Just stop for a minute and smile

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Ponto de vista do Kim

Nós não ficamos mais tanto tempo em meu apartamento, pois Porchay disse que deveríamos ir até a sua casa, pois ele tinha algo legal para me mostrar. Eu ainda estava interessado em saber como foi a terapia, mas ele não me contava nada, e bom nós decidimos levar Baz para finalmente conhecer Hope que de acordo com Chay, era sua irmã mais velha. E certo, eu estava ansioso para ver se Hope e Baz iriam se dar bem.

Nós entramos no carro e Porchay estava concentrado fazendo carinho nos pelos pretos na cabeça do nosso filhote de estimação. E Baz ainda parecia muito relaxado no colo de Chay. Os dois eram fofos juntos, e eu seriamente pensei em tirar uma foto para usar de tela de bloqueio igual Chay fez quando fomos ao parque e eu tive que usar aquele chapéu de golfinho ridículo.

— Ah, agora eu tenho um diário. — Porchay comentou depois de poucos minutos que estávamos em silêncio. — Faz parte da terapia e pode me ajudar com a ansiedade.

— Isso parece bom, meu amor. — Falei sorrindo. Porchay parecia animado como eu não via há um tempo, e bom eu sempre ficaria animado por saber que ele estava dando seu máximo para melhorar logo.

— Sim, e agora você também tem um. — Ele falou sorrindo e piscou pra mim quase me fazendo rir. — Sabe, você não parece bem ultimamente e eu sei que mais cedo você estava chorando.

— Meu fofinho, eu não estava chorando. — Falei e ele fingiu não se importar, então ele apenas tirou um caderno pequeno e com a capa preta de dentro da sua mochila e apontou com ele pra mim. — Você agora me dá presentes?

— Claro, e sabe você pode escrever qualquer coisa nele. — Porchay continuou apontando com aquilo na minha direção até que eu finalmente o pegasse com minha mão. — Como por exemplo, que você estava triste e precisou chorar um pouco, pois não tem problema nenhum em chorar.

Aceitei que ele não iria mais entender minha desculpa de que não estava chorando, pois ele está com isso na cabeça desde que chegou em meu apartamento mais cedo, então já aceitei esse fato. Suspirei pensando por um instante em como seria escrever em um diário, pois eu claramente nunca fiz isso na vida.

— Eu não acho que eu seja bom nisso. — Perguntei e ele deu de ombros.

— Você pode escrever qualquer coisa! — Ele falou como se fosse óbvio. — O importante é você fazer disso algo que possa te acalmar em momentos de crise... Enfim, promete que você vai tentar?

Ele me olhava com uma expectativa assustadora, e eu não era bom em dizer um simples "não" a ele, então assenti com a cabeça, pois estava me sentindo um pouco mal por tudo que disse a ele mais cedo, então agora faria qualquer coisa que ele quisesse, e isso por mais que fosse me arrepender depois.

— Certo, eu vou tentar. — Falei com sinceridade e coloquei o caderno de lado no carro, eu poderia ver o que escrever depois. Porchay pareceu feliz em ouvir isso, pois tenho certeza que ele não vai esquecer tão cedo que eu chorei hoje. Bom, ele não estava errado e eu prometi que diria tudo a ele sobre as coisas que aconteceram no sequestro, mas eu jamais faria isso agora, pois ele não parecia mais chateado por tudo que eu disse, então pelo menos agora eu queria um pouco de paz.

Quando nós chegamos em sua casa, eu não vi Porsche em lugar nenhum, mas aquilo não era importante e nem deu tempo de pensar sobre qualquer coisa já que Porchay me puxou para o seu quarto enquanto seus dedos se apertavam em meu pulso.

Assim que entramos ao quarto, ele apontou para uma rede que estava quase no meio do mesmo. Ele sorria como se fosse a coisa mais incrível do mundo, e bom pelo menos dessa vez ele não estava aprontando nada. Porchay ainda estava todo fofinho segurando Baz em sua mão.

I'll Stay Here | Kim + Porchay |Onde histórias criam vida. Descubra agora