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- Tem algum plano? - Perguntei retirando minha jaqueta e colocando sobre o sofá. Alexis se sentou no sofá a minha frente.

- Você terá que falar com a polícia, eu lembro a placa do carro, será fácil de encontrar ela. - Ele disse, aflito. Encostei me no acolchoado macio do sofá e suspirei.

- Irei ir na pequena delegacia que tem aqui. - Falei me levantando e pegando a jaqueta, caminhando até às escadas, as subindo indo para o quarto.

Aqui na cidade havia uma pequena delegacia, os bandidos que eram presos lá, sempre são transferidos pra cidade vizinha. Me sentei na ponta da cama e passando a mão em meu rosto, sem saber oque fazer agora.

•••

Me sentei na cadeira que havia ali, já havia dado a placa do carro e as provas de que Evelyn era uma criminosa. Eles disseram que iriam avisar toda a polícia das cidades vizinhas do vilarejo. O delegado dali logo voltou.

- Já achamos o carro, está abandonado em uma cidade aqui perto, estaremos procurando ela em todos os lugares, não se preocupe. Vá para casa e tente descansar pela segurança dela. - Não disse nada, se eu fizesse algo só iria atrapalhar.

Me levantei e caminhei até a casa, não era nada longe, já que o vilarejo era pequeno. Assim que cheguei na casa, avistei Alexis. Expliquei tudo a ele e o mesmo entendei, já que já foi um delegado.

- Agora é só esperar. Fique bem, preciso voltar para Lípsia. Até mais garoto, volte com minha filha em segurança para Lípsia. - Ele disse antes de sair pela porta da casa.

Suspirei e peguei o telefone de Mavi, já que ela não havia levado para feirinha. Conversei com meus pais e Bill, resolvi não contar para eles sobre Anna Victoria, iria os deixar ainda mais apavorados, falei apenas com Andreas. Ele estava em Lípsia, havia deixado Sasha com meus pais e resolveu vir para casa, dar uma ajuda. E ele realmente foi útil, descobriu laboratórios clandestinos de Evelyn aonde ela fabricava suas drogas.

Foi aí que tudo começou a desabar para ela, Andreas denunciou os laboratórios e eles logo foi derrubado, mas não adiantou nada, ainda existiam vários.

- Estou em um galpão ilegal dela, é um pouco afastado de Lípsia, uns 20 minutos. Está com alguns carros, dois de luxo. Espere, tem alguém saindo. - Ouvi a voz dele através do telefone.

Escutei os passos dele pisando em folhas. Ele estava tentando se aproximar.

- É um homem, alto, físico grande. E uma tatuagem de relógio no braço. - A voz dele falou de modo baixo.

Alexis estava ao lado dela esse tempo todo. Maldito.

- Alexis... - Falei baixo, escutando um resmungar duvidoso de Andreas pela ligação. - Alexis, verdadeiro pai da Anna Victoria.

- Irei tentar entrar. - Andreas disse.

- Andreas, não, por favor. É perigoso - Ele riu divertido.

- Não se preocupe, garoto, tomarei cuidado. Eu sou o melhor. - Disse ele, desligando a ligação.

Anna Victoria

Senti minha cabeça pesar e logo minha visão arder, olhei para os lados e percebi o lugar sujo e fedido. Minhas mãos e pés estavam amarrados por cordas, doíam. Procurei alguma saído com o olhar e achei uma porta de ferro. Ela se abriu revelando um homem. Ele entregou uma bandeja pra mim e deu um sorriso gentil, estranhei.

- A dona não deixa dar comida pras pessoas, mas eu sempre trago escondido. - Ele me soltou, antes que eu fizesse algo, ele apontou uma arma para mim.

Andou até a saída ainda com a arma apontada pra mim, não me mechi, até porque, não queria levar um tiro. Na bandeja havia um sanduíche e um copo de suco. Pensei por um tempo se deveria comer ou não, mas a fome e a cede falaram mais alto, então peguei e me alimentei. Um tempo depois ele voltou e pegou as coisas sujas, me entregou uma manda e um travesseiro.

In the hands of a guitarist | 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐓𝐈𝐋𝐓𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora