Interlude [ONE SHOT - PT BR]

I

Olá? 

Aparentemente alguém acabou vendo GAP e caiu no golpe do "não vou shippar..." :)

Boa leitura.

-x-

Ela observa a plateia ir à loucura após a saída delas do palco. Luzes brilhantes para todos os lados seguidos de flashes contínuos disparados de todas as direções. Há confete cor de rosa em todos os lugares e ela tem quase certeza que se não tivesse fechado a boca ela teria engolido os micro papéis coloridos. E é estranho, porque a palma de suas mãos está suada e seus ombros estão extremamente tensos e suas pernas parecem gelatina e ela não tem certeza se consegue andar até a van delas sem a assistência de alguém.

— O que está acontecendo? — Uma voz macia ecoa atrás de seus cabelos e ela pode jurar que é um anjo. — Becky?

Há um par de braços abraçando sua cintura e sua visão está completamente embaralhada. Ela observa P'Nam se virar em sua direção e a última coisa que ela vê antes de cair no chão é um par de olhos castanhos.

Sua língua enrola e quando abre os olhos, há pelo menos cinco pessoas em sua volta.

— Becky, olhe para mim — é a voz de Freen, e ela pode ter recém desmaiado, mas aquela voz fazia maravilhas a ela porque agora ela tinha esse sorriso idiota no rosto e todos em sua volta parecem confusos porque que porra acabou de acontecer?

— Você está brincando comigo? — Ela acha que é Irin, mas sua visão está embaralhada, então ela não tem certeza. — Becky! Que porra?!

É. É a Irin.

Ela pisca algumas vezes e fecha os olhos imediatamente porque quem diabos pensou que era uma boa ideia acender todas as luzes disponíveis nesse cômodo?

— Você está bem? — Freen indaga, seu tom revelando uma preocupação gigantesca. Ela ainda está usando sua roupa de performance e Becky a acha tão linda que é absolutamente injusto.

— Sim — ela consegue responder antes de sentar. E então ela nota que está em um sofá que nem sabia da existência no backstage. — O que aconteceu?

— Você desmaiou — Freen solta uma risada nasal e encosta as costas da mão na testa de Becky. — Nos deu um tremendo susto.

Ela olha para o restante de seus colegas e percebe que todas estão a encarando como se ela fosse um bebê, e ela odeia estar no centro das atenções dessa forma, porque, pelo amor de Deus, um desmaio não é o fim do mundo, mas ao mesmo tempo ela se sente agradecida por ter pessoas que se preocupam tanto com ela ao seu redor.

É conflituoso.

— Eu quero ir para o hotel.

E o seu pedido é uma ordem, porque nem mesmo meia hora depois elas estão dentro da van delas em direção ao hotel onde elas e a equipe estão hospedados. Freen está sentada do seu lado com uma mão sobre sua coxa e é tão, tão quente que Becky quase esquece do fato de que é quase inverno.

Quando elas finalmente chegam, o manager insiste em levá-la até uma espécie de enfermaria que há no último andar do prédio, mas ela fala que não, e Freen está com seus dedos entrelaçados nos dela e ela está confiante que não vai desmaiar novamente porque ela comeu três barras de cereal, uma maçã e duas garrafas d'água no caminho até aqui.

Todos se despedem no lobby e se encaminham para os seus respectivos quartos, ainda desacreditados que a protagonista mais nova se recusava a passar em uma mísera enfermaria para checar seus sinais, mas se tinha algo unânime na equipe, era a certeza coletiva que no momento que Becky falasse que queria ir para o quarto, ela iria para o quarto.