𝐎𝐍𝐃𝐄 Anna Victoria, uma adolescente que estava estudando e aproveitando o máximo de sua adolescência no Brasil, teve uma reviravolta em sua vida, por culpa de seu pai, fazendo a garota ter que ir morar com a mãe na Alemanha.
O'que ela não sabia...
Assim que acordei, percebi a falta de Tom na cama e me levantei, indo para o banheiro, lavei meu rosto e tentei procurar alguma escova nova. Achei uma ainda embalada e usei ela. Desci até a cozinha, vendo a mãe de Tom ali.
— Bom dia, tia. — Falei, observando ela cortar alguns legumes.
Ela deu um sorriso e eu me sentei. Suspirei baixo e comecei a brincar com meus pro dedos da mão.
— Bom dia, Mavi! — Olhei para Bill assim que ele me abraçou quando chegou na cozinha. — Dormiu bem?
Concordei. Não menti, havia dormido bem, meu corpo agradecia. Mas os acontecimentos da noite passada estão fazendo minha cabeça explodir de tanta dor.
— Irei tomar um ar. — Falei deixando um beijo rápido na testa de Bill.
Assim que cheguei no jardim, soltei o ar que estava preso em meu pulmão, que nem eu mesma havia percebido que havia prendido. Olhei para o lado e vi Tom ali, de costas para mim enquanto fumava, pelo cheiro forte, era maconha.
— Está cedo para fumar isso, Tom. — O de dreads virou o rosto para o lado, me olhando de canto.
Era a primeira vez que ele me chamava por algum apelido carinhoso. E o efeito daquilo era maravilhoso, sentir como se mil e uma pedrinhas de gelo estivessem em meu estômago. Eu estava completamente louca por Tom Kaulitz.
— Desculpa, eu só... — Não deixei ele terminar de falar, envolvi seu fino corpo com meus braços.
Ele Retribuiu o abraço e encostou o queixo em minha cabeça, afagando meus fios claros.
— Vamos entrar, está frio e você está com as pernas de fora. Comprei algo que irá gostar. — Ele disse antes de praticamente me arrastar para dentro de casa.
••• 19:45 AM
Eu estava usando uma roupa de Tom.Ele havia me emprestado uma de suas camisas, que ficou igual um vestido, então não usei nada por baixo, apenas uma calcinha. A mãe do loiro tinha algumas novas e me deu uma.
Estávamos no quarto dele enquanto conversávamos de coisas aleatórias. Tom conversava alegremente, enquanto contava sobre as coisas que gostava. Me perdi observando cada sorriso e palavra dele.
— Você fica perfeita com minhas camisas, sabia? — Ele disse me tirando dos pensamentos. Sorrio envergonhada e ele se levantou.
Andou até seu guarda roupa e pegou uma calça de pano fino xadrez. Me entregou e eu vesti.
— Vamos, aqui está um tédio e eu quero que você fique feliz, sei que está mal. — Ele disse e me estendeu sua mão, peguei e fomos até o carro de seu padrasto.
Estávamos dentro do carro enquanto amassavamos um enorme lanche. Uma grande porção de batatas fritas e frango empanado, e pequenos hambúrgueres. Enquanto dividiamos um copão de coca. Olhei para ele assim que terminamos de comer os pedaços de frangos empanados.
— Estava maravilhoso. — Ele disse passando a mão na barriga e eu ri. Ele estava adorável, com as bochechas vermelhas, os olhos brilhantes.
Tom era bonito, isso eu não podia negar. O telefone do mais velho tocou e ele atendeu, sua cara não era muito boa. Sua língua passou pela parte interna de sua bochecha, demonstrando irritação. Assim que ele desligou a ligação, escutamos barulho de tiro. Tom ligou o carro e pisou fundo no acelerador.
— Coloca o cinto e fica um pouco abaixada. — Ele disse colocando o cinto de segurança.
Lhe obedeci, colocando o cinto de segurança e ficando um pouco abaixada. Tom dirigia igual um louco, tentando despistar os três carros pretos que estavam atrás da gente. Ele entrou em uma pequena rua e conseguiu despistar os carro pretos e de luxo que estavam atrás da gente.
Saímos do carro e ele agarrou meu braço. Corremos para dentro de um dos becos ali naquela rua. Ele empurrou uma porta feita de madeira e me puxou para dentro, fechando ela em seguida.
— Vocês demoraram. — Me assustei ao escutar uma voz feminina, estava tudo escuro.
Uma luz é acessa e olho em direção, vendo uma garota, aparentemente tem a idade de Tom. A "casa" tinha apenas um cômodo pequeno, e uma outra porta.
— Oque aconteceu? — Perguntei e a morena me olhou.
— Você não sabe? Sua mãe é procurada a anos pela polícia por trafico de bebês e drogas. Basicamente ela manda em uma facção criminosa, a maior, vendendo drogas para todo o mundo. — Ela disse e eu arregalei os olhos. — Basicamente ela não é a sua mãe, e matou a sua quando você nasceu.
Fiquei paralisada ao escutar aquilo. Não podia ser verdade, minha mãe pode ser o que for, mas traficante? Me sequestrar? Olhei para Tom e ele suspirou.
— Você sabia? Me responda, você sabia?— Fiquei em sua frente, olhando diretamente para seus olhos.
— Não, eu comprava drogas dela, mas não sabia que era ela que era a Falcão. — Ele disse e me olhou. Observei seus olhos, profundamentes brilhantes, em medo.
— Seu padrasto não sabe quem ela é de verdade, massa altura ele já deve estar preso em algum galpão dela. Venham comigo. — A morena até então desconhecida aos meus olhos, disse.
Seguimos ela até a outra porta, que dava para dentro de um luxuoso hotel, era o hotel da rua de trás. Elas nos levou até um quarto e nos deixou ali.
— Durma, partiremos amanhã cedo para Brémen. — O olhei sem entender.
— E a escola? Como irá ficar? — Ele me olhou já impaciente.
— A sua suposta sequestradora está atrás de você e você quer ir para a escola? — Suspirei ao perceber a idiotice que havia falado, ele tinha razão.
Lhe desejei boa noite e me virei de costas para ele na cama, me cobrindo e sem ao menos perceber, peguei no sono.
Senti alguém cutucar meu braço, me despertando.
— Princesa, vamos, precisamos ir. — Escutei a voz grave de Tom e sorrio, me sentando na cama e o olhando. — Ela descobriu que você está aqui, você tem 5 minutos para se arrumar. Ou ela vai conseguir nos pegar.
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