A casa

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Nunca imaginaria que caçar sacacos seria uma tarefa tão difícil!
-Nick larga ele agora! - gritou Klaus.
- Para de implicar com ele Klaus, ele é mais novo que você - falou Rick.

Eu e meus irmão vagamos pela florestas caçando monstros em troca de dinheiros. Talvez pareça fácil para alguém nesse rumo a 2 anos, mas para uma mera criança de 12 anos não é algo comum. Faço isso porque eu nao tenho escolha, fui comprado por um acolotra em uma fera de escravos quando tinha apenas 5 anos. Por favor não sinta pena de mim leitor, tendo um teto para dormir e migalhas para comer já é o suficiente. Afinal tem crianças por aí que nem podem ter isso. Nós vivemos em uma pequena cidedezinha chamada Malvalley. Meu irmão dizia quando pequeno, que é uma das maiores cidades que comercializam escravos em massa. Eu não me lembro muito bem das memórias antes de conhecer o papa. Apenas que me chamo Klaus, e que devo obedecer os mais velhos, principalmente o papa. Quem é o papa? Ele é quem me adotou, ou em outras palavras, "comprou", mas eu não enchergo dessa forma, eu sou realmente grato por ele me fornecer irmãos tão bons comigo. Quem são eles? Um se chama Rick, o irmão mais velho. Aquele que sempre nos guia nas caças e que sempre apanha do papa. E o outro é o Nick, nos sempre nos damos mal, ele nunca escuta oque falo, e por isso o nosso irmazão acaba brigando com a gente. Mas afinal como não brigar com ele? Ele chora por tudo, literalmente tudo! Mas não que seja culpa minha, ele sempre acaba atrapalhando as caças com aquela flauta dele. Ele deve ser burro mesmo, para tocar música sem ao menos poder escutar. Como ele não escuta? Vem comigo que irei te contar uma história longa. Em meados de 1681, onde os galhos das árvores sacudiam, e os homens caminhavam com suas damas. Eu e meu irmão caminhavam em direção a uma loja. Nunca entendi como que funcionava lá, mas penas via majores bebendo bebidas e quebrando mesas enquanri brigavam entre si. Aqueles cheiros eram horríveis, me lembram do cheiro do papa quando fica completamente fora de si. Também odiava os barulhos, por algum motivo meus ouvidos são mais aguçados que o normal, e por isso os barulhos de gritos e xingamentos ecoavam perturbando meu cérebro. No caminho para o destino, Nick decidiu desobedecer uma ordem do papa, ele queria um certo Ioio em uma loja de brinquedos, e o papa não gostou da birra que ele fez no meio da rua. As pessoas olhavam para nós com cara de desgostos, é claro, ter um colar nos nossos pescoços não é algo muito comum. Meus ouvidos doíam, aquels cochichos e olhares de repulsos com um pingo de nojo me dava desconforto. Os olhares e atenção do público não saia da gente, parecíamos as estrelas do palco. Até que meu pai aperta o botão de seu controle e o queima seu pescoço inteiro, deixando queimaduras de 2° grau permanentes. Mas eu diria que não é tão ruim assim, meu irmão mais velho sempre nos mostro que devemos seguir em frente e nunca olhar para trás, se seguirmos as regras e os gostos do papa nada irá acontecer com nos. Mas meu irmão acontrario de mim, que sempre senti o maior orgulho, sempre nos protege dessas situações, ele sempre leva 85% do choque em seus punhos e pés para diminuir a dor do meu irmazinho. Ele sempre sentiu dor sorrindo mostrando que aquilo não era nada. Ele é meu orgulho e eu desejo poder ser como ele quando crescer. No inverno, eu e meus irmão decidimos caçar animais como sempre, fazemos isso para pagar as bebidas e comidas que nosso papa come, as vezes sobra umas migalhas para nós, mas a maioria é restos dele. Meu maior sonho é poder comer no restaurante Galleys, aquele cheirinho adocicado com um aroma de canela é minha maior satisfação, só de passar por perto eu já sinto de longe, e minha boca começa a babar. Aquele molho de chocolate escorrendo por toda base de banana me deixa louco. Pena que nunca iremos poder experimentar sequer um pedaço. Será que um dia poderei sequer ver de perto, sem que as pessoas me olhem com desprezo ou gritem comigo?
Mas por favor não sintem pena de mim, eu sei que ter essa oportunidade não é para qualquer um! No meu aniversário de 12. Estava eu agrandando o papa, fazendo massagens delicadas naqueles dedos engordurados e cheios de feridas, aquele cheiro me lembrava os esgotos da cidade.
- Klaus vem aqui! - sussurrou Rick fazendo gestos.
- Estou indo - Klaus rastejou por baixo da poltrona enquanto papa estava cochilando.

Rick estava estava engatilhado, bem atrás da parede olhando estreitamente para mim. Eu precisava ser o máximo silencioso possível para que papa não acordasse.

Me movi lentamente pelo chão, mantendo meu corpo rente ao piso de madeira antiga. Com cada movimento que fazia, o chão rangia e chiava, emitindo sons altos e agudos que ecoavam pela sala. Me esforçava para manter meus movimentos silenciosos, mas a madeira antiga parecia ter vida própria, resistindo aos meus esforços.

Conforme eu ia me aproximando, eu esticava o braço para alcançar o outro lado da sala. Mas claro, segurando com cuidado, tentando não fazer nenhum barulho. Ate que cheguei na beirada, sentia alívio, como se tudo havia dado certo. Faltava apenas 1,5 metros para chegar na porta. Mas quando me virei, para ver o papa, o piso de madeira antiga rangeu ainda mais alto, e eu me congelei, minha garganga fechou, e minha visão ficou embaçada, todos os pelos do meu braço arrepiaram! O papa havia se levantado gradualmente, mas com os olhos abertos. Mas o mais estranho era que ele mesmo estando com os olhos abertos, ele ainda roncava igual um porco babando. Parecia até mesmo um zumbi pronto para jantar.
Suas pupilas estavam completamente dilatadas, e seus dentes batiam fazendo barulhos de unhas raspando na lousa.

- Klaus não se mecha! - Falou Rick sussurrando bem baixinho para que papa não escutasse.

- Tabom.

- Ande delicadamente, sem fazer sequer um barulho desnecessário!

- CREQUEEEEEEE!!! -

- Irmao! Não olhe para trás independente do que acontecer!

Por algum motivo eu não escutei ele, aquele mistério no ar, e aquela angústia de não poder olhar para trás, não foi capaz de me impedir. Movi meu pescoço delicadamente. Cada movimento era um gelo na espinha. E quando finalmente pudi olhar para ele. Ele estava bem na minha cara! Literalmente grudado na minha cara. Se mechesse sequer um centímetro poderia acordá-lo. Aquele bafo de bebida estranha, e aqueles cabelos que não foram lavados a 6 meses estavam menos de 3cm do meu rosto. Ele estava engatilhado. Como se fosse um cachorro em caça de sua ração.

- Klaus não desisti! Apenas segui em frente sem parar.

.........




- KLAUS CORREEE AGORAA!!! - Gritou Rick desesperadamente, batendo suas mão nas paredes pronto pata correr.

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⏰ Última atualização: Apr 17, 2023 ⏰

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O garoto dos cabelos ruivosOnde histórias criam vida. Descubra agora