PRÓLOGO

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Alemanha, 1 de setembro de 2007.

— Hazel, atende a porra desse celular! - Amelia entrou no quarto gritando

— Ai desculpa, tia! Estava dormindo. - digo com um sorriso bobo

— Jura!? -devolve um sorriso forçado.

Reviro os olhos.

— Não revira esses olhos pra mim, garota! Tô de olho. - disse estreitando o olhar na minha direção

Peguei meu celular e havia 5 ligações perdidas de Asher. O que é tão importante a ponto de me tirar do meu sono precioso?

Liguei de volta e no segundo toque ele atendeu.

— Gata, por que não atende essa coisa?

— Desculpa, Ash. Soneca da tarde.

Ele bufou do outro lado da linha.

— Quero que vá a um lugar comigo. - diz

— Hum, onde?

— Conhecer meus amigos. Os da Tokio Hotel. Vai rolar uma festinha na casa deles.

— Serio, Asher? Eu não tô nada pronta, acabei de acordar e-

— Te busco as 7, linda.

E desligou.

Vagabundo.

[...]

— Pirralha, da pra descer logo e calar a boca desse seu namorado retardado que não para de buzinar?! - Tia Amelia grita do andar de baixo

— Como vou calar a buzina do carro dele?- grito de volta

— Acho melhor fazer algo antes que eu jogue uma pedra no vidro dele!

Desço as escadas correndo.

— Calma, titia. Já vou sair. -dou um beijo nela e corro em direção à porta.

— Juízo, fofa. Não faça nada que eu não faria. -diz cúmplice e me manda um beijo no ar.

— Esse não é um bom conselho vindo de você - sussurro.

— Eu ouvi isso! -grita em advertência, mas sei que está brincando.

Gargalho alto e corro de encontro a Ash, que já abriu a porta de seu Mustang preto.

— Oi, você tá linda! - diz me dando um selinho casto.

Sorri envergonhada e entrei no carro com ele, que saiu acelerando.

[...]

Depois de alguns minutos estacionamos em uma casa enorme, de fora conseguia ouvir uma musica alta e muitas vozes, além de luzes de led que alcançavam o céu.

Isso parece uma boate.

Odeio boates.

— Vem. - Ash chamou e eu saí do carro, admirando a grandiosidade da mansão.

Esses garotos não têm uns 16 anos?!

Entramos pela enorme porta e demos de cara com a sala, que estava cheia de gente.

Cheia não, entupida.

Conseguia sentir o cheiro de suor e bebida. Ugh.

— Asher, você chegou! - um menino de cabelo preto espetado e maquiagem escura chegou gritando - Você deve ser a Hazel. Prazer, Bill! - disse dando a mão para eu apertar.

— Oi Bill! Adorei seu cabelo. - disse ao menino, que parecia muito simpático.

Ele agradeceu e deu um enorme sorriso, me puxando pela multidão.

— Você precisa conhecer os outros meninos, Asher não para de falar de você!

Olhei para trás e meu namorado havia sumido no meio das pessoas.
Bill me puxou até o lado de fora da enorme casa, onde havia uma piscina do tamanho do meu bairro.

No deck de madeira havia dois meninos sentados com uma cerveja na mão.

— Hazel, esses são Gustav e Georg. Baterista e baixista da banda. Eu sou o vocalista, claro. -disse sorrindo

— Prazer em conhecer vocês! -disse pegando na mão dos dois.

— Vocês sabem onde é que o Tom se meteu? - presumi que "Tom" fosse seu irmão gêmeo, o guitarrista - Certeza que ele está por aí comendo algu-

Bill foi interrompido com um tapa na nuca. Olhei pra trás, e por alguns segundos fiquei paralisada.

Aquele era o menino mais lindo que já tinha visto na vida. Seu rosto era idêntico ao de Bill, então concluí que era Tom.
Ele usava roupas extremamente largas e dreads, presos por um rabo e um boné.

— O que ia dizer, Billy? -disse para o irmão

Até agora nem sequer havia percebido minha presença.

— Ia dizer que você provavelmente estava por aí comendo alguém, ótima maneira de passar nosso aniversário. -Bill disse com um sorrisinho sínico - Queria te apresentar a Hazel, namorada do Asher.

No momento em que seus olhos caíram sobre mim, minhas pernas bambearam.

Olhos profundos e escuros, encarando até o fundo da minha alma. Ele tinha um piercing nos lábios, no qual passou a lingua, despretensioso.

— Prazer, Hazel Clark! -digo com um sorriso estendendo a mão em sua direção.

Ele desceu seus olhos do meu rosto até minha mão e depois voltou o olhar a mim, mas não segurou minha mão.

— É essa aqui? -disse quase como um insulto, olhando para Bill como se esperasse uma confirmação.

— Hum, sou eu sim. Algum problema? -olhei para seu rosto e meu cérebro traíra levou meus olhos até seus lábios.

Aquele piercing...

Que tipo de pensamentos são esses?! Está com Asher agora, sua idiota.

— Problema nenhum. -me olhou de cima a baixo- Só não imaginei que você fosse o tipo do Asher.

Disse dando ênfase na palavra "você" e deus as costas.

Que menino mais abusado! E que perfume bom...

Cala a boca, Hazel!

— Hazel, não liga pra ele. Tom pode ser um enorme cretino quando quer, principalmente com pessoas novas. - Bill segurou minha mão- Vem, vou te levar pra dançar!

Ele me puxou com rapidez.

Mesmo com todo aquele desaforo meus olhos foram parar em Tom. Como se sentisse meu olhar, ele se virou, me pegando no flagra enquanto o encarava de costas.

Deu um sorrisinho de canto e passou a língua no piercing.

Argh, babaca!

———

Oi, gente! Esse capítulo acontece no passado, no começo do tudo. Fiz pra contextualizar a história, mas a fanfic se passa quase um ano depois desse dia!

Espero que tenham gostado😙

PAIN OF LOVE - TOM KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora