Talvez esse lugar não seja seu

18 0 0
                                    

Eu sempre acreditei na capacidade que as pessoas tem, ou pelo menos deveriam ter, de serem recíprocas na mesma rapidez como elas são isso quando tendem a ser más. Porém acreditar não significa obviamente que irá concretizar-se, ainda mais quando essa previsibilidade deixa de existir se considerado que para toda reação a condição é o peso de nossas experiências; e partindo delas, a decisão em seguir na reação da  evolução ou involução.
É muito interessante como esse feeling traz para cada um de nós, múltiplas leituras sobre nós mesmos e sobre os outros, ao passo que nossas relações  vão assumindo camadas mais profundas e  nossas cascas deixam de ser uma proteção para revelar nossa  fragilidade ante tanta coisa que a todo instante queremos esconder. E Isso ocorre, não por acreditarmos que somos maduros e seguros o suficiente para errar e se consertar, mas pelo medo que acaba nos traindo e deixa por escapar sem querer, o quanto ainda não evoluímos e talvez não estejamos prontos para melhor isso. Como resposta, revidamos como animais irracionais acuados por estranhos. 

Aliás, essas reações grosseiras, hostis, acabam criando muitas marcas aos outros. E acredito que andamos até aqui talvez para introduzir o centro desse texto: quanto vale aquilo que sentimos ou fazemos o outro sentir ? que tipo de sentimento tenho permitido que o outro nutra a respeito da minha passagem na vida delx? longe de mim querer assumir o papel de terapeuta, mas quero dividir que esses  questionamentos são muito caros e que sempre serão fortes para tudo que faço. Falar sobre tudo isso, traz também uma outra  reflexão sobre o lugar do outro na nossa vida e a importância desse lugar para nós. Quando não se tem essa resposta clara, muitas vezes permitimos que façamos morada em qualquer lugar que pareça bom, em condições que na grande maioria são precárias.

Outro dia em uma conversa aberta com um amigo, ele me trouxe a dura constatação: "o lugar onde as pessoas te levam, diz do valor que você tem para elas."

Sim! assim como você nesse momento, por um breve tempo, fiz uma retrospectiva sobre todos os lugares que as pessoas me levaram. E como lamentável foi perceber que em muitos deles a gente não cabia mas insistimos que coubéssemos por apenas tentar se fixar onde não devíamos. Sei que podemos abrir essa nossa conversa para múltiplas questões relevantes dentro dessa situação. Mas quero convidar a pensar que que não é sobre o lugar físico mas sobre como cada detalhe, cada escolha e decisão; falam por nós, mesmo quando não estamos pensando sobre.  E junto delas, sentimentos que tão logo tornar-se-ão em marcas.  Olhar para isso, traz duras percepções que casam com o quanto somos recíprocos ou não em nossas relações. O quanto se importar, pode ir bem mais além do que um simples: "como vai você?" Mas está para além disso e finda-se no fato de que, eu Darlan, quero saber como você está, pois você é importante. E é muito importante saber que estejas bem, e se por acaso não estejas, gostaria muito de poder ajudar a você a mudar isso!A reciprocidade é a força que alimenta e mantém os laços. A empatia sugere que estejamos sob essa trama, numa estreita atenção ao outro de modo que todos os dias estejamos conectados  verdadeiramente a isso como fibras de aço , e não como frágeis fios de seda que podem ser rompidos por qualquer ocasionalidade. Espero ter criado profundas reflexões. Obrigado!

Que lugar é esse?Where stories live. Discover now