21

925 81 38
                                    


— Droga! — A mulher bateu a mão no vaso que estava em cima da sua mesa do seu escritório. — Eu quero a garota viva, foda-se esse moleque, ele não vale de nada pra mim.

Ela esbravejou, sentando-se em sua cadeira.

— Senhora, Guiana fugiu. Não levou nada, apenas as roupas do corpo. — Um dos capangas dela disse.

— Isso é o de menos, ela não sobrevive nem dois dias. — Ela disse sem ligar muito. — Me traga a garota ou eu corto o pescoço de vocês!

Ela gritou, fazendo todos se assustarem. Ela estava a dois dias atrás da garota. Ela simplesmente sumiu do rastreador dela.

— Por que quer tanto a garota? Ela nem é sua filha. — Escutou uma das putas de seu irmão, que estavam ali limpando o escritório.

— A questão é que ela e o namoradinho descobriram de mais. — Evelyn disse com o olhar fixo em um ponto do cômodo enquanto brincava com uma bolinha entre sua mão. — Ela sabe de mais. Tem notícias sobre a família Kaulitz e o Andreas?

— Não senhora, ele sumiu com sua filha. —  A secretaria da mulher disse, se curvando e saindo da sala.

— Senhora, achei imagens de segurança de um posto de gasolina, a garota e o rapaz pararam ali para reabastecer. — Um de seus capangas disse entrando na sala.

Cada um ali tinha uma função, atiradores, sequestradores, hackers e dentre outros. Ela também tinha vários meios de comunicações espalhados pela Alemanha todinha. Então era fácil para ela conseguir as coisas.

— Vamos até esse posto, prepare o carro e as armas. — Ela disse, jogando a bolinha atravéz da janela, grunindo de raiva. —

•••

— O senhor viu esses dois adolescentes? Somos policias e estamos atrás deles — Ela perguntou mostrando uma foto de Tom e outra de Anna Victoria.

— Eles passaram por aqui, mas não parecia que estavam fugindo ou ele sequestrando ela, acho que eram um casal. — O homem disse. A mulher quis revirar os olhos pela burrice do homem, mas se conteve.

— Tudo bem, obrigado. — Ela andou até seu carro, parando na janela do lado aonde seu "parceiro" estava. — Só passaram alguns minutos aqui, seguiram a estrada.

O grisalho nada disse, apenas fechou a janela e esperou a mulher entrar.

— Coloca fogo naquela escola, se a gente não achar eles, vamos fazer eles aparecerem. — Ela disse, dando partida no automóvel.

— Anna Victoria –

Estávamos todos sentados no sofá, enquanto Alexis contava tudo sobre Evelyn.

— Eu era da polícia, mas desde a morte da sua mãe, eu me deixei levar pelas drogas e agora eu estou vendendo elas. Eu sei, eu sei, estranho ver um policial virando bandido, sabendo tudo oque se passa dentro de uma cadeia. — Ele entregou alguns papéis, continha fotos de crianças.

Haviam centenas de crianças que ela havia sequestrado e vendido no mercado negro. Como essa mulher era um lixo. Suspirei e me levantei.

— Eu preciso tomar um ar, podem continuar a conversar, depois alguém me fala. — Sai rapidamente dali. Era tudo tão sufocante.

Era sufocante saber que foi maltratada dia vida inteira pela sua família que nem era dia família verdadeira. Me sentei no banco do jardim e me permite a chorar, silenciosamente, apenas lágrimas quentes e dolorosas escorriam de meus olhos claros. Levei meus dedos entre os fios de madeixas claras, deixando eles enterrados ali enquanto eu mantinha minha cabeça baixa. Ainda chorando.

In the hands of a guitarist | 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐓𝐈𝐋𝐓𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora