capítulo 10.

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Após alguns minutos uma enfermeira entra acompanhada por um homem que eu julgo ser o médico responsável por Max.

— Oh! Não sabia que teria alguém com a paciente. Sou o doutor Derek. - ele esticou a mão e eu apertei a mesma em forma de comprimento, a enfermeira não quis se apresentar, apenas me deu um aceno com a cabeça.

— Doutor, tem como você ir direto ao ponto? O que aconteceu com ela?

— Bom, a situação não é nada boa. Ela chegou com um homem que dizia ser o esposo dela, falaram que ela caiu da escada, mas o estado que ela chegou não se assemelhava com uma simples queda da escada. Parecia que tinha sido espancada diversas vezes, quase 100% de seu rosto tinha sangue seco que tentaram limpar mas ainda era possível ver os vestígios. Suspeitamos que esse indivíduo tenha espancado ela e logo após jogado-a da escada numa tentativa de assassinar ela... Por sorte que ela não morreu, seus sinais vitais eram bem baixos quando deu entrada no hospital.

   O baque foi grande, quando a ficha do que acontecia com Max caiu, ela não sofreu nenhum acidente de carro, assim como nas entrevistas ela não tinha batido em alguma coisa ou lugar porque era desastrada. E sim porque bateram nela.

— Pera... Quem era que estava com ela?

— Ele se identificou como Dean Hawke.

   Solto um riso pela narina, era meio óbvio que seria ele, Dean demonstrou esse comportamento em público no dia da nossa entrevista em conjunto. Olho para Max e penso em como ele a destruiu, não só fisicamente mas mentalmente também. A quanto tempo isso acontecia?  Me sinto culpado, talvez se eu não tivesse a chamado para sair, ela não teria apanhado ao ponto de quase morrer, se eu não tivesse provocado ela no programa, só talvez, não aconteceria nada com ela. Mas assim que os pensamentos de culpa chegaram, as cenas das entrevistas antigas dos Schlangens também vieram, sempre era Dean que falava o porquê dos hematomas ela sempre abaixava a cabeça e mudava de assunto, me sinto tolo por não ter percebido que maximilian estava sofrendo esse tempo todo em silêncio, assim como muitas sofreram e ainda sofrem.       Infelizmente não pude fazer nada, talvez se tivéssemos voltado a nos falar antes seria tudo diferente né? Fico conversando com o médico enquanto ele e a enfermeira cuidam de Max.

— Vocês se conhecem desde quando?- a enfermeira me questiona.

—Nos conhecemos desde pequenos, apesar dela não lembrar, ela era a minha única amiga na época que eu sofria muito bullying e discriminação por conta do meu estilo... Mas acabamos nos afastando e cada um indo para um rumo, apesar de tudo o tempo nos uniu novamente.

— Tá aí uma história que não se vê todos os dias. É uma linda história de amizade a de vocês.

Solto um sorriso de canto e concordo com a cabeça.

— Nosso serviço está feito, vamos nos retirar agora e amanhã de manhã voltaremos com os resultados dos outros exames,  Mas ainda precisamos que os responsáveis dela compareçam  aqui no hospital.

— Eles já estão a caminho, amanhã de manhã eles já vão estar aqui.

— Ótimo, nós vamos nos retirar agora, tenha uma boa noite. - o médico fala fechando a porta.

Me sento novamente na cadeira próxima a maca de Max, dessa vez fico alisando seu rosto e cabelos.

— Tomara que você fique bem logo, seus pais chegaram pela manhã. - Digo selando meus lábios a sua testa.

Não me permiti dormir com medo que algo no quadro de Max se agravasse, quando vi a porta sendo aberta com cuidado e Dean entrando sorrateiramente no meio da noite eu percebi que fiz uma escolha não ter dormido

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Não me permiti dormir com medo que algo no quadro de Max se agravasse, quando vi a porta sendo aberta com cuidado e Dean entrando sorrateiramente no meio da noite eu percebi que fiz uma escolha não ter dormido. Me levanto rapidamente bloqueando a passagem do mesmo.

— QUE PORRA! - Ele grita me fazendo ficar com mais ódio ainda, olho para trás e maximilian ainda está dormindo, os remédios eram muito fortes. O puxo para sair do quarto da garota, certeza que se ele continuasse gritando a acordaria.

— O QUE VOCÊ FAZ AQUI SEU BOSTA? AINDA SOZINHO NO QUARTO COM A MINHA MULHER!- ele grita chamando a atenção de quem passava.

— Abaixa o tom de voz, você não está em um boteco, está na UTI de um hospital tenha mais respeito pelo próximo. - Digo colocando minhas mãos no bolso da calça e encostando a lateral do meu corpo na parede.

— Eu sabia que aquela vadia estava fudendo com você.

— Vadia não, respeita sua  ex namorada. Se ela me olhasse com segundas intenções já seria lucro, mas nem isso ela fez.

—VOCÊ ESTÁ MENTINDO! CERTEZA QUE VOCÊ E AQUELE  VIADINHO FICARAM COM ELA.

— O que você falou do meu irmão?

— V-I- A-D-I-N-H-O. Não ficou claro para você? Todo mundo sabe que ele da para todos os integrantes da...- Não me controlei, soquei sua cara com toda força que eu tinha, interrompendo qualquer outro comentário referente ao meu irmão. Quando ele ia devolver o soco os pais de Max chegaram juntamente com o segurança.

— Achei você! - o segurança diz para Dean.- Você vem comigo, será levado para as autoridades. - disse levando Dean para longe, quando Dean passou do meu lado eu o soquei novamente dessa vez conseguindo arrancar um pouco de sangue do nariz do mesmo.

— Isso é pelo o que disse da Max. Claro que nem se compara para o que você merece. Te vejo na cadeia Dean. - falo sorrindo vendo o mesmo se afastar com um semblante de ódio tentando a todo custo se soltar dos seguranças.

— O aconteceu?- A mãe de maximilian me pergunta preocupada.

— Olha, vocês terão que ser fortes. Vamos nos sentar ali, aponto para uma espécie de sala de espera onde tinha algumas poltronas. - eles me olharam apreensivos mas me seguiram e se sentaram. - É o seguinte, Max foi espancada e logo em seguida jogada da alguma escada. Dean tentou matar a Max. Ele sempre fora o culpado pelos hematomas de Max. Max chegou ao hospital quase morta, apesar de estar falando e consciente seus sinais vitais estavam bem baixos.

Anelise se pôs a chorar, soluços involuntários eram possíveis ser ouvidos, tremores também estavam presente. Nem mesmo Egon se segurou, abraçando sua esposa também começou a chorar.

— Nossa menininha...

— Minha pequena Max....

— Eu quero ver ela! Eu preciso ver ela. - Anelise diz se levantando e correndo até o quarto de Max, onde abre a porta com velocidade se deparando com a garota ainda dormindo.

— Tia lise, por favor, tenha calma ao entrar no quarto ela ainda está dormindo. -digo a mais velha que está parada na porta com um semblante horrorizado.

— O que aquele monstro fez com a minha doce Max. - ela diz colocando as mãos trêmulas na boca e em seguida se aproximando da filha. Toca os cabelos de Max com delicadeza assim como faz com o rosto da menina. Egon apenas parou ao lado da maca e caiu de joelhos chorando. A realidade os atingiu rápido demais, sua filha esteve entre a vida e a morte por um  relacionamento que eles rotularam como "bobo".

 A realidade os atingiu rápido demais, sua filha esteve entre a vida e a morte por um  relacionamento que eles rotularam como "bobo"

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𝐋𝐚𝐬𝐭 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora