Park Jimin ficou apaixonado (quem sabe obcecado) pelo novo morador de seu prédio, do apartamento diante do seu. O vizinho em questão, Jeon Jungkook, era um pé no saco, de poucas palavras, solitário como Jimin, e não havia qualquer esperança da parte...
Olá! Antes de tudo, anicca é um conceito budista que se refere à impermanência de tudo, a como tudo que existe está em constante mutação e não existe propriamente de forma permanente. Como vocês vão notar nesse capítulo, o Jimin quer se aproximar de tudo que ele perdeu quando o pai dele faleceu, portanto eu provavelmente vou tratar mais do dharma (que pra não me estender seria tipo o caminho a seguir no budismo, a missão, jornada etc, o que fazer e não fazer) na história. Vocês preferem que eu venha até aqui e explique o que tudo que não ficar claro nos capítulos significa? Porque, sério, não é simples de entender KKKKK Mas não vai interferir tanto na história, no máximo vai deixar vocês um pouco confusos. O que preferem? E elessão loucos. Não suporto esse casal. Até 💌💕
A sailor mars, para evitar futuras dúvidas:
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ㅡ Delilah, amor. A gata do Freddie.
Jungkook já havia me dito que gostava de Queen, foi uma das primeiras informações premiadas que consegui dele após iniciar minha perseguição. Entretanto, nunca tinha visto ele realmente ouvindo algo da banda. Naquele fim de tarde em que nos separamos por algumas horas para organizarmos nossos apartamentos e termos um momento sozinhos (afinal, ele devia mesmo estar enjoado da minha cara irritante ao redor dele como um vaga-lume numa lâmpada), eu estava ouvindo "Lion Heart" sem medo de estourar os tímpanos na sala enquanto esfregava os cocôs secos de pássaros na janela. Tive uma vista perfeita da praça e lembrei do meu pai e de como a localização do prédio foi uma das razões para ele me dar o apartamento.
Eu o queria de volta. Devia passear pelos cantos que ele amava para senti-lo. E iria, contudo o ponto não era e nem é esse. O ponto é que parei a música um segundo para ouvir o vento forte batendo no vidro, a noite vindo e trazendo uma tempestade de algum canto. Abri a janela e inspirei o ar puro, pensando se quando meus pulmões se enchiam de ar eu me enchia de vida como ele dizia que acontecia. Nesse curto momento sem música, em contato apenas com a ventania, eu ouvi o som de Jungkook fechando as suas janelas. Olhei para o lado e pude ver apenas um pedaço de sua mão antes de ele fechar completamente. Sorri por pensar que talvez ele tivesse me visto também e que estávamos mesmo conectados.
Deixei o trabalho com os vidros para depois, sequei as mãos e fui para o outro lado do corredor sem me importar em estar usando uma das minhas regatas de limpeza, rosa, velha e manchada, amarrada nas costelas. Ao abrir a porta do lado oposto, vi meu namorado só de cueca preta esfregando a mesa da cozinha e cantarolando a música que tocava em seu celular. Tive um susto, pois não esperava vê-lo assim.
ㅡ Jimin? Oi, amor. O que foi?
ㅡ Você está pelado. Nu. Despido ㅡ comentei ao fechar a porta e me encostar nela.
ㅡ Eu prefiro limpar assim quando mexo com água, evito mais roupas pra lavar ㅡ explicou esfregando mais forte a esponja na madeira, isso fazia seus músculos mais visíveis, flexionando os rabiscos escuros na sua pele de leite. ㅡ Tudo bem?
