Capítulo 2 - Lena e a Humana Intensa

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⚠️⚠️Na primeira cena a seguir contém uso de drogas ilícitas. Se você não se sentir bem com esse tipo de conteúdo, não leia, garanto que você pode pular a cena sem prejudicar seu entendimento da leitura ou se optar por interromper a obra, há outros projetos meus desprovidos desse tipo de assunto e os recomendo. Obrigado e boa leitura!
Ps: nessa cena há uma óbvia referência a uma cena da Ava em Legends Of Tomorrow.

Lena e a Humana Intensa

A Floresta, feita de magia, trazia ainda mais mistérios, ficando cada vez mais encantada à medida em que as horas se passavam com as duas mulheres ali. As horas eram infindáveis, o dia era longo e a noite era curta, mas isso também mudava cada vez que o sol se punha, não havia padrões.

Quando menos esperavam, um buraco formou-se no lugar em que estavam, acordando-as imediatamente e fazendo com que gritassem com o susto durante a queda, que demorou mais que qualquer outra. Então de repente, algo amorteceu o tombo, liberando toxinas azuis, as quais Lena e Kara inalaram sem chance de fazer qualquer movimento.

Pegas de surpresa, o ambiente ficava distorcido, como se fossem um Dumbo bêbado, por isso sentaram no cogumelo abaixo delas e de lá avistaram uma cidade de cogumelos azuis.

Minutos depois, ambas começaram a rir, uma do lado da outra e Kara começou a cantar I Will Survive na vibe de Pussycat Dolls. No mundo do pequenina, ela estava arrasando e a Gigante favorita, aplaudindo-a, mas na realidade, estava fora do tom e fora de ritmo enquanto o ser enorme gargalhava.

Em dado momento, Danvers começou a dançar catastroficamente, arrancando muitas risadas de Lena, o que pareciam ser minutos, já permaneciam naquele estado há horas. A grandalhona se deitou e a minúscula sonhadora fez o mesmo, ambas ficando cara a cara.

— Você é linda até com essa cara de sono sabia? – Disse Ka, que bocejou em seguida, colocando a pequena mão numa parte do rosto de Lee, por estar um pouco quente e a gigantesca estar um pouco gelada, já que não era completamente humana.

Um choque ocorreu de imediato em seu corpo, sendo eletrificado por um simples toque, causando surpresa.

— Não fazia idéia. – Falou a grandona, não era em relação à sua beleza notada pela pequena jovem ali e sim porque não sabia que podia sentir essas coisas, um coração batendo tão mais forte e rápido quanto o seu normal, junto com o frio na barriga quando a humana a tocou.

— Mas você é. Você é linda o tempo todo. Devia sorrir mais vezes, amo o seu sorriso. – Danvers exprimiu enquanto mantinha os olhos fechados e dormiu. Luthor velou seu sono, não conseguiu dormir depois do que sentiu pela primeira vez. Imaginou que, sendo terrestre, Kar sentia aquilo o tempo todo.

— Será que é assim que se sente também ou tem alguém na Terra esperando por ti? Bom, deve ter, és um anjo. – Luthor colocou parte do seu enorme dedo na testa da pequenina e arrastou seu cabelo para trás, fazendo carinho.

Algum tempo após a desintoxicação, os cogumelos sumiram de um em um, dando espaço para as duas pessoas, voltando com as árvores exageradamente altas, encantadas aos poucos.

A grandalhona mal conseguiu dormir, viu tudo surgir devagar na floresta, pássaros cantarem, flores desabrocharem, como uma pintura linda feita por Deus ou Big Bang, seja lá no que acreditavam os terrestes, porém Luthor acreditava que a obra criada nos mínimos detalhes era feita por sua mãe, a bruxa que acreditava no amor e na natureza.

Ela também tinha fé de que sua filha ia querer algo da vida além de ser alguém grande e forte, então todo o seu zelo e apreço por seus filhos, durariam enquanto a magia vivesse, portanto era eterna e se tivesse que ajudá-los a terem o que quisessem por milênios, assim o faria. Nada era por acaso, embora a mulher enorme não percebesse, não enquanto não soubesse o que havia para ela no fim do caminho.

Lena e o Pé de FeijãoOnde histórias criam vida. Descubra agora