Capítulo 16- Outra Visão.

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RICHARLISON ANDRADE

Injusto, esse mundo é injusto! Como que pode eu ter que ficar longe da minha abelhinha só porque o Lorenzo quer ir do lado dela e o bunda seca do roda-roda jequiti tem que ir com ele?! Que maluquice, posso muito bem tomar conta não só da minha abelhinha como da cria daquele Beyblade.

Deslizo o dedo pela tela entediado passando pelo feed do instagram as publicações, mas não vejo nada de interessante.

Eu só quero estar perto da Deborah, porra, perto da minha cheirosa. Haviam diversas notícias sobre nós dois na pizzaria a alguns dias atrás, mas isso não me afetava em nada, quer dizer, nós dois estávamos juntos desde a ilha e se eu pudesse, estava gritando desde aquele dia que a Deborah era a minha mulher, mas eu acho que ela é tímida e não ia gostar muito.

Assim que o carro para na porta do restaurante, eu salto para fora e busco pela minha deusa no meio daquele tanto de gente. Ela estava linda segurando a mãozinha do Lorenza, só precisava ligar para a Branca de Neve buscar o anão perdido do lado da Deborah, acho que devem estar sentindo falta do zangado.

- Vem cá, gatinha. – Chamo esticando a mão para a Deborah, para tirar o Antony do lado dela. Deborah sorri daquele jeitinho fofo que consegue chegar até nos olhos, como se também sorrissem para mim. Ai meu Jesus Cristo, ela foi feita exatamente na medida certa para mim, pode falar, meu pai amado.

- Oh princesa, espera aí né. – Antony diz e isso me acorda para realidade, ainda tem aquele bunda mole do lado dela.

- Chamei a gatinha, não o pneu de caminhão. – Resmungo contrariado e Deborah ri pegando na minha mão.

- Não fala assim perto do Lolo, meu anjo. – Ela me pede com aquela vozinha meiga e meu coração até acelera de felicidade, como que pode ser tão linda, meu Deus?!

- Eu vou te mostrar o pneu de caminhão... – Antony resmunga pegando o filho dele no colo. – Na hora que acordar sem a sobrancelha, não reclama!- Semicerro os olhos para ele e a Deborah me puxa para dentro do restaurante segurando o riso.

Minha vontade é de voltar lá e enfiar um pedala naquela cabeça grande do zangado, mas era muito melhor ficar com a minha abelhinha, para a sorte dele.

Assim que chegamos nas mesas, já que tiveram que juntar várias para caber todo mundo, me lembrei dos filmes de romance que minha irmã gosta de assistir que o homem sempre puxa a cadeira para a parceira se sentar, e são bem vistos por isso.

-Espera, deixa que eu... - Seguro o encosto e puxo para minha rainha, mas acho que não calculei muito bem a minha força, porque acertei a canela dela. - Puta a merda, desculpa, desculpa, desculpa... – Cacete, porra, ela vai me matar, puta que pariu!

- Tá tudo bem, juro!– Deborah me responde alisando a canela com um sorriso dolorido e eu franzo o cenho confuso. Ué, ela não vai me xingar? – Sei que não fez por mal.

- Quê? – Pergunto ainda confuso e ela beija sutilmente minha bochecha.

- Tá tudo bem, meu anjo. – Eu puxo a cadeira para Deborah novamente ainda olhando sem entender nada. Como assim ela não via surtar comigo? Dizer que eu sou burro, imbecil ou coisa assim? Jesus Cristo de Nazaré, nunca cheguei nessa parte não... Que que eu faço agora?!

A voz fina de Lorenzo me chama atenção, ele está olhando para minha abelhinha com os bracinhos esticados.

- Eu quelo xenta com a tia Bebula... – Ele diz e abro a boca chocado. Aaaah não, era a minha vez.

- Ooohh Lorenzo. – Chamei atenção dele. – Tá maluco é? É a minha vez de sentar perto da Deborah. – Resmungo e a Deborah me olha mordendo as bochechas para segurar o riso. – Você já veio com ela!- Afirmo e Lorenzo se põe nas pontas dos pés me olhando nos olhos.

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⏰ Última atualização: May 07, 2023 ⏰

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