Luciano não tinha aceitado bem a derrota na copa e para piorar sua situação seu maior rival, Argentina, tinha ganho o evento e aproveitava disso para humilhar o brasileiro com piadas e sorrisos maldosos. Aquilo parecia o inferno para o moreno, esperava acordar a qualquer momento desse pesadelo. Pelo menos o boludo parecia não lembrar de algo mais humilhante ainda, aquela coisa que fazia o brasileiro se tremer de vergonha. Já para Martin aquilo era o céu, mesmo que não gostasse de ver o estado deprê e envergonhado de seu rival tinha que admitir que vencer dele era ótimo. Só odiou o sumiço repentino, era tão bom provocar o rival e o ver tão bravinho.
O tropical era exagerado, tinha passado a ignorar o loiro ao máximo nas redes sociais. Martin ria daquilo e não perdia a oportunidade de postar fotos da taça no seu close friends, que só tinha certo brasileiro. Brasil nem ao menos respondia as provocações, se limitará a desligar o celular e xingar. Ironicamente não bloqueava o argentino em nada, se focava em evitar o hermano até onde pudesse. Seus planos foram por água abaixo quando Catarina disse, encima da hora, que vinha passar o carnaval no Rio e traria o boludo consigo. Não só ele, aliás, porém a atenção de Luciano foi toda no rival. Engoliu em seco lendo a mensagem, a colombiana anunciou que vinham em dois dias. Nunca negaria uma visita dela e de seus amigos, contudo precisavam trazer o boludo de merda?
Os dois dias se passaram voando para Luciano, meio á faxinas e agendamentos de coisas para fazer. Definiu afazeres junto a Catarina, deixaram a agenda lotada de opções. Os países logo chegaram ao solo carioca em uma manhã bonita e calorosa. O brasileiro já estava no aeroporto vendo seus amigos vindo a seu encontro: Catarina, Sebastian (Uruguai), Maria (Venezuela) e até Francis e Croácia. Era quase uma quase reunião de latinos, tirando os que não puderam viajar agora e adicionando um francês intrometido, que disse merecer estar ali por causa da Guiana Francesa, e seu companheiro croata que foi arrastado pra ali. Seu amigo boliviano, junto com o paraguaio e o chileno, só chegariam 4 dias depois por causa de um voo mais barato que acharam.
Era ótimo ver tantos rostos conhecidos, estava com saudades. Após cumprimentar quase todos os seus amigos com abraços, beijos nas bochechas e sorrisos voltou sua atenção para o único que faltava. Martin já o encarava com a mesma cara convencida de sempre. As vezes tinha certeza que o argentino era a Rita da sua versão de Avenida Brasil. Foi tirado do seu pensamento por ele.
- Ora Luciano, não vai me cumprimentar? - fala no seu melhor português - Estoy mucho feliz quie vao celebrar mi victoria por una semana aqui en Brasil - disse o argentino, enquanto dava um abraço provocativo no brasileiro. O cheiro dele o envolvia e seu sorriso tinha algo malandro, mas Luc preferiu achar que era coisa de sua cabeça. Ele não poderia lembrar daquilo, mas e se? Agradecia sempre por sua pele escura esconder suas bochechas coradas.
- Pelo contrário, boludo. A gente se reúne para comemorarmos a surra que eu vou te dar - diz o moreno voltando a realidade e se soltando do abraço rapidamente, franzindo as sobrancelhas. Martin ri ao vê-lo irritado e isso faz o outro ter vontade de socar ele.
- Los dos parem com esto, parecen perro y gato. Se bien que nunca vi perro y gato con tanto teeee--- deixa pra lá - Catarina exitá e ri ao ver os dois pares de olhos raivosos na sua direção. Maria e o croata pareceu segurar a risada, enquanto Francis e Sebastian nem fazem questão. A colombiana entra no espaço entre os dois e muda o assunto - Los voos de todo mundo foram mucho longos, vamos pra casa colocar nossas malas e descansar para sairmos la noche!
- Ouiii, passei horas num avião onde fui deveras maltratado - diz Francis e é imediatamente bombardeado por um olhar crítico do croata - a comida era horrível!!! - se defendeu - Vamos pra casa comer alguma coisa gostosa, j'aime. O que fez pra gente, Luccc? - finalizou o francês com sotaque e manha fortes na entonação que logo foram julgados.
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Maldito hóspede
FanfictionOnde Luciano precisa hospedar seu grande rival e aguentá-lo por todo o feriado de carnaval. Onde Martin vê uma oportunidade de lembrar ao rival de certas coisas. " - Será que Deus me abandonou? - pergunta o brasileiro olhando para o alto com um dram...