O CEO arrependido - o ex-marido quer casar!

21 - Victória

Quando percebi que Lucca me beijaria, eu apertei os lábios. Como eu esperei que ele me segurasse com aquela paixão, antes. Mas naquele momento, depois de passar mal por culpa dele, grávida, eu estava com ódio!

— Victória... — Ele me deu um e outro selinho. Ele queria beijo, não é? Pois bem. Eu o mordi! — Victória!

Lucca se afastou, segurando o lábio, que sangrava.

— Nunca mais volte a me beijar! — Eu tremia de raiva e logo senti uma tontura. Lucca me segurou, ajudando-me a me deitar.

— Perdão, eu... Eu agi sem pensar — Eu afastei a mão dele que tentou acariciar o meu rosto — Vamos voltar para Nova Iorque assim que você se sentir melhor.

— Não vou com você a lugar algum, Lucca. Nunca! Além de tudo o que você fez a mim, da sua traição... — Meu pai. Ele foi o responsável, tudo apontava! — Eu não tenho negócios em Nova Iorque. A empresa da minha família está aqui.

Lucca juntou as sobrancelhas e apertou os olhos.

— Muito bem, eu pedirei transferência para cá. E ainda te ajudo com a empresa da sua família.

Ele só podia estar de brincadeira!

— Eu não quero a sua ajuda! Lucca, você já deveria ser o meu ex-marido! — Eu fechei os olhos, sentindo-me mal — Eu quero descansar, saia. Por favor. Vá viver a sua vida com Alice e me deixe em paz.

Ouvi a respiração pesada de Lucca. Ele segurou a minha mão, que repousava na cama. Francamente, eu estava ficando sem forças físicas. Abri os olhos e percebi o quão próximo a mim ele estava.

— Eu quero uma vida com você. Eu estava errado quanto a Alice.

Puxei a minha mão.

— Bom, aí já não é problema meu. Lide com as consequências dos seus atos.

Eu só não me arrependia cem por cento de ter me apaixonado e casado com Lucca por conta da criança em meu ventre. Se não...

— Vou lidar. E vou ser um marido melhor.

Com agilidade, ele deu um beijo no topo de minha cabeça e se retirou, dando uma última olhada em minha direção, antes de fechar a porta totalmente.

Fechei os olhos novamente e uma batida suave na porta seguiu. Eu sabia que não era Lucca.

— Entre!

A porta se abriu de leve e Henry colocou a cabeça para dentro e sorriu ao me ver, entrando com calma e fechando a porta com cuidado. Como ele era diferente de Lucca!

— Como você está se sentindo, Vicky?

Suspirei fundo.

— Aliviada por não ter perdido o meu bebê. Mas irritada com Lucca!

— O senhor Mancini realmente se excedeu, mas... Não dê muita atenção a isso. Não agora — Ele se aproximou de mim e tomou a minha mão, aplicando ali um beijo em cada um dos meus dedos — Quando você sair daqui, falaremos mais sobre isso. Se me deixar, cuidarei de você de agora em diante.

Ele me olhou intensamente, com aqueles olhos azuis tão intensos.

— Você não vem cuidando de mim desde que nos conhecemos? — Eu perguntei, olhando para baixo.

Henry acariciou o meu rosto com a mão livre e eu olhei para cima, para o rosto dele. Eu podia sentir que ele não estava fingindo nada.

— Não cuidei o suficiente. Mas prometo que serei mais cuidadoso — Ele colocou minha mão no rosto dele — Se me permitir, você e o bebê estarão mais do que seguros. De tudo e todos.