~ A tempestade ~

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• Amanda.

Finalmente o famoso inverno de Chicago tinha chegado.

Embora eu estivesse curiosa para acompanhar a temporada de neve, não tinha nenhuma vontade de conhecer as tempestades.

Quando aceitei participar do programa, não pesquisei sobre a variação de clima que iria enfrentar.

O que eu tinha pedido ao universo era para que nos dias de tempestade eu estivesse no hospital e até o dia de hoje, isso tinha acontecido.

Quando meu plantão acabou por volta das 16h o que eu vi pela janela da sala de descanso do hospital me arrepiou.

Quando meu plantão acabou por volta das 16h o que eu vi pela janela da sala de descanso do hospital me arrepiou

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Se eu não estivesse olhando as horas, pela visão da janela, diria que já era por volta de 18h.
Quando eu desci, um Antônio pós treino estava me esperando no carro do lado de fora.

Em cinco dias completaria um mês que ele voltou à rotina dos treinos e era visível como os treinos fazem bem para ele.

Nós nos adaptamos bem à nova rotina.

Nos dias que eu estava no hospital Joana ficava totalmente disponível para os cuidados com Aisha enquanto o Antônio estava fora, nas minhas folgas, Joana e eu nos dividimos para suprir as necessidades dela.Eu ia no meu apartamento uma vez por semana, muito mais para garantir que estava tudo em ordem do que para efetivamente ficar lá.

Estávamos na última parte do encaixotamento das coisas da Geórgia.

Lembro do momento em que eu li a carta.

Ele tinha pedido para Joana deixar o arranjo no centro da mesa de café com buquê que eu dei para ele, enquanto ele servia o meu expresso do jeito que eu gostava ele me contou sobre a sensação ao terminar de ler a carta.

Quando eu terminei de ler, a minha sensação era um pouco diferente, primeiro uma sensação que eu gostaria de ter conhecido a Geórgia, esse jeito que ela planejou e vem executando todos os processos era de uma inteligência emocional que eu nem sabia que alguém poderia ter na vida.

E por outro lado os pedidos que ela fazia principalmente em torno da Aisha me deixava com um sentimento de apreensão.

Uma vez conversando com a Amélia, eu me dei conta que a Aisha já tinha vivido mais tempo comigo do que com a mãe e a nossa troca era tão genuína que eu tinha muito medo de perder essa ligação com ela.

Quando a Geórgia fala na carta sobre deixar a Aisha sentir o que ela quisesse sentir por essa pessoa especial eu faço dois questionamentos internos.

Será que eu sou essa pessoa especial?

Será que essa menina que é tão importante para mim vai conseguir me amar também?

Você está tão quietinha hoje! ➖ Nem percebo que estou com a cabeça encostada na janela e de olhos fechados.

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