Querido cupido
Desde a primeira olhada
Entre saltos no tempo.Meus pais nem sempre eram legais comigo, na verdade eles eram muito exigente em questão a mim, talvez fosse por ser tão fraco e magro diferente dos meus irmãos cujo nome é censurado na minha cabeça, quando eu era pequeno eu sempre desejei atenção da minha família, mas a única atenção que eu recebia era do cinto do papai e a mão da mamãe, enquanto aos meus irmãos? Suas palavras sempre cravavam no meu peito me causando uma dor enorme como se tivessem pisado no meu coração...mas isso mudou no ensino fundamental do segundo grau, Eu fiz vários amigos. Eles eram sempre legais comigo e me davam muito amor, eu nunca consegui entender aquilo mas eu simplesmente amava, e por isso começou um boato na escola de que eu era uma puta, qual o problema de receber carinho de vários garotos? Afinal eram só abraços e carinho na cabeça, com um tempo esse boato foi se espalhando e a minha vida virou um inferno, toda vez que eu arrumava um namorado as garotas ou até mesmo garotos iam falar com eles para tirar qualquer namorado de mim, e adivinha? Isso sempre funcionava...mesmo sendo mentira, meu nome é Finn e essa é a minha história.
Hoje era mais um dia de aula, e era a parte do dia que eu mais adorava, estranho alguém gostar de ir para a escola né? Mas eu não ia pelas aulas óbvio, eu ia para receber muito amor dos meus amigos, a única aula que eu suportava era a de artes, bom só quando era desenhos, eu era ótimo fazendo àquilo, bom eu era o melhor da sala então já é algo né? Mas...quando era para lembrar de nomes e principalmente nome de obras eu era HORRÍVEL, mas a gente releva já que aquela escola não era a das melhores então eles não ensinavam muito sobre aqui. Após ter ajeitado minha gravata a ajustando em meu pescoço abria um sorriso meigo e animado observando com atenção minha imagem no espelho, meus fios loiros nas quais sempre eram elogiados por serem brilhosos e segundo as pessoas pareciam fiozinhos de ouro, só de pensar nos elogios que eu poderia receber hoje acabei desviando meu olhar para o lado sentindo minhas bochechas esquentarem ganhando um tomzinho meio forte e avermelhado, mas logo balançava a cabeça em negação.
- ACORDA FINN!! Você não vai pra lá pra ser elogiado!
Abaixava minhas sobrancelhas voltando a olhar para o espelho me encarando por um tempinho.
- Eu não sou p-
- FINN VOCÊ VAI SE ATRASAR!!
Ao escutar minha mãe me chamar acabei vacilando um pouco para trás, nem deu tempo de treinar para ser corajoso, suspirava baixinho me afastando do espelho correndo até a cama pegando minha mochila avermelhada.
- Já to indo!
Após ter saido do quarto fechei a porta acabando por congelar ao escutar meus dois irmãos passar por trás de mim, diferente de mim seus cabelos eram negros iguais aos do papai, eles cheiravam agressividade, aquilo era de se orgulhar na minha família..por isso eles eram tão mimados e elogiados pelo papai e a mamãe já que nascemos em uma pequena aldeia, aquilo era completamente machista...ou feminista? Mas eu não era uma garota então era machismo? Talvez eu seja muito burrinho para saber diferenciar essas coisas.
Quando o meu outro irmão mais velho passou por trás de mim pude sentir seus dedos entrelaçarem nos meus fios de cabelo os puxando para trás me arrancando um sonzinho falho e meio alto, mas assim que ele soltou soltando uma risadinha como se estivesse zombando de mim reprimia meus lábios trêmulos deixando uma pequena mordiliscada em meu lábio inferior.
- Droga ele bagunçou todo meu cabelo..
Murmurei passando minha palma sobre meus fios de cabelo os abaixando, enquanto me afastava da porta caminhando até as escadas as descendo, ao chegar na cozinha para pegar meu almoço suspirei baixinho ao ver a familia toda comendo juntos observando meu lugar sem prato algum oque me fez abrir um sorriso fraco caminhando direto para a geladeira a abrindo pegando meu potinho de “obentô” enrolado em um paninho azul que tinha alguns desenhos de cenourinhas espalhados.
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O fruto do nosso amor
RomanceFinn é um garoto de 16 anos, consequentemente sua vida é meio complicada principalmente familiar, mas ele não deixa isso o abalar sempre que pode ele esta com um grande sorriso no rosto saltitante, seu ditado é "Troque o choro pelo sorriso e vai fic...