(Preenchendo os espaços vazios que nossas mentes projetam na relação fofa entre Jao e Sky - Secret Crush On You)
Tudo na vida muda quando se encontra sua alma gêmea, mesmo que está seja um menino retraído cheio de complexo de inferioridade e incerte...
Mesmo que ainda me sinta estranho, eu não fujo mais dos meus sentimentos e, nem das atenções de P'Sky, apesar de as vezes ele ultrapassar totalmente quaisquer probabilidade que desenho em minha mente, pois aprendi que ele é assim: espontâneo e imprevisível. Eu consigo ver ele tentando frear suas emoções para não me levar ao meu limite, ele me respeita... Então, eu tenho tentado ceder um pouco mais para chegarmos a um tipo de equilíbrio que seja confortável para os dois. Tipo, aceitar a bebida que ele leva a minha boca, ignorando que eu tenho um copo próprio nas mãos, mas parece importante para ele essa forma de intimidade, como se testássemos nossa aproximação.
- Você deve estar cheio agora, hein? - P'Nuea chama a atenção de todos para nosso mundinho paralelo e, óbvio, que fiquei constrangido, mas P'Sky parecia brilhante.
- P'Nuea, aqueles são dois amantes? Ou um deles tem fraqueza muscular? - Toh resolve piorar a situação para mim, não tanto quanto P'Sky que resolveu salpicar minha bochecha com beijos.
Definitivamente, não sei como não desmaiei, ali mesmo na frente de todos, meu rosto estava quente, certeza que eu estava feito um tomate e, não adiantava esbravejar com ele tão fofo daquele jeito. Por sorte P'Nuea e Toh, não tem problema em se exibirem, então, virou algo como competição e, acabaram trocando um selinho, tirando o foco de nós. P'Fun e P'Kongkwan, também, trataram de protagonizar uma cena um pouco reveladora demais e, assim o beijo roubado foi finalmente jogado para escanteio. O povo estava animado, ainda mais com a quantidade de bebida que estavam consumindo. Fomos jogar cartas para passar o tempo, foi quando percebi P'Sky verificando o local de sua contusão com uma careta de dor.
Ele me pegou o observando com cara séria, mas P'Sky era P'Sky... Ele brincou para me distrair novamente, mostrando seu sorriso, me dando língua, mas eu sabia que aquilo tudo era camuflagem... Eu reconheci a mim mesmo em sua pele, deixei passar para não estragar o clima da noite. Terminamos a rodada das cartas e, como P'Kongkwan foi a perdedora ela deveria pagar fazendo uma dança engraçada, mas no final das contas todos entraram na dança. Estávamos todos barulhentos dançando, quando percebi que P'Sky saiu, fiquei preocupado e fui atrás dele. O encontrei na cozinha verificando seu ferimento e, ele disfarçou quando me viu.
- O que está fazendo? - Eu o questionei indo até ele.
- N'Jao, o que faz aqui? - P'Sky desconversou. - Você quer um pouco de gelo? Vou trazê-lo. - Ele tentou me engabelar.
- O que você está fazendo? - Repeti minha pergunta inicial e, ele apenas resmungou. - O que você está escondendo? - Mudei a pergunta, para que soubesse que eu sabia.
- Nada! - P'Sky ainda tentou.
- Então, você não está me dizendo? - Eu falei sério o encarando, doía ele não confiar em mim. - Aqui! - Eu cutuco a área ferida e, ele geme de dor. - Eu estou falando sobre isso... Porque você não me contou? - Questionei magoado e, ele surpreso só resmungou em desconforto. - Isso é tudo que você pode dizer, hein? - O olhei triste. - Mostre para mim... Deixe-me dar uma olhada. - Tentei levantar sua blusa, mas ele recuou. - P'Sky , por favor, deixe-me dar uma olhada. - Eu gemi frustrado e, ele acabou cedendo. - Você não está se cuidando bem. Veja, tem um hematoma. - Lamentei com tristeza.
- Não é tão ruim... - P'Sky tentou amenizar, então cutuquei o local novamente e, ele reclamou de dor.
- Não é tão ruim, você diz? - Desdenhei de sua afirmação. - Dê -me a pomada, vou colocar para você. - Eu pedi. - Tome mais cuidado da próxima vez. - Adverti. - Deixe-me ver... Dói muito? - Eu realmente estava preocupado, passei levemente a pomada com meus dedos fazendo uma leve massagem.
- Bem, um pouco ... - P'Sky teimava a admitir que estava doendo, então apertei mais um pouco e, ele sentiu.
- Feito! - Terminei e guardei a pomada de volta na caixa que estava acima da bancada. - Cuide-se, entendeu? - Eu queria uma confirmação que não veio. - Hum? - Questionei novamente me virando de volta para P'Sky que está me olhando como um bobo, com um sorriso nos lábios, tive medo que a algo tivesse afetado seu cérebro.
- Obrigado, eu estava em êxtase... - P'Sky diz com um sorriso, o que reforça minha teoria de demência.
- Êxtase? - Eu pergunto incrédulo e, cutuco a ferida novamente para que caia na real. - Ainda em êxtase? - Eu ri do absurdo que aquilo parecia. - Você que eu faça isso de novo? - Ameacei e, P'Sky para me parar me puxa pelo pescoço para ficar mais perto dele. - Dói, não é? Porque você ainda está sorrindo? - Questionei diretamente.
- Se eu parecer magoado, não vou parecer legal, certo? - P'Sky veio com outra coisa sem sentido.
- Você não parece legal agora mesmo. - Eu implique para o desespero de P'Sky.
Ele parecia uma criança perdida e, isso me deixou mais a vontade, sabendo que P'Sky não é o super-homem que idealizei por muito tempo em minha mente, ele também tinha medos e anseios como eu, talvez/provavelmente, não na mesma proporção, mas eles estavam ali, presentes em sua natureza, o que me fez amar ainda mais esse homem. Gentilmente, eu tirei a mão dele do meu pescoço e, segurei as duas nas minhas, olhando direto em seus olhos.
- P'Sky , somos namorados agora, não importa se você é legal ou não. Eu quero ver todos os seus lados... Você não precisa pensar muito... Se não, qual o sentido de sermos namorados, certo? - Eu argumentei com ele para que entendesse que eu estava ali para ele em todos os momentos, bons ou ruins.
SKY
Eu não queria afligir o pequeno, por isso aguentei firme a dor que sentia na minha costela depois do incidente no jogo. Optei por aproveitar nosso primeiro momento oficial como namorados com nossos amigos. Tudo ia tão bem e, eu estava contente de poder mimar N'Jao sem ter o medo constante de sua fuga. Mas a medida que o tempo passava, minha dor ficava um pouco pior, então como conhecia bem a casa de Nuea, fui atrás da caixa de remédios na cozinha, sem perceber que aqueles olhinhos espertos estavam tão atentos a mim que descobriram toda a verdade.
Fiquei apreensivo em demostrar fraqueza diante do N'Jao, eu queria ser sempre seu porto de segurança, o cara legal que ele sempre queira ter ao lado dele... Então, quando o vi tão preocupado comigo, a primeira coisa que fiz foi negar que algo ia mal, mas meu pequeno me perseguiu bravamente até arrancar a verdade de mim, me forçando abrir meu lado frágil que sentia que eu deveria ser o invencível para ser merecedor de seu amor. Até que Kaojao quebrou todas as minhas barreiras com suas palavras, eu nos senti tão conectados naquele momento e, entendi que essa era a essência de um relacionamento, dividir e apoiar mutuamente todas as coisas.
- Então, se um dia eu não parecer mais legal, você não deve me abandonar. - Adverti a ele com voz chorosa, meu coração estava aos pulos, apesar da dor, eu estava feliz de estar tendo aquela conversa com N'Jao.
- Entendido! - N'Kaojao prometeu com a cara mais fofa, levantando os pés em minha direção, o suficiente para me fazer perder a compostura, então eu o beijei e, enquanto ele ainda estava atordoado, beijei novamente.
- P'Sky ! Outras pessoas podem nos ver! - Meu menino sussurra sem jeito e, eu aproveito para fazer um drama me jogando em seus braços.
-Ai... Aí... N'Jao, dói... Não consigo mais ficar em pé... - Eu me grudo a ele sem cerimônia.
- Pare com isso! - N'Jao pede mas eu ignoro continuando meu belo drama.
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