Pequena Visita.

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Sentada na confortável poltrona de seu escritório Minatozaki Sana lia atentamente o relatório de sua empresa enquanto o perfume adocicado adentrava o lugar.



— Atrapalho algo? — Indagou uma voz ao qual Sana adorava.


A alfa abaixou as folhas impressas enquanto olhava para a bela mulher a sua frente. Kim Dahyun era uma bela mulher ao qual conseguia arrancar suspiros de quem passasse por si, a pele pálida parecia combinar perfeitamente consigo, assim como um belo sorriso ao qual poderia facilmente iluminar um estádio de futebol. O vestido preto parecia combinar tão bem com a jovem ômega que deixava Sana suspirando pela charmosa ômega.



— Não, já estava terminando de qualquer forma. Dahyun, estava pensando... Já que estamos casadas e nunca tivemos qualquer intimidade...



— Sana por favor. Sei que você é uma alfa necessita dos seus momentos de prazer assim como toda a alfa precisa, mas infelizmente você não faz o meu tipo. Não quero fazer nada forçado e nem magoar você, te amo, mas não como esposa e você sabe disso. — Relembrou Dahyun se aproximando da empresária de sucesso.



Apesar daquela frase soar como algo triste e cruel, Sana entendia. Durante toda a sua adolescência, Sana e Dahyun havia se transformado em melhores amigas, mesmo com a diferença de dois anos de idade entre elas. Sana havia chegado na famosa cidade sul coreana, Seul, ao completar doze anos, sua mãe havia aberto sua primeira filial da empresa da família de roupas de grife fora do Japão, ao qual eram conhecidas em todo o carismático continente asiático. Os pais da jovem alfa haviam comprado uma bela casa em uma das ruas da província Gyeonggi-do, na populosa cidade de Seongnam, região metropolitana de Seul. Aos doze anos, Sana era uma alfa tímida, ao qual havia saído de seu país natal e ido para um novo país asiático, onde havia se afastado de sua melhor amiga, Hirai Momo, uma outra alfa da mesma idade da jovem Sana, ao qual possuía um carinho muito especial por Minatozaki. Com todas aquelas perdas, Sana se sentia péssima e como forma de amenizar a tristeza da filha, Sayuri tinha feito amizade com a gentil vizinha, uma ômega empolgada chamada Kim Bora, ao qual possuía uma filha dois anos mais nova que Sana, mas que possuía um sorriso lindo. Naquele dia, Sayuri convidou a família Kim para um almoço bem-preparado por suas empregadas, logo a mulher que era sua vizinha acabou se revelando a poderosa Kim Bora, dona de uma das maiores empresas de ácidos do continente asiático. Logo uma ideia ambiciosa tomou conta das duas famílias que após verem como as jovens garotas se davam bem decidiram fazer algo muito comum em países como Coreia do Sul, China e até mesmo no país arquipélago, o tímido Japão, assim um casamento arranjado foi projetado entre as duas garotas.

Durante os doze anos que se seguiram, Sana e Dahyun foram treinadas para serem um casal, no entanto diferente do que seus próprios pais ansiavam, não existia qualquer interesse amoroso entre si, Sana e Dahyun se comportavam como irmãs e não se viam como um casal, no entanto, mesmo se sentindo assim não conseguiam se livrar da ideia de que seus pais a haviam empregado. Quando Sana completou vinte e cinco anos, o casamento arranjado aconteceu, mesmo contra a vontade de Dahyun e a alfa japonesa. O casamento de ambas havia beneficiado as duas famílias e agora as duas empresas haviam aumentado seus lucros em quase cem por cento, algo importante para seus pais, porém nada empolgante para as duas garotas que haviam visto suas vidas se amarrarem de uma forma que não desejavam. Um ano havia se passado desde o casamento forçado de Sana e Dahyun, as duas viviam uma vida como irmãs e não como casal, nenhuma das duas havia divido o prazer sexual que era destinado a alfas e ômegas que se relacionavam amorosamente. Assim sem ninguém saber o casamento das duas hibridas não haviam sido consumados, permitindo com que Sana e Dahyun pudessem se satisfazer com garotas de programa, sem que ninguém além delas mesmas soubessem, no entanto, naquele início de primavera, garotas de programas já não davam o mesmo prazer de ter alguém ali ao seu lado por um bom tempo, alguém para dividir de verdade a vida em todos os sentidos.


— Sei disso Dubu, jamais te forcaria a algo, mas não posso negar que sinto falta de ter alguém ao meu lado. De dormir nos meus braços. — Suspirou Sana se aproximado da ômega.




Dahyun sabia daquilo pois se sentia da mesma maneira, porém jamais se permitiria cair nos braços de Sana, não por orgulho, ou porque a alfa fosse alguém ruim, mas sim pelo fato de que se ambas dividissem uma cama e transassem, o casamento das duas seria consumado e nenhuma das duas queria aquilo, pois não se amavam como namoradas, apenas como amigas de longa data.



— Sinto o mesmo, o que iremos fazer com esse sentimento? — Indagou Dahyun recebendo um abraço apertado de Sana.



— Gostaria de saber. — Suspirou Sana se sentindo péssima por toda aquela situação.



Por alguns minutos Sana permaneceu daquela maneira, abraçada com Dahyun, no entanto, antes mesmo que qualquer uma das duas falasse qualquer coisa que estivessem sentindo ou planejando, de repente uma batida na porta pode ser ouvida e uma voz bem característica foi ouvida, fazendo com que Dahyun e Sana se separassem.



— Atrapalho algo entre vocês? — Indagou Mina entrando no escritório com uma pequena pilha de folhas em seus braços.



— Você sabe que não, Mina, o que tem aí? Mais papel? Estou começando a me cansar de ler esses relatórios.



— Imagino, também estou cansada de imprimir isso, por que os Laosianos preferem papel a um bom computador? Nunca foi entender, escuta... Não vim exatamente para reclamar dos papeis ou das pessoas do Laos, queria apenas te dizer que...



Antes que Mina pudesse finalizar sua frase, o cheiro amadeirado tomou conta do lugar assim como uma voz empolgada.



— Demorou doze malditos anos, mas finalmente estou aqui em Seul e não pretendo sair daqui. — Sorriu Momo chamando a atenção de todos.




Sana mal podia acreditar que sua melhor amiga de infância, Hirai Momo estava ali pessoalmente. A alfa correu para abraçar a amiga de longo tempo fazendo com que Momo encarasse por trás de Sana, a bela ômega de pele pálida que em toda a sua vida Hirai Momo nunca havia visto. Naquele mesmo momento, no entanto, enquanto Sana abraçava Momo, a jovem também olhou por cima do ombro por alguns minutos para se deparar com uma jovem ômega de cabelos castanhos quase claros, alta e com um doce sorriso, ao qual cruzou o seu olhar ao dela.




— Oh, desculpe Sana, essa é a minha secretaria particular, a senhorita Chou Tzuyu, mas quanto aquela mulher à frente? Quem é? — Questionou Momo encarando Dahyun que não sabia onde enfiar o rosto de tanta vergonha.



— Ela é minha socia, Kim Dahyun. — Apresentou Sana omitindo apenas o fato de Dahyun não ser apenas sua socia, mas também sua esposa.



Momo sorriu achando Kim Dahyun a mulher mais linda que havia visto em sua vida e como uma alfa disponível, a jovem empresária torcia para que Dahyun estivesse solteira. 

After Moon - Dahmo (ABO Momo G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora