Capítulo 10

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A semana estava correndo normalmente, Pete teve sua primeira consulta com a terapeuta ainda meio desajeitado em conversar com outra pessoa sobre o que sentia e seus problemas, mas não tinha achado ruim, tinha gastado tempo com Macau também garantindo que ele sabia que era amado e cuidado.

Vegas tinha o incentivado a usar um dos seus brincos novos, estava usando o de safira, recebendo elogios do mais velho que terminaram com eles na cama se perdendo um no outro.

Pete trabalhava algumas horas nos papéis de Vegas e Kinn, que tinha praticamente implorando por ajuda e por um acaso estava traficando cigarros para Pete escondido.

Então Pete estava de volta a sua rotina, exercícios de manhã e trabalhava na papelada e cuidava do complexo a tarde, estavam acabando de definir as reformas que o local estava precisando, os danos do último ataque já consertados.

Na quinta após sua terapia e o almoço resolveu andar no jardim, o processo era difícil então ter um pouco de contato com a natureza o faria bem, estava descalço sentindo a grama nos pés por um momento, Ash estava por perto, mas não como uma sombra.

Amava o jardim do complexo, ele era enorme e muito bem cuidado pelo jardineiro, ele tinha algumas flores muito cheirosas, sentiu saudades de mexer na terra, quando mais novo cuidava da horta e do jardim da sua avó a ajudando.

Se sentou no chão de terra mesmo, não se importando muito se sujaria a calça de moletom que vestia, cruzou as pernas e fechou os olhos, iniciando uma meditação se deixando levar pelos sons dos pássaros e os barulhos menores das pessoas se movendo pelo enorme complexo, o jardim ficava bem no meio rodeado pelos prédios do complexo da segunda família.

Sua respiração se regularizou enquanto sua mente ia se acalmando e se esvaziando, perdendo um pouco a noção do tempo, não tinha conseguido meditar de manhã por conta da terapia então estava fazendo agora.

Vegas o estava fazendo tomar um ritmo lento nas coisas, seja no trabalho da empresa ou nos cuidados com o complexo, seus dias de terapia eram com menos atividades.

Respirou fundo absorvendo o ar do local sentindo o cheiro das flores que tinha desabrochado recentemente, talvez pedisse ao jardineiro para colher algumas para por num vaso.

Abriu os olhos e se espreguiçou antes de se levantar batendo na bunda para limpar qualquer sujeira que pudesse ter ficado presa.

Olhou para o Ash que se aproximou de si, ele parecia um pouco nervoso.

– Aconteceu algo? - perguntou assim que ele se aproximou.

– Parece que alguém deixou um bebê na porta do complexo - estava meio pálido, de muitas coisas que esperava acontecer naquela casa um bebê abandonado nem entrava na sua lista.

– Quê? - pensou que ouviu mal, Ash não poderia ter dito um bebê.

– Um bebê - se repetiu - na entrada do complexo, acabaram de me avisar via rádio - Pete se colocou em movimento antes mesmo de ter um segundo pensamento indo apressadamente para a entrada do complexo – Khun Pete? Onde está indo Khun Pete? - Ash o seguiu de perto.

– Ver o bebê, ele não pode ficar na nossa entrada coitadinho - quanto mais se aproximava da entrada mais alto ouvia um choro de bebê, se moveu ainda mais rápido quase correndo.

Ao chegar na entrada onde ficava as mesinhas e parecia ser um bar encontrou vários seguranças em volta como se tivessem medo daquele frágil bebê, que qualquer toque pudesse o quebrar, ele estava numa cesta no chão enrolado em um cobertor chorando a plenos pulmões, quando Pete entrou no local todos ficaram quietos esperando a reação do seu segundo chefe.

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