Capítulo 4 - Inesperado.

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Baekhyun limpou a garganta.

"De qualquer forma..." continuou Chanyeol, jogando o peso de um pé para o outro. "Uma garota lá fora..." ele indicou a porta. "Implorou a mim, que o chamasse para a festa no Campos Elíseos."

O bairro mais rico da cidade?

"Que festa?" Baek levantou a sobrancelha, enquanto retirava as faixas que estavam envolvidas em suas mãos.

"De uma tal de Catarina..." respondeu Chanyeol, mas parou de repente como se quisesse lembrar o sobrenome da garota.

"Eu não vou." Afirmou o boxeador, prontamente.

"Ela ficou o dia todo no meu pé, se não aceitar o convite, vai vir atrás de você. E pode crer. Não vai gostar de uma garota louca como aquela grudada como chiclete, cara. Eu te conheço." Sugeriu o outro.

Baek suspirou.

"Quando é isso?" disse desinteressado.

"Hoje à noite, as oito, eu acho."

O boxeador voltou seus olhos para mim, que observava a conversa quieta, e formou um sorriso maroto.

"Eu vou, se ela for comigo." Falou por fim, apontando o dedo indicador na minha direção.

"O que?!" exclamei.

Chanyeol virou-se para me encarar com uma expressão curiosa.

"Não. Não mesmo." Soltei firme, balançando a cabeça negativamente.

Baekhyun fingiu um suspiro de desapontamento.

"Então, eu não vou. Diga isso a garota lá fora. Ah, e que a culpa é toda dela." Me indicou.

"Eu não tenho culpa de nada." Pronunciei irritada. "Já não basta fazer a escola toda me odiar? Me obrigar a cantar na frente de todo mundo por causa de uma aposta idiota? Agora tenho que ir numa festa, que eu, claramente, não quero." O fuzilei com os olhos.

E Baekhyun riu. Na verdade, gargalhou.

"Não te obriguei a nada. Você aceitou a aposta, e não perguntou as condições. A culpa, claramente, é sua." Me imitou.

"Porque tenho a leve impressão que está inventando essas condições agora?" rebati.

Ele se aproximou de mim.

"Talvez esteja." Sussurrou no meu ouvido, arrepiando meu corpo. "Te pego as oito, pobre." Falou andando na direção da porta.

Mas quando me virei para a saída, notei que Chanyeol ainda continuava ali, e me sobressaltei ao vê-lo.

Senti meu rosto corar ao olhar para ele, e levantei minhas mãos imediatamente até as bochechas para ocultar a vermelhidão.

Então, eu sorri, envergonhada.

E ele sorriu de volta.

Eu apenas sai depois disso, assentindo a cabeça ao passar pelo coreano.

8:20 da manhã. A corrida até a sala, me fez ficar ofegante. Adentrei silenciosamente na aula de Física, e me sentei em uma carteira no fundo, não querendo chamar a atenção do professor. Alguns alunos perceberam minha entrada repentina, mas não se pronunciaram. Eu agradeci por isso. Rudersberg escrevia algo na lousa quando me esquivei para dentro.

Baekhyun não estava ali. Após alguns minutos de aula, o coreano apareceu, e adentrou na sala sem ser percebido. Foi o momento que notei Kim Jongin com os olhos fixados para o que acontecia pela janela, e Baekhyun se acomodou ao seu lado. Os dois começaram a conversar.

Love Hurts • Baekhyun •Onde histórias criam vida. Descubra agora