Complexo de Israel - Em busca da verdade. Degustação

Capítulo 10

Marina...

Estou em um jantar de família, enquanto o papo rola mamãe começa.

— Quando você vai nos apresentar seu namorado?

Paro de comer e direciono meu olhar para ela, de novo esse papo!?

— Já disse que não tenho namorado!

— Logico que tem! Você está sempre dormindo fora de casa, quando chega está sempre com marcas, marcas de uma noite quente de...

— Tereza, pelo amor de Deus! Papai a repreende.

— Ué Geraldo, puta eu sei que ela não é pra ficar dando pra todo mundo, então ela tem um namorado.

— Mamãe, por favor! Nem um almoço em paz podemos ter? Agora é Juju que a repreende.

— Só pra lembrar a senhora, eu sou maior de idade, independente e posso dormir a onde eu quiser e com quem eu quiser! Me levanto da mesa. — Perdi a fome! Saio da mesa ouvido ela gritar.

— É maior, é independente, mas mora na minha casa! A ignoro.

Mamãe é observadora e controladora, ela nunca aceitou esse meu jeito livre, mamãe acha que eu tenho que me casar, constituir família e é exatamente por ser atormentada por ela a minha vida inteira que fujo de relacionamento sério.

As vezes eu tenho vontade de contar pra ela com quem eu realmente me relaciono, tenho certeza que ela teria um colapso nervoso. Rio de meus pensamentos.

Eu até pensei em firmar um compromisso com Fael, mas pra isso eu teria que ficar mais tempo na comunidade, com certeza ele ia querer que eu morasse lá e não estou disposta a sair da zona sul.

Eu amo o Fael, amo de verdade, mas essa vida dele não é pra mim, essa realidade dele é completamente louca. Ir vez ou outra é uma coisa, morar é completamente diferente.

Saio de meus pensamentos com Juju entrando em meu quarto.

— Não liga pra mamãe, ela é doida você sabe!

Juju é minha irmã caçula, ela acabou de fazer 18 anos e se não fosse ela me acalmando, tenho certeza que já teria surtado com minha mãe.

— As vezes tenho vontade de ir embora, comprar um apartamento e ir morar sozinha.

— Aqui é sua casa também, não deixa ela te afetar tanto, faça como eu... Só a ignore!

— Eu tento, mas tem hora que ela pega pesado demais...

— Vamos largar mamãe de lado, vamos falar de nós... Que tal uma balada hoje?

Juju tá animada.

— Não vai rolar, amanhã eu trabalho.

— Que horas?

— Meu plantão começa às 15 horas.

— Então dá sim pra você ir!

— Juju... Tento falar, mas ela me interrompe.

— Poxa Marina, consegui duas pulseiras vip pra gente, acabei de fazer 18 anos e pela primeira vez vou poder conhecer essa boate nova.

— Ok, sua chata! Me dou por vencida.

Ela bate palmas igual criança toda feliz, meu celular toca, vejo que chega uma mensagem de Fael me chamando para sair.

— Quem é? Ela pergunta.

— Um rolo me chamando pra sair.

— Chama ele pra ir com a gente, tento arrumar outra pulseira.

— Melhor não! Deixa ele fora disso.

— Você é quem sabe!

Depois que Juju sai do meu quarto envio a resposta para Fael, não fico feliz em mentir pra ele, mas não pensei em nenhuma desculpa melhor do que “vou estar de plantão”.

...

Estou na Taj, em uma área vip top demais, Juju arrasou.

Um loirinho gatinho se aproxima e sem precisar falar nada já estamos nos pegando.

Ele era bonitinho demais, carinha de playboyzinho, todo novinho, totalmente diferente de Fael, mas tão lindo quanto.

Em meio aos beijos, sinto a mão boba dele deslizar para rebaixa do meu vestido. Paro o beijo e rindo me afasto dele, eu não precisava dizer nada, ele sabia que eu não ia deixar aquilo acontecer.

Me viro lentamente para frente da grade de proteção da área vip e antes de direcionar meu olhar para o palco central onde um DJ tocava, olho para área vip a frente...

Meu sorriso morre na hora, que porra Fael estava fazendo aqui?

Seu olhar é sério e fixo em mim, fui pega na mentira, porra!

Aviso a Juju que vou descer e caminho em direção a área que ele estava, sou impedida de subir pelo segurança.

— Meu namorado está aí, é só chamar ele... Rafael.

O desgraçado nem se quer me olhou.

— Ninguém sobe! Foi a única coisa que ele disse.

Xingando ele internamente saio da boate e pego um Uber indo para a casa dele.

Sou liberada para subir e entrar em sua casa, eu tinha livre acesso.

Me deito no seu sofá e espero ele chegar, coisa que demorou bem mais do que o esperado.

Tento pedir desculpa, mas ele mesmo tentando demostrar que não, estava puto demais.

Mas eu sei o que acalma ele...

Tiro minha roupa e sorrateiramente entro no box e o abraçando por trás...

Eu sabia que uma boa noite de sexo o deixaria calminho.

Sou acordada por ele dizendo que meu celular tá tocando e que já são 11 horas, porra, tenho que correr para dá tempo de chegar em casa e me arrumar pro plantão.

Saio do banho e quando vou me arrumar vejo várias notas de cem em cima das minhas roupas, aquele filho da puta tá me tratando igual as suas putas.

Xingo ele e vou embora soltando fogo pelas ventas, desgraçado ordinário.