Você não tem treinamento - disse ela. - Mas é muito boa.
Silêncio novamente enquanto ela se levantava e ia até a vidraça atrás de sua mesa. Estava completamente escuro e vi seu reflexo no vidro. Nossos olhos se encontraram e então baixei a cabeça.
- Gosto mesmo de você, Jennie kim. Mas não me lembro de ter dito para virar o rosto.
Eu torcia para não ter estragado irremediavelmente tudo e levantei a cabeça.
- Sim, acho que seria adequado fazermos um teste de fim de
semana. - Ela se virou da janela e afrouxou a gravata. - Se você
concordar, irá à minha casa de campo nesta sexta-feira à noite, exatamente às seis da tarde. Mandarei um carro buscá-la. Jantaremos e começaremos a partir dali.Ela colocou a gravata no sofá à sua direita e abriu o primeiro botão da camisa.
- Tenho algumas expectativas de minhas submissas. Você deve ter pelo menos oito horas de sono diariamente do domingo até quinta-feira à noite. Terá uma dieta balanceada... Mandarei por e-mail um plano de refeições. Você também deverá correr 2 quilômetros, três vezes por semana. Duas vezes por semana fará um treinamento de força e resistência em minha academia. Passará a ser sócia amanhã. Tem alguma preocupação relacionada com isso?
Outro teste. Eu não disse nada.
Ela sorriu.
- Pode falar com franqueza.
Enfim. Lambi os lábios.
- Eu não sou muito... atlética, Srta. Manoban Não sou muito de correr.
- Precisa aprender a não se deixar dominar por seus pontos fracos, Jennie. - Ela foi à mesa e escreveu alguma coisa. - Três vezes por semana, você também fará aulas de ioga. São ministradas na academia. Mais alguma coisa?
Meneei a cabeça.
- Muito bem. Verei você na sexta à noite. - Ela me estendeu alguns papéis. - Aqui está tudo que precisa saber.
Peguei os papéis. E esperei.
Ela sorriu novamente.
- Está dispensada.
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The House Of Submission | JENLISA G!P
FanfictionA poderosa empresária Lalisa Manoban precisa saciar suas fantasias secretas e busca uma mulher com quem realizar seus desejos mais primitivos. Ao saber que ela está à procura de uma nova submissa, Jennie kim, movida por um segredo do passado, não h...