Capítulo 22

1K 70 9
                                    


Lavínia Brandão

olhei pra ele ainda tentando entender...

- Digamos que é um jantar de negócios, normalmente levam as esposas, é uma reunião que têm vez ou outra. - ele tentava se explicar gesticulando- tô te chamando porque acho que tu vai curtir. - sorri pra ele.

- Bom.. Terá vinho.. - deduzi e ele confirmou.- E comida..- ele confirmou com a cabeça sorrindo.

- maior esfomeada você, vou nem levar pra não passar vergonha.- eu tive que rir.

- Acho o suficiente.- brinquei-

- Fala a verdade, o melhor vai ser chegar lá comigo, as nega tudo com inveja de você lá.- revirei os olhos

- e você doidinho pra tá comigo.- ele negou com a cabeça.- 

- convencida pô.- terminamos de comer e deitamos juntos novamente.

- quando vai ser ? 

- Esse fim de semana. - disse ligando a TV

- Pois vou sim.. - ele sorriu me puxando pra ele e beijando meu rosto.

Ficamos assistindo um filme lá que ele escolheu depois de me perguntar várias vezes e eu dizer que não sabia, mas eu não gostei do filme, achei muito sangrento.

- ô abner.. - chamei por ele que apenas murmurou "hum".- a Lisa vai ? - ele fez sinal de que não sabia ainda muito interessado no filme.

- pra onde ? - perguntou sem muito interesse

- Pra esse negócio, oxe. - resmunguei

- ah, não sei, acho que sim. - revirei meus olhos e passei minha perna por cima dele que passou sua mão por ela.- já quer sexo, danada ? - falou em tom de brincadeira

- Ah, mais tarde quem sabe, tô até com minha perna tremendo ainda. - ele sorriu. Que sorriso lindo. As vezes eu vejo ele assim e fico imaginando como eu chamei atenção de um cara desses ? Mano, o rosto desse filha da mãe é todo desenhadinho, boca linda.. Deus tem seus preferidos sim.

- Quer um babador ?- ele brincou,  bufei revirando os olhos.- Qualquer dia desses essa porra não volta mais pro lugar.

- Um gesto vale mais que mil palavras. - ele balançou a cabeça em sinal de negação.

Passamos um tempo ainda conversando, trocando alguns beijinhos e abraços, até que dormi com ele. 

Na manhã seguinte ele foi me deixar em casa e seguiu o destino dele e eu segui meu dia.

A semana passou voando, hoje é sexta-feira, não falei com Abner nenhuma vez durante a semana, ele espera que eu fale e eu que não vou atrás, logo eu sei que esses caras não gostam de mulher grudenta e eu e ele não temos nada. Na semana encontrei com meu pai e minha mãe, fizemos até um passeio em família, como eles estavam com Rio eu passei a semana mais tranquila.

Se bobear acho que aquele convite foi só de h mesmo, acho que ele nem tava falando sério.

- Nossa, estou mega cansada, tive que apresentar três trabalhos essa semana. Esses professores acham que somos uma maquina ? - Lisa falou bufando.

- Nem me diga, um caos também. - cat disse.

- semana que vem tem provas, quero só ver.- disse

- Nem me fale, não me chame pra nada.- Cat disse.

- Eu quem o diga.. 

Estávamos do lado de fora da faculdade conversando enquanto aguardávamos nossas caronas, como de costume o Sergio iria deixar eu e a Cat em casa. Quando o carro do Sergio encostou próximo a gente outro carro também parou do nosso lado e pra minha surpresa o Abner saiu dele. Me encontro mais uma vez de frente pra ele e o Sergio, que tava com cara de cu já.

- Boa noite meninas.- Abner chegou falando com sorriso cafajeste no rosto.

- Boa. - Cat disse prendendo o riso

- Oi cunhadinho. - abraçou ele de lado.

- Abner.- cumprimentei encarando ele que não tirava os olhos de mim.

- Vamos ? - Abner disse. Sorri sem humor, mas antes de dizer qualquer coisa o Sergio falou.

- Podemos ir, amor. - ele chamou só pra provocar, e ele conseguiu. Abner soltou um riso pelo nariz sem humor e balançou a cabeça em sinal de negação.

- Amor ? - ele questionou pra mim.

-Não começa Abner. - passei a mão nos cabelos

- incomodei ? - Sergio pergunta cheio de deboche

- por você sonhar ? Ou por você tá aqui no pé dela que nem um cachorrinho direto, sendo que é comigo que ela faz o que tu só sonha.

- Abner.. - repreendi ele morta de vergonha.

- Quê ? Eu não julgo ele, tenho certeza que ele manobra a porra do pau dele pensando em ti.. E não vai passa disso.- me encarou.

- Pelo amor de deus.. - Sergio me interrompeu

- Não sabia que você estava comprometida, Lavi.- perguntou com deboche

- Não estou.. Não comecem.

- Então meu colega, se ela tá solteira quem resolve é ela. - ele foi pra mais perto do Abner. Quer morrer ele..

- Abner.- me coloquei no meio deles.- Não começa, você não pode sumir uma semana toda e chegar cheio de moral.

- Precisei viajar, caralho. 

- Pode ir colega, deixa que eu cuido dela melhor.- Sergio disse.

- Sergio.- repreendi com a mão no peito do Abner que ameaçava voar nele a qualquer momento.

- Sendo uber dela ? 

- Posso ser muito mais. 

- Você não vai ta vivo pra isso. - Abner disse

- É uma ameaça ?

- tome como um aviso.- deu um passo me fazendo encostar no Sergio, mas logo suas mãos possessivas agarraram minha cintura e me trouxe pra ele. 

- Para com isso, Abner. Estamos na minha faculdade. - as meninas só observavam tudo caladinhas.

- Vamos. - Sergio tentou pegar minha mão, mas o Abner me passou pra trás dele como uma boneca. 

- Pode ir, ela não precisa dos teus serviços hoje.

- Minha nossa, dá pra vocês pararem com esse caralho ? - gritei.

- Vamos Lavínia. - Abner disse.

- Ela vai comigo, vamos sair hoje. - ele brinca. Abner me encarou com muita raiva, mas não perdeu a postura.

- Como é teu nome mesmo, comedia ? - perguntou chegando mais perto do Sergio

- Sergio. - disse firme

- Então Sergio, não costumo ser um cara muito tranquilo, ta ligado ? Então vamos metendo o pé pra que não seja necessário eu te dar uma surra tão pesada a ponto da tua família não prestigiar a porra do teu velório com o caixão fechado, se eles reconhecerem ou encontrarem teu corpo. - disse com tanta firmeza que quase acreditei que ele teria coragem de matar alguém

- Mais uma ameaça, Abner ? - Sergio perguntou.

eu não mereço esses dois.

Intensa Onde histórias criam vida. Descubra agora