11 - Vai

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Gina desabou sobre a poltrona da sala do escritório de Harry no Ministério da Magia. Os olhos dela estavam inchados e vermelhos de tanto chorar. Harry trouxe uma poção calmante e exigiu que ela a tomasse.

— Vamos ter calma. Ela vai aparecer.

— Ela está sumida há uma semana no mundo trouxa, Harry. Você ouviu o Draco contar sobre o que a polícia deles disse ao Snape: "Quanto mais tempo passa, fica mais difícil encontrar". — ela disse antes de um soluço sair por sua garganta.

— Estamos tentando rastrear a magia dela também, Gina.

— Ela não usa magia. Por que tenho que repetir isso todas as vezes que vocês tentam me dar esperança usando mágica como justificativa? Ninguém me escuta mais? — respondeu irritada.

— Tudo bem, tudo bem. — ele contornou a escrivaninha e a abraçou — Que tal então focarmos na parte que a polícia falou que noventa por cento das pessoas são encontradas?

Gina choramingou.

— Os dez por cento restantes me parecem muito.

— Eu sei. — Harry lamentou. — O Malfoy disse que a polícia trouxa está seguindo todas as pistas. Ele tinha um sorriso presunçoso no rosto ao dizer que foi um pedido do Ministro da Magia em pessoa ao Primeiro Ministro trouxa que desse prioridade ao caso.

— Tomara que seja o suficiente. — Gina fungou.

— É... tomara. — concordou Harry.

— E como o Rony está?

— Ah, você o conhece melhor que eu. Está lidando com sua própria desgraça do jeito que mais sabe: Bêbado.

Gina sentiu seu rosto esquentar de raiva.

— Hermione está desaparecida por culpa dele e ele lida com as consequências se divertindo em bares?

— Gina, cada um lida com as porcarias que fazem...

— Harry — disse Gina, num tom cortante.

Harry respirou fundo e levantou as mãos para cobrir o rosto.

— Gina, para nós dois a questão com a Hermione é diferente, nós a amamos como amigos dela. Para o Rony, é muito mais que isso. Ele percebeu tarde demais o quanto ela era importante, o quanto perdeu quando deixou ela ir embora.

— Ah, jura que ele sabe o que perdeu? — perguntou Gina ironicamente.

— Ele só demorou demais para entender. Você melhor do que ninguém sabe como seu irmão é lerdo. — disse Harry — Mas, hoje é completamente consciente que Hermione foi o amor da vida dele, ele estragou tudo e precisa de um tempo até voltar à vida normal.

Gina não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

— E a vida normal dela, Harry? Onde fica? — disse, os olhos ardendo com fúria. — Ela pode estar morta agora e nós nem saberíamos e você vem me falar que Rony precisa de um tempo para retomar uma vida normal? Você consegue se ouvir?

— É para soar como um bom conselho — disse Harry.

— Diga isso ao Snape então. Diga que ele deve deixar para lá e ter uma vida normal.

Harry balançou a cabeça.

— Você sabe que não posso. Você o viu na reunião no gabinete de Kingsley, estava completamente furioso e exigiu manter as buscas por Hermione com força total.

Gina o olhou com ferocidade.

— E você, Harry, o que você sente?

Os olhos de Harry se arregalaram, o verde escurecendo, e por um instante Gina se lembrou do garoto que enfrentou Voldemort até destruí-lo.

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