Cap. 67 - Ayad

283 25 1
                                    


- mas eu ainda nem pari esse – ela aponta para a barriga.

- espera,.... – paro alguns segundos pensando em dizer sobre a vasectomia, Sophia me olha aguardando – nada, depois conversamos sobre isso.

- isso o quê?

- depois - olho para ela que aguarda ansiosamente - vem cá, chega mais perto.

Damos um beijo acalorado e gostoso.

Que saudades desses lábios. Sophia retira o lençol e o roupão que Zana deu a ela para vestir, e abandona a cama com a barriga linda a mostra.

Como eu queria acompanhá-la, mas as minhas pernas ainda não sustentam em pé.

Ouço a água do chuveiro cair e logo após ela sair nua e exuberante.

Sem um pingo de vergonha, até notar meus olhos diretos na sua beleza.

- não me olhe assim. Estou enorme, meus seios parecem que vão explodir - explodir de tão lindos.

- e os hormônios?

Sei que as mulheres grávidas ficam com a libid’o elevada.

Perguntei por curiosidade mesmo.

- sei o que pensou, mas não tive tempo de pensar sobre isso - faz biquinho - o seu bem estar e o bem estar as nossa filha esteve acima de qualquer hormônio elevado. Mas confesso que alguns dias eu quis te bater por me engravidar e me deixar sozinha com isso tudo – ela aponta para o ventre, seus olhos enchem de lágrimas e ela se permite chorar – mas acho que não me sai tão ma’l assim.

Sorri discretamente, tentando não passar a dificuldade que vivenciou.

- não fiquei assim, não é hora de chorar de tristeza – estico um pouco os meus braços, os erguendo – venha aqui, quero sentir seu corpo nu, você está mais linda que nunca.

Sua barriga brilha, a pele está bem esticada.

Sinto ela se mexer.

- ohhhh, gargalho um pouco alto.
As mãos de Sophia se fazem presentes em cima das minhas.

A minha vida nunca fez tanto sentido assim. Essa mulher é tudo que eu sempre quis, mas nunca pensei que pudesse ter.

Eu achava que um amor assim só em filmes e livros de romances. Nunca em toda a minha vida eu se quer imaginei viver algo como estou vivendo.

- ela ainda não está pronta para nascer. Ainda não é a hora, mas o doutor garantiu que ela esta bem e saudável, que tudo está formado no seu corpinho.

Fico pensativo. Não digo nada, mas continuo acariciando seu ventre.

- oi bebê, não estarei com vocês agora, mas eu prometo estarei com vocês pelo resto das nossas vidas.

- obrigada, meu amor.

- eu jamais vou abandoná-las. Como resposta ela mexe novamente.

- alguém gostou de não ser abandonada – Sophia brinca com a situação abrandando o clima de choro da minha parte e da dela também.

- Será que essa parte é a sua mãozinha?

- pode ser o cotovelo, o joelho, ou os pezinhos? Eu só consigo distinguir quando é a cabeça ou o bumbum porque são maiores - nossa conexão é tão grande que quero guardar Sophia e a nossa cria só pra mim, esse ato seria ciúmes, possessão? - ela mexe muito, parece que será bagunceira - é emocionante senti-la.

- se for bagunceira, eu vou adorar.

- eu também - rimos.

- você me faz viver momentos jamais imaginados – beijo seus lábios.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora