Capítulo 28 - Sintomas de saudades

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POV Luiza Campos

Eu e minhas irmãs vamos tagarelando sem parar o caminho todo. Eu estava com saudades desse caos que é quando estamos as três juntas e empolgadas seja por qualquer motivo. O nosso entrosamento sempre foi muito bom. A Carol com o jeito sério e firme dela, eu com meu jeito ponderado e cuidadoso e a Sarinha com esse jeito amoroso e parceiro mesmo com a nossa diferença de idade. Chegamos em casa e quando abro a porta dou de cara com meus pais sentados no sofá tomando um vinho. Eles têm esse costume aqui de beber um vinho quando estão felizes ou em comemorações. Corro para a sala para abraçá-los e os dois se levantam ao mesmo tempo e fazemos um abraço à três bem apertado. Não sei explicar a sensação que tenho quando estou assim com eles. É uma felicidade imensa que faz explodir meu coração de amor.

- Filhaaaaaa você está com uma carinha ótima meu amor. Você fez boa viagem querida? – Minha mãe me pergunta e nos sentamos os três num sofá e a Carol e Sara no outro para conversarmos.

- Sim mãe. Graças a Deus eu dormi a maior parte do tempo. Só não lembrei que chegaria aqui de noite e agora tô ferrada com esse fuso porque é madrugada e não estou com o mínimo de sono.

- Ahhh meu amor, isso é normal. São cinco horas de diferença né?

- Nossaaaa eu estou tão sem noção com esse fuso, minha cabeça tá muito confusa... hahahaha.

- A gente não quis ir dormir sem te ver. Tava com muitas saudades. E amanhã a gente pode acordar tarde porque é domingo. Aliás, vou preparar um almoço bem gostoso de boas-vindas em sua homenagem.

- Nossa, mas que babação de ovo hein Dona Sônia? – A Carol reclama, mas sorri pra mim.

- Babação nada. O amor da minha vida merece uma recepção à altura da filha maravilhosa que ela é. – Minha mãe segue puxando meu saco pra provocar as minhas irmãs.

- Aé? Só ela é o amor da sua vida então? – A Carol pergunta pra ela.

- Nãooooo. Vocês três são os amores da minha vida.

- E eu? – Meu pai pergunta.

- Você é o responsável por me dar os meus amores, então vou ter que te aturar pro resto da vida.

- Hahahahahaahaha. Todos nós rimos juntos.

- Só quero ver quando seus amores nos abandonarem quem é que você vai chamar de meu amor. – Meu pai retruca.

Ficamos ali interagindo, sorrindo e conversando durante quase uma hora. Faço um resumo dos acontecimentos, mas foco em falar sobre todos os lugares que conheci, mas sem muitos detalhes porque já é madrugada e eles devem estar cansados. Dou o recado da Duda pra eles que ficam super emocionados quando detalho o nosso encontro na estação de trem. Distribuo os presentes que comprei para todos. Não foi muito coisa, mas todos foram escolhidos com todo o meu amor. Entrego também os presentes da Duda e depois disso...

- Filha, eu e seu pai vamos dormir agora. São 2 da madrugada e não tenho mais o pique de jovem de vocês não.

- Mas amanhã quero saber todos os detalhes, inclusive sobre a Valentina. Você não citou o nome dela nenhuma vez. E que linda ela, né minha filha? Parece modelo de comercial de televisão.

- Pois é, fiquei acordado até essa hora pra saber quem é essa tal Valentina e nada Dona Luiza? Você não vai escapar de contar tudinho pro seu pai não, viu?

- Hahahaha... ela é linda mesmo mãe. E pai...amanhã eu falo mais pra vocês. Mas, não vou contar tudinho... hahahaha... Vão lá! Durmam bem. – Abraço e dou um beijo neles de boa noite.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora