𝙾𝚞𝚛 𝙷𝚘𝚖𝚎 │ 𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚘𝚐𝚎𝚛𝚜

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— Steve?... Amor, acorda!

Um toque em seu ombro e a voz que chama por seu nome despertam Steve de seu sono pesado, obrigando-o a abrir os olhos com dificuldade para encontrar sua esposa em um estado mais agitado que o normal. A mulher olha na direção da porta e chacoalha o ombro dele enquanto segue repetindo o chamado para que acorde.

— Nat? O que foi? Está tudo bem?

Preocupado com o estado alarmante da esposa, Steve ergue a parte superior do corpo e se senta na cama já segurando nos braços de Natasha.

— Está sentindo? – ela questiona sem deixar de olhar para a porta.

Steve para tudo por um instante e tenta compreender do que Natasha está falando, mas não percebe nada de diferente ao olhar a redor.

— Sentindo o que, Nat? – ele questiona ainda sem entender, tentando puxar a atenção da esposa para si por ela estar meio longe.

— O cheiro. Está cheirando queimado. E eu estou suando – Natasha deixa uma pequena pausa para negar com a cabeça e tentar ouvir alguma coisa diferente. – Tem alguma coisa errada. Deixamos o forno ligado ontem?

Pensando na possibilidade dada pela esposa quando finalmente sente o tal cheiro de queimado, Steve tira o cobertor de cima de seu corpo e levanta procurando o calçado mais próximo.

— Acho que não. Eu vou checar, estou sentindo o cheiro, talvez seja algum problema no aquecedor.

— Pode ser... – responde receosa. – Quer que eu vá com você? – oferece já pronta para sair da cama.

— Tudo bem, pode ficar aí.

Os passos de Steve dão a volta na cama para alcançar a porta do outro lado do quarto enquanto é observado atentamente pelos olhos ansiosos da esposa. Natasha sempre foi assim, se preocupa demais e às vezes coisas idiotas demonstram uma possível catástrofe ao ver dela, então não quer que ela se preocupe muito, prefere que ela fique no quarto enquanto ele vai ver o que, para ele, parece ser algum defeito no aquecedor.

— Deve ser só o aquecedor mesmo – ele a tranquiliza com um sorriso.

Steve segura na maçaneta e aperta para baixo puxando a porta em sua direção para abri-la. A passagem finalmente liberada entrega a vista do lado de fora, arregalando os olhos dele e deixando o terror subir rapidamente pelas veias quando se depara com uma das imagens mais aterrorizantes de sua vida.

O calor que toca a pele de Steve, desbloqueando a sensação de quando abre o forno para retirar a carne assada com batatas que Natasha tanto adora, é a primeira coisa que o atinge com força, mas é seguida de perto pelas fumaças acinzentadas que sobem do primeiro andar e o fazem tossir forte quando ele inspira os vestígios do fogo.

A reação imediata é fechar a porta. Ele espera alguns segundos para raciocinar. Encara a porta com os olhos inquietos que demonstram o cérebro trabalhando a mil para pensar no que fazer diante a situação catastrófica do lado de fora. Quando sua respiração começa a alterar levemente, ele se vira para encontrar o olhar aterrorizado de Natasha.

— A casa está pegando fogo...

— Um expresso duplo sem creme, com uma dose de achocolatado e um muffin de frutas vermelhas?

— Você me conhece melhor que eu.

Ele ri quando a ruiva de olhos verdes recita o pedido antes mesmo que ele consiga abrir a boca para dizer o que quer.