Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO

19 - Nikolai

Aquele fodido do Barkov jurava que ia entrar no meu território e sair sem que eu soubesse ou colocasse as minhas mãos nele!

O desgraçado estava pendurado pelos braços, os pés mal ancalçando o chão. Ele me olhou com fúria quando eu entrei pela porta do galpão. Eu adorava quando eles continuavam assim, cheios de si. Isso tornava o processo de quebrar o espírito deles muito mais divertido.

— Se não é o babaca do Dubrovnik! — Ele falou, sorrindo de lado e exibindo os dentes avermelhados. Ele cuspiu no chão — Me diz, ainda fodendo a vagabunda da Morozova ou já tem outa puta?

Se ele achava que xingar Svetlana iria me irritar, ele estava mais do que irritado.

— Interessado na minha vida sexual, Barkov? O que foi? A sua tá tão morta que precisa cuidar da dos outros?

O sorriso dele morreu e se tornou uma linha fina de escárnio e desgosto. Excelente.

— Eu fiquei sabendo que tem uma ruivinha gostosa na sua casa — Ele disse e eu senti a minha garganta secar — Pela sua cara, ela é a nova vadia.

— Talvez. Mas me diz... Como vai a sua esposinha?

Eu nunca peguei a esposa dele. Apesar de tudo, eu tenho os meus princípios. Eu jamais pegaria a mulher de outro homem, ainda mais um da máfia. Menos ainda, um que era primo do Dom da Uralmash, de Ekaterinemburgo. Eu era o Dom da Solsnetskaya, Moscou, e não sujaria o nome da minha Organização com a porra de um roubo de esposas.

Os olhos de Sergei brilharam e eu vi a vontade assassina que ele estava sentindo. A vontade de me matar.

— Cala a boca, seu desgraçado!

Eu dei de ombros.

— Eu não tenho culpa se ela ficou com vontade de experimentar como uma mulher deve se devidamente tratada na cama. A coitada tem que se contentar com você... Esses casamentos arranjados...

Eu sabia que ele ficaria com mais ódio. Ivana não queria se casar com ele, mas foi obrigada pela família. Mas Serguei era apaixonado por ela. Mas nem todos os cinco anos de unão conseguiram fazer a mulher desejar Serguei.

— Seu fodi...

A voz dele me irritava profundamente, e por isso, eu acertei um belo soco na barriga dele, tirando-lhe o ar.

— Chega de brincadeira. O que veio fazer aqui?

Ele riu e eu soube que a porra do meu tempo ali se estenderia mais do que eu gostaria.

Mais de seis horas depois e o cretino tinha falado pouca coisa, mas não se podia dizer o mesmo dos dois imbecis que estavam com ele.

— Manda uma lembrancinha para o Kazimir. Os dedos que sobraram — Eu disse para Ivan e ele sorriu, concordando com a cabeça.

Finalmente peguei meu celular e havia uma mensagem de voz e algumas mensagens e ligações. Eu cliquei para ouvir e era de Matvey.

"— Senhor? Temos uma situação, aqui."

Eu pude ouvir uma discussão, apesar de não conseguir entender o que diziam. Mas que inferno!