Sonhe um Sonho comigo // Morpheus x Johanna Constantine

Capitulo 11

Morpheus pov

- Quer fazer o favor de não me olhar assim, que nem um maníaco? - Johanna me fala, antes mesmo de abrir seus olhos ao acordar. Eu não podia evitar olhar para ela, principalmente nesse momento, onde estávamos deitados juntos, como quando fazíamos antes do incidente de nossa separação

- Não posso evitar, você fica linda dormindo. - Me ajeitei em sua cama, para olhar em seus olhos já abertos, mas ainda pesados de sono

- Eu sou linda de todo jeito, meu querido. - Ela ri e se espreguiça, claramente com preguiça de se levantar e vestir alguma roupa - Mas a quanto tempo tava me admirando desse jeito?

- Bom, eu não durmo, por motivos óbvios, então bastante tempo. - Ela abre um sorriso e me encara com aqueles olhos castanhos lindos - E não queria te incomodar, você parecia estar tendo um sonho bom.

- Achei que ia te encontrar lá também, talvez continuar aquela nossa brincadeira de onde paramos. - Ela da um daqueles sorrisos maliciosos, que me deixam enlouquecido de vontade de toca-la, de beija-la e senti-la por inteiro. Era um efeito que Johanna tinha sobre mim, de me prender de uma forma que eu nem sabia explicar de verdade, mas que não queria que terminasse

- Achei que seria justo que, de vez em quando pelo menos, eu te deixasse viver seus sonhos sem me intrometer. Além disso, imagino que você gostaria de estar livre de mim, não seria justo em me forçar na sua vida cem por cento do tempo.

- Eu gosto de ser livre, realmente, mas por que você acha que ficar com você é abrir mão disso?

- Não acho - Respondi sinceramente, sem olhar para seus olhos diretamente - Mas, não posso deixar de imaginar que, talvez você um dia se canse de mim e... - Fui interrompido

- Da pra parar de falar antes que solte alguma merda? - Ela se levanta, sentando na cama e usando o lençol para cobrir seu corpo, segui seu movimento e fiz o mesmo - Isso realmente te da medo?

- Se eu disser que não, podemos deixar esse assunto de lado antes que eu fale mais besteiras? - Perguntei, tentando imitar sua fala anterior

- Sério, Sonho. - Ela puxa meu queixo pra cima, me encarando de forma serena mais séria - Você é um dos seres mais poderosos que existem, presenciou praticamente todos os eventos mais importantes da existência e, além disso tudo, é imortal. Do que alguém como você teria medo?

- Uma das coisas mais importantes que aprendi, no meu longo tempo de vida, foi de que: - Parei para pensar na melhor forma de formular o que iria dizer - O segredo para não ter nada a temer, é não se ter nada a perder.

- E você tem? - Ela me questiona, hesitante ao falar, temendo o que iria resultar essa pergunta - Você agora tem algo a perder?

- Eu tenho você. - Respondi a mirando seus lindos olhos, percebi que ela ficou um pouco nervosa, então segurei sua mão gentilmente - Anna...? Eu sei que não gosta desse assunto, mas eu já disse que eu te amo, e fui sincero. Mas depois, você se desviou do assunto e disse para voltarmos a sua casa. Você nunca disse se sentia o mesmo e... - Fui interrompido por um barulho irritante que invadiu o quarto

- É meu celular, foi mal. - Ela responde apressada, pegando o pequeno objeto e o atendendo, desviando sua atenção de mim - Calma... Já to indo, chego em quinze minutos! - Ela desliga o aparelho, pega suas roupas e sai correndo do apartamento

Me deixando sozinho, sem olhar para trás...

Johanna pov.

Salva pelo gongo, quase que literalmente. A ligação nem me parecia importante, só mais um caso de invasão demoníaca, sem nenhuma atividade fora do padrão. Na real, se fosse qualquer outro dia, eu teria recusado o pedido e tirado o dia de folga. Até porque eu tinha coisas mais "produtivas" pra ocupar minha tarde, noite e talvez até a madrugada, vai saber. Mas nesse caso eu só conseguia pensar em maneiras de fugir daquela situação, era isso ou pular da janela do apartamento.