Depois de tirar um cochilinho da tarde de longe escuto o despertador abro os olhos devagar dando uma olhada na hora pelo visor do meu celular, vendo exatamente que são 16:30 levanto da cama encontrando o quarto do jeito que eu arrumei, graças a Deus, pego uma legging preta e a minha blusa de trabalho branca vou pro banheiro tomando um banho rapido sem muitas delongas, aproveito passo o reboco pra esconder as manchas dos machucados, ajeito a minha cabeleira deixando todos os fios preso no coque calço o meu tênis pego o meu celular na cama botando dentro da calça legging, dentro do armário debaixo das minhas roupas pego a chave da barraca e vou saindo do quarto, fechando a casa toda tranco pelo lado de fora e vou saindo pra rua.
Xxx -Menina tá tudo bem na sua casa?- Sou parada por uma das velhinhas fofoqueiras da vila onde eu moro.
Leandra -Ta tudo bem sim, pq?-
Xxx -Ah, eu vi seu marido saindo de mochila, pensei que tinham terminado.- Não é que a velha fofoqueira me surpreendeu, ele meteu o pé e eu não vi????.
Leandra -Ele foi visitar a mãe dele, eu não posso largar o trabalho, mas obrigada por fofocar a minha vida e me avisar o que acontece quando estou fora de casa.- Do uma piscadinha e volto o meu caminho pro trabalho.Como assim o pai dele volta e ele mete o pé? Bobagem, deve voltar amanhã, sempre fez isso não é hoje que vai mudar. Meus pensamentos me levando pra dar uma volta na lua, chego na barraca que é localizada na praça principal da favela vou abrindo ela aproveito o tempo que resta e do uma geral que está uma bagunça que só, tirando o lixo e levanto até a outra ponta da praça onde fica a caçamba de lixo volto e já encontro dona Rute.
Rute -Ai minha filha, eu estava com tanta saudade.- Sinto os seus braços rodarem o meu corpo me dando um abraço caloroso, aquele abraço que se eu pudesse gostaria de receber todos os dias da minha mãe.
Leandra -Também tava com muita saudade, como a senhora tá?-
Rute -To bem, fora a correria, tá tudo bem.-
Leandra -Ai que bom, vamos agilizar a vida né pq os lanches não vão sair sozinhos.-Volto pra dentro da barraca terminando de limpar, por fim passo um paninho na bancada e começo a botar as mesas e cadeiras pro lado de fora espalhadas pela frente da barraca, terminando sinto o meu celular vibrar e pego o mesmo desbloqueando e vendo um número desconhecido, deve ser cobrança.
Leandra -Alô.-
Tuane -Mulhee tá aonde? Tô aqui batendo no teu portão e nada de você atender.-
Leandra -Oxi, eu tô trabalhando.-
Tuane -Trabalha é?-
Leandra -Trabalho, se não trabalhar fico sem moradia.-
Tuane -Ta bom, trabalha aonde? Vou aí te ver.-
Leandra -Mas a gente acabou de se ver mulher.-
Tuane -Quero te ver dnv, tenho fofoca.-
Leandra -Quando eu sair do trabalho te ligo e a gente se encontra na minha rua.-
Tuane -Ta bom.-
Leandra -Tchau.-Desligo o celular e volto a minha atenção pro trabalho.
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Com o fim do expediente batendo exatamente 01h da manhã pego o meu sanduíche pra comer em casa, me despeço de todos e vou caminhando rumo a minha casa, corto caminho pelos becos estreitos chegando na minha rua pego o meu celular e ligo pra Tuane que no segundo toque me atende.
Tuane -Demorou ein.-
Leandra -Trabalho é isso, mas fala.-
Tuane -Vem aqui pra cima, minha casa é perto da casa do pai do Fábio e eu não vou descer não.-
Leandra -E eu tô cansada demais pra subir, amanhã você venha.-
Tuane -Eu quero falar hoje piranha.-
Leandra -Pqp ein Tuane, desça.-
Tuane -Não vou descer.-
Leandra -Ta, me espera no portão.-Desligo na cara dela e vou subindo com a tristeza estampada na cara, passo em frente a casa do pai do Fábio e o portão ainda se encontra entre aberto, agora deve tá rolando a orgia, do mais alguns passos e encontro Tuane com pijama de ursinho no portão.
Leandra -Fala minha senhora.-
Tuane -Dorme aqui comigo.- Cruzo os braços indignada e nego com a cabeça.
Leandra -Zero condições, tô cansada, amanhã tenho aula.-
Tuane -Só até eu conseguir dormir, depois tu vai embora.-
Leandra -Cadê teu pai pra dormir cntg.-
Tuane -Tá lá na casa do TP.-
Leandra -Quem é esse cara?-
Tuane -O pai do Fábio, sabia do vulgo dele não?-
Leandra -Eu não, conheci ele como pai do Fábio, praq vou ficar falando vulgo e bora logo que eu tô cheia de fome e sono.- Empurro ela portão adentro e vou entrando com ela.Passando pela sala que é bem confortável e digamos espaçosa, vou direto pro quarto dela e me sento na cama dela do lado dela.
Tuane -Obrigada.-
Leandra -Nada, já comeu?-
Tuane -Já comi sim, pode comer tranquila aí.- Balanço a cabeça positivamente, abro o meu lanche devagar e vou comendo enquanto ela procura algum filme na Netflix e por fim põe Barbie.Após algum tempo termino de comer e vou jogar o papel no lixo do banheiro mesmo, volto pro quarto encontrando ela dormindo e o filme rolando pego o meu celular no bolso do short vendo pelo visor da tela que são 03h da manhã. Vou saindo do quarto dela devagar, passo pelo corredor que passamos pra chegar até aqui e por fim chego na sala encontrando o pai dela deitado no sofá roncando, oh pai queria eu tá dormindo tranquilamente essa hora.
Saio portão a fora vou descendo a rua devagar e logo escuto alguém fazendo "psiu" pronto é agora que vou morrer, de relance olho pra trás procurando e nada, aperto os meus passos escutando o som do psiu diminuir e logo parar, chegando na mini vila tiro a chave da minha casa do bolso da calça e vou abrindo a mesma encontrando ela no mesmo estado que a deixei, entro trancando a mesma coloco a chave em cima da bancada que divide a sala da cozinha e vou direto pro banheiro indo tomar meu banho, por já ser tarde e estar cansada acabo logo e de toalha mesmo me deito na cama capotando.
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DESCULPEM A DEMORA E VIM PEDIR PRA VOCÊS PELO AMOR DE DEUS SOLTEM O DEDO NA ESTRELINHA, BORA REAGIR GENTE LINDA.
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Leandra
Fanfic𝙿𝚎𝚗𝚑𝚊, 𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘 📌 Conhece aquela frase "Maktub"? O que tava escrito ou o que tinha que acontecer? E é assim que ocorre a história de Leandra e Thaison. Foi apenas uma apresentação que deveria ser como nora e sogro, porém foi...